HUGO SANTOS, DA PRO MICRO SOFTWARE
terça-feira, 29 de junho de 2010, 15h59 - TI Inside
No momento de iniciar o planejamento para a entrada na emissão de Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e), as empresas comumente são tomadas por dúvidas tais como: Quais processos de faturamento devem ser alterados para a adequação à NF-e? Quais as validações cadastrais que são necessárias para garantir tranquilidade na emissão deste documento? Qual o melhor aparato de sistema que deve ser utilizado para que os processos de emissão estejam bem auxiliados?
Apesar da emissão da NF-e ser um processo praticamente padronizado para todas as empresas, as formas que cada uma dessas empresas utiliza para operar o processo são diversas.
A quantidade de emissões de NF-e com certeza está entre os primeiros itens da lista no que tange ao estudo da complexidade empresarial para operação da NF-e. Mas outras questões devem ser analisadas, sempre orientada pelo entendimento de que a emissão não pode causar impactos prejudiciais para o processo de faturamento de uma empresa.
1- Complexidade das NF-e a serem emitidas – Tão complicado quanto emitir muitas NF-e em um só dia, é fazer a emissão com grandes variações de composições fiscais. Questões como substituição tributária, isenções, reduções de alíquota, faturamento para destinos na Zona Franca de Manaus podem complicar muito a eficiência da operação.
Entretanto, tal emissão integrada a um sistema de faturamento (normalmente parte de um ERP), que é responsável pelo correto uso e cálculo da composição fiscal, elimina a necessidade de retrabalhos e torna praticamente nula a possibilidade de erro quanto à prestação de informações que estão presentes em uma nota fiscal.
2- NF-e com muitos itens – Muitas empresas emitem uma quantidade grande de itens em uma mesma NF-e. Quando a emissão é realizada de forma manual ou não totalmente automatizada, isso exige repetição de inúmeras operações fazendo com que muito tempo seja utilizado na emissão de cada NF-e. A possibilidade de erro de informação por esta repetição é muito grande.
3- Tempo entre a emissão da NF-e e a entrega/retirada do material – Com certeza a melhor pratica é a emissão da NF-e momentos antes do despacho para entrega ou retirada do material. A emissão uma NF-e com muita antecedência não é uma pratica recomendada nas situações em que a carga é interceptada por fiscalização da Fazenda.
As empresas que têm movimentação de notas fiscais intensa devem estudar a necessidade de redundância na comunicação com a Secretaria da Fazenda (links de internet) e, principalmente, avaliar os processos de contingência para quando a Secretaria da Fazenda estiver indisponível para comunicação.
4- Clientes que exigem informações complementares à NF-e – Montadoras, governo, distribuidores, redes de supermercados etc, exigem informações no arquivo XML enviado e na DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica), além das informações padronizadas pelos leiautes dos órgãos fazendários. Assim, o aparato de sistema utilizado pela empresa para emissão e gerenciamento da NF-e deve ter flexibilidade suficiente para prestar, sob demanda específica de cada cliente, informações adicionais às normalmente encontradas no arquivo digital e no documento auxiliar.
5- Atualização dos cadastros de produtos, clientes e transportadoras – Um dos fundamentos para a proteção da empresa quanto à exposição ao Fisco é possuir um cadastro totalmente saneado quanto aos registros de clientes, fornecedores, transportadoras e produtos. Os meses que antecedem a entrada da empresa na emissão de NF-e devem ser utilizados para conferir informações cadastrais e outras informações importantes.
6- Composição fiscal em processo de mudança – Com a operação cada vez mais abrangente da Substituição Tributária e das constantes alterações de isenções, reduções e ajustes de impostos nas mais variadas operações fiscais, ficou muito complicado para as empresas afirmarem com total certeza que a composição fiscal do seu faturamento está totalmente condizente com a legalidade. Acompanhar tais processos de alteração é outro fundamento indispensável para a proteção da empresa quanto à exposição ao Fisco.
7- Guarda do Certificado Digital – Um dos principais componentes da emissão de NF-e é o Certificado Digital. Este item, porém, nem sempre recebe a atenção que lhe é cabida. Não se trata apenas de mais um “programinha de computador”. Ele é responsável por dar veracidade e garantia de origem a todas as informações presentes em um documento, neste caso a NF-e. A guarda do Certificado Digital é tão importante quanto a guarda dos arquivos digitais resultantes do processo de emissão da NF-e.
Infelizmente, este importante item tem sido alvo de ataque de hackers, que uma vez de posse deste certificado podem emitir documentos (fiscais ou não) se fazendo passar pelos reais proprietários da assinatura. Infelizmente também não existe forma de o real proprietário de Certificado Digital provar que não foi ele o usuário da assinatura em situação de fraude.
Tomar providências para guardar o certificado em ambiente seguro (ambiente criptografado em equipamento específico) deve fazer parte das preocupações dos gestores responsáveis por esta operação.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
terça-feira, 29 de junho de 2010
Software de código aberto atrai um número maior de empresas
Orçamentos apertados de TI levam empresas a adotar essas soluções, mas poucas reconhecem os riscos escondidos na escolha do open source.
Por Computerworld/US
29 de junho de 2010 - 07h00
Quando o CIO da OTDA (Office of Temporary and Disability Assistance) – agência de Nova York (EUA) que coordena programas para assistência a pessoas desempregadas ou incapacitadas –, Daniel Chan, optou por usar o software de código aberto, ou open source, não levou em conta a economia que isso poderia acarretar.
Chan estava interessado em ajudar a equipe de TI a implementar projetos de forma mais rápida. Ele lembra que, em média, o processo de compra de um software tradicional demorava de 12 a 18 meses, “o que criava uma barreira à criatividade”, ressalta.
A partir dos testes com o software de código aberto, em questão de meses, o time de Chan tinha as ferramentas necessárias para construir um novo sistema de auto-atendimento aos usuários. Apesar da agência contratar o suporte de um fornecedor terceirizado, não precisou negociar as questões relativas a licenças com os departamentos de compras e o jurídico, o que reduziu consideravelmente o tempo de implementação.
As vantagens não terminaram aí. Graças à facilidade de escalar o sistema, a equipe de Chan conseguiu responder ao incremento das demandas geradas durante a crise e, em paralelo, ajudou a expandir o projeto para três agências de outros estados, em apenas um mês. “Só foi possível em tão pouco tempo graças ao fato de não ter licenças envolvidas”, detalha o CIO.
Inspirado pelo sucesso da manobra, o executivo da OTDA avalia a possibilidade de migrar as aplicações da agência que estão na plataforma Unix para o Linux. Dessa vez, a principal motivação é a economia. “Há uma perspectiva de reduzir os custos em três a cinco vezes com a migração para o ambiente open source”, afirma Chan, que explica: “Uma atualização tecnológica que poderia custar 5 milhões de dólares, acaba saindo por 1 milhão de dólares ou até menos.”
Um levantamento exclusivo realizado pela Computerworld com profissionais de TI revelou que para 80% deles a redução de custos representa a principal vantagem do uso de software de código aberto. Dentro dessa base, 61% ainda informaram que a aceitação dos programas cresceu nas empresas nos últimos anos.
“O software de código aberto evoluiu, na última década, de algo que era visto como um negócio arriscado e usado por pequenos desenvolvedores para um mercado estimado em bilhões de dólares”, afirma Jay Lyman, analista da The 451 Group, empresa de análises na área de TI. “Essas soluções definitivamente atingiram a maturidade e sua função é de gerar economia”, pontua Lyman.
Associar diretamente a adoção do open source à economia, no entanto, pode criar uma visão equivocada dos usuários, principalmente no que tange aos desafios envolvidos nesses projetos, como gerenciar as mudanças culturais, riscos, expectativas e custos adicionais.
O analista da The 451 faz um alerta: “Quando as pessoas descobrem que o custo termina sendo maior do que o imaginado, começa uma série de histórias de horror nas empresas”. Para piorar a situação, a consultoria Forrester Research lembra que, até bem pouco tempo, a decisão de investir em código aberto não estava atrelada à estratégia corporativa e, sim, era algo pontual. A conclusão é que enquanto os executivos olharam apenas para as vantagens financeiras, deixaram de lado outros potenciais benefícios e riscos envolvidos em projetos com software aberto.
Nem tão gratuito assim Um dos motivos que tornam os custos dos projetos de open source mais altos do que o esperado é o fato de que quando as empresas passam a utilizar uma licença de software – em especial aquelas versões que não são oferecidas por comunidades de desenvolvedores de código aberto – precisam pagar por ferramentas complementares, para ter acesso à equipe de suporte ou extensões para o sistema.
De acordo com o analista da consultoria Gartner Mark Driver, a grande maioria das iniciativas comerciais para oferecer open source hoje em dia tem com base esse modelo híbrido, no qual a licença é gratuita, mas todas as iniciativas complementares têm custos. “O que torna essa ‘abertura’ do software questionável”, sinaliza Driver.
Ainda de acordo com ele, mesmo que essas soluções tenham licenças com custos bem menores do que o software tradicional, incluem termos e condições que restringem seu uso. “Vejo muitos usuários que adotaram open source desistindo desse tipo de software”, cita o analista. Ele afirma que, em boa parte dos casos, os usuários reclamam da dependência que passaram a ter do fornecedor.
Jay Lyman aponta que o open source adapta-se melhor às grandes corporações, uma vez que elas têm uma equipe de desenvolvedores dedicada a esse tipo de solução que, inclusive, pode interagir com as comunidades. O Grupo NPC International – que administra mais de 1.150 restaurantes da Pizza Hut em todo o mundo – representa um bom exemplo dessa situação.
Há cinco anos, a empresa tomou a decisão de dar preferência ao uso de soluções open source. Um dos maiores projetos da companhia nesse sentido foi a migração dos sistemas que rodam em 10 mil pontos de venda, da plataforma dBase para PostgreSQL.
O CIO da rede norte-americana de supermercados Save Mart, James Sims, por sua vez, optou por comprar uma licença corporativa para complementar o sistema de código aberto. O grupo usa uma série de soluções open source, mas enfrentou problemas com a versão pública do banco de dados Ingres, o qual roda toda a folha de pagamento e o controle das horas trabalhadas dos funcionários da companhia. A grande deficiência da solução era em relação à sua capacidade de suportar o tamanho do grupo, que opera com 240 lojas e 115 farmácias.
Após detectar o problema, Sims conta que procurou a fornecedora do sistema e decidiu assinar um contrato de suporte corporativo. E mesmo pagando o equivalente a qualquer serviço oferecido por um fornecedor de banco de dados tradicional, o executivo se mostra bastante satisfeito: “O suporte da Ingres é incrivelmente eficaz, muito acima das expectativas.”
Bassim Hamadeh, fundador da editora de material didático University Readers Inc., tem uma experiência similar à de Sims. Há três anos, depois de experimentar por 24 meses a versão gratuita, ele comprou a licença de uso do sistema SugarCRM. “Nosso gerente de TI leu a respeito da versão 2.0 da solução, instalou o software e, em questão de uma semana, estávamos rodando o programa”, lembra, ao afirmar que, após esse teste, ele decidiu adquirir a solução.
Ao migrar para a versão paga do SugarCRM, a University Readers passou a arcar com um custo anual aproximado de 350 dólares por usuário. “O que representa uma economia de 75% em comparação a soluções tradicionais”, calcula Hamadeh. Ele destaca ainda que outra vantagem do novo sistema é o fato dele contar com recursos adicionais, entre eles, geração de relatórios mais robustos, um gerenciador do fluxo de trabalho e disparos programados de campanhas.
Outro diferencial competitivo dos sistemas de código aberto é o apoio gratuito de especialistas que pode ser obtido em fóruns de discussão nas comunidades open source, em especial, no caso de sistemas amplamente disseminados ou daqueles mais maduros. Mesmo assim, contar com esses grupos como única fonte de suporte, no lugar de contratar serviços adicionais, pode ser uma estratégia arriscada.
"Com uma busca no Google é possível resolver cerca de 90% dos problemas com software de código aberto, mas os 10% restantes podem representar a morte, em especial se envolverem sistemas de missão crítica”, destaca o analista da Gartner. Ele cita que é essencial entender o impacto nos negócios que uma falha tende a causar e qual o plano para contornar tais eventualidades. “Se não existe um acordo de nível de serviço, contrato ou garantia, o usuário precisa estar pronto para arcar com a responsabilidade”, explica Driver, que acrescenta: “Quando a empresa tem recursos internos de suporte, tudo bem. Mas se esse não for o caso, ela gera riscos incalculáveis.”
Na NPC, de todos os softwares de código aberto utilizados na companhia, o CIO Jon Brisbin optou por contratar suporte apenas para o servidor SpringSource, que roda aplicativos web hospedados em uma nuvem interna. A decisão foi motivada pelo fato de a equipe de TI da companhia não conhecer o suficiente sobre a solução. “E tenho dificuldades de montar uma lista de 150 desenvolvedores e ficar fazendo perguntas a eles. Até porque são poucas as empresas que fazem as coisas do mesmo jeito que a minha”, relata Brisbin, ao explicar que isso o levou a desembolsar 2 mil dólares pelo serviço.
Por Computerworld/US
29 de junho de 2010 - 07h00
Quando o CIO da OTDA (Office of Temporary and Disability Assistance) – agência de Nova York (EUA) que coordena programas para assistência a pessoas desempregadas ou incapacitadas –, Daniel Chan, optou por usar o software de código aberto, ou open source, não levou em conta a economia que isso poderia acarretar.
Chan estava interessado em ajudar a equipe de TI a implementar projetos de forma mais rápida. Ele lembra que, em média, o processo de compra de um software tradicional demorava de 12 a 18 meses, “o que criava uma barreira à criatividade”, ressalta.
A partir dos testes com o software de código aberto, em questão de meses, o time de Chan tinha as ferramentas necessárias para construir um novo sistema de auto-atendimento aos usuários. Apesar da agência contratar o suporte de um fornecedor terceirizado, não precisou negociar as questões relativas a licenças com os departamentos de compras e o jurídico, o que reduziu consideravelmente o tempo de implementação.
As vantagens não terminaram aí. Graças à facilidade de escalar o sistema, a equipe de Chan conseguiu responder ao incremento das demandas geradas durante a crise e, em paralelo, ajudou a expandir o projeto para três agências de outros estados, em apenas um mês. “Só foi possível em tão pouco tempo graças ao fato de não ter licenças envolvidas”, detalha o CIO.
Inspirado pelo sucesso da manobra, o executivo da OTDA avalia a possibilidade de migrar as aplicações da agência que estão na plataforma Unix para o Linux. Dessa vez, a principal motivação é a economia. “Há uma perspectiva de reduzir os custos em três a cinco vezes com a migração para o ambiente open source”, afirma Chan, que explica: “Uma atualização tecnológica que poderia custar 5 milhões de dólares, acaba saindo por 1 milhão de dólares ou até menos.”
Um levantamento exclusivo realizado pela Computerworld com profissionais de TI revelou que para 80% deles a redução de custos representa a principal vantagem do uso de software de código aberto. Dentro dessa base, 61% ainda informaram que a aceitação dos programas cresceu nas empresas nos últimos anos.
“O software de código aberto evoluiu, na última década, de algo que era visto como um negócio arriscado e usado por pequenos desenvolvedores para um mercado estimado em bilhões de dólares”, afirma Jay Lyman, analista da The 451 Group, empresa de análises na área de TI. “Essas soluções definitivamente atingiram a maturidade e sua função é de gerar economia”, pontua Lyman.
Associar diretamente a adoção do open source à economia, no entanto, pode criar uma visão equivocada dos usuários, principalmente no que tange aos desafios envolvidos nesses projetos, como gerenciar as mudanças culturais, riscos, expectativas e custos adicionais.
O analista da The 451 faz um alerta: “Quando as pessoas descobrem que o custo termina sendo maior do que o imaginado, começa uma série de histórias de horror nas empresas”. Para piorar a situação, a consultoria Forrester Research lembra que, até bem pouco tempo, a decisão de investir em código aberto não estava atrelada à estratégia corporativa e, sim, era algo pontual. A conclusão é que enquanto os executivos olharam apenas para as vantagens financeiras, deixaram de lado outros potenciais benefícios e riscos envolvidos em projetos com software aberto.
Nem tão gratuito assim Um dos motivos que tornam os custos dos projetos de open source mais altos do que o esperado é o fato de que quando as empresas passam a utilizar uma licença de software – em especial aquelas versões que não são oferecidas por comunidades de desenvolvedores de código aberto – precisam pagar por ferramentas complementares, para ter acesso à equipe de suporte ou extensões para o sistema.
De acordo com o analista da consultoria Gartner Mark Driver, a grande maioria das iniciativas comerciais para oferecer open source hoje em dia tem com base esse modelo híbrido, no qual a licença é gratuita, mas todas as iniciativas complementares têm custos. “O que torna essa ‘abertura’ do software questionável”, sinaliza Driver.
Ainda de acordo com ele, mesmo que essas soluções tenham licenças com custos bem menores do que o software tradicional, incluem termos e condições que restringem seu uso. “Vejo muitos usuários que adotaram open source desistindo desse tipo de software”, cita o analista. Ele afirma que, em boa parte dos casos, os usuários reclamam da dependência que passaram a ter do fornecedor.
Jay Lyman aponta que o open source adapta-se melhor às grandes corporações, uma vez que elas têm uma equipe de desenvolvedores dedicada a esse tipo de solução que, inclusive, pode interagir com as comunidades. O Grupo NPC International – que administra mais de 1.150 restaurantes da Pizza Hut em todo o mundo – representa um bom exemplo dessa situação.
Há cinco anos, a empresa tomou a decisão de dar preferência ao uso de soluções open source. Um dos maiores projetos da companhia nesse sentido foi a migração dos sistemas que rodam em 10 mil pontos de venda, da plataforma dBase para PostgreSQL.
O CIO da rede norte-americana de supermercados Save Mart, James Sims, por sua vez, optou por comprar uma licença corporativa para complementar o sistema de código aberto. O grupo usa uma série de soluções open source, mas enfrentou problemas com a versão pública do banco de dados Ingres, o qual roda toda a folha de pagamento e o controle das horas trabalhadas dos funcionários da companhia. A grande deficiência da solução era em relação à sua capacidade de suportar o tamanho do grupo, que opera com 240 lojas e 115 farmácias.
Após detectar o problema, Sims conta que procurou a fornecedora do sistema e decidiu assinar um contrato de suporte corporativo. E mesmo pagando o equivalente a qualquer serviço oferecido por um fornecedor de banco de dados tradicional, o executivo se mostra bastante satisfeito: “O suporte da Ingres é incrivelmente eficaz, muito acima das expectativas.”
Bassim Hamadeh, fundador da editora de material didático University Readers Inc., tem uma experiência similar à de Sims. Há três anos, depois de experimentar por 24 meses a versão gratuita, ele comprou a licença de uso do sistema SugarCRM. “Nosso gerente de TI leu a respeito da versão 2.0 da solução, instalou o software e, em questão de uma semana, estávamos rodando o programa”, lembra, ao afirmar que, após esse teste, ele decidiu adquirir a solução.
Ao migrar para a versão paga do SugarCRM, a University Readers passou a arcar com um custo anual aproximado de 350 dólares por usuário. “O que representa uma economia de 75% em comparação a soluções tradicionais”, calcula Hamadeh. Ele destaca ainda que outra vantagem do novo sistema é o fato dele contar com recursos adicionais, entre eles, geração de relatórios mais robustos, um gerenciador do fluxo de trabalho e disparos programados de campanhas.
Outro diferencial competitivo dos sistemas de código aberto é o apoio gratuito de especialistas que pode ser obtido em fóruns de discussão nas comunidades open source, em especial, no caso de sistemas amplamente disseminados ou daqueles mais maduros. Mesmo assim, contar com esses grupos como única fonte de suporte, no lugar de contratar serviços adicionais, pode ser uma estratégia arriscada.
"Com uma busca no Google é possível resolver cerca de 90% dos problemas com software de código aberto, mas os 10% restantes podem representar a morte, em especial se envolverem sistemas de missão crítica”, destaca o analista da Gartner. Ele cita que é essencial entender o impacto nos negócios que uma falha tende a causar e qual o plano para contornar tais eventualidades. “Se não existe um acordo de nível de serviço, contrato ou garantia, o usuário precisa estar pronto para arcar com a responsabilidade”, explica Driver, que acrescenta: “Quando a empresa tem recursos internos de suporte, tudo bem. Mas se esse não for o caso, ela gera riscos incalculáveis.”
Na NPC, de todos os softwares de código aberto utilizados na companhia, o CIO Jon Brisbin optou por contratar suporte apenas para o servidor SpringSource, que roda aplicativos web hospedados em uma nuvem interna. A decisão foi motivada pelo fato de a equipe de TI da companhia não conhecer o suficiente sobre a solução. “E tenho dificuldades de montar uma lista de 150 desenvolvedores e ficar fazendo perguntas a eles. Até porque são poucas as empresas que fazem as coisas do mesmo jeito que a minha”, relata Brisbin, ao explicar que isso o levou a desembolsar 2 mil dólares pelo serviço.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Falha em projeto de ERP gera processo de US$ 30 milhões
O processo, aberto pelo Condado de Marin, nos Estados Unidos, acusa a Deloitte de prometer habilidades e capacidades que não conseguiu entregar
Por Jaikumar Vijayan, Computerworld/EUA
08 de junho de 2010 - 07h05
O Condado de Marin, na Califórnia (EUA), está processando a empresa de consultoria Deloitte por conta de um projeto malsucedido de ERP (sistema de gestão empresarial) da SAP. No processo, a cidade pede uma indenização de 30 milhões de dólares.
No processo, aberto na Corte Superior do Condado de Marin, na última sexta-feira (4/6), há uma acusação de que a Deloitte não descreveu de forma correta suas habilidades e capacidades quando se candidatou a executar o projeto de implementação do ERP, em 2004.
Em um documento de 38 páginas, o Condado alega que a Deloitte mentiu quando prometeu montar uma equipe com seus “melhores recursos” para o projeto e quando afirmou ter “profundo conhecimento de SAP e do setor público”.
Ainda de acordo com o processo, as informações erradas resultaram em um projeto ruim e em uma implementação deficiente, o que exigiu alguns milhões de dólares para corrigir as falhas.
Contraqueixa
A Deloitte, por sua vez, afirma que cumpriu todas as obrigações previstas em contrato. A empresa entrou com uma queixa administrativa para o Quadro de Supervisores do Condado de Marin, exigindo mais de 444 mil dólares em honorários não pagos, e mais 111 mil dólares a título de encargos.
“Para ser claro, o software SAP estava funcionando apropriadamente quando completamos nosso trabalho em novembro de 2007”, disse um porta-voz da empresa, por e-mail.
“Apesar de estarmos confiantes que nossa posição será vitoriosa, acreditamos que essa disputa pode e deve ser resolvida de forma mais lógica, o que beneficiaria o Condado e seus contribuintes”, afirmou a Deloitte, no comunicado.
De acordo com a queixa, o Condado de Marin contratou a Deloitte para substituir seu velho sistema de recursos humanos, pagamento e gestão financeira porque não tinha as habilidades necessárias para efetuar a tarefa dentro de casa.
Casos similares
Vários processos que questionam implementações falhas de ERP têm sido abertos nos últimos anos. A única diferença em relação ao processo do Condado de Marin está no fato de que o réu nesse caso é um integrador e não o fornecedor do sistema.
Há dois meses, por exemplo, um processo entre a SAP e um de seus clientes, Waste Management, foi silenciosamente encerrado mediante acordo, cujo valor não foi divulgado.
A Waste Management já tinha processado a SAP por fraude depois de incorrer em danos significativos causados por um projeto de ERP de 100 milhões de dólares que, segundo o cliente, revelou-se um completo desastre. Da mesma forma, em agosto de 2009, a Public Health Foundation Enterprises processou a Lawson Software por uma implementação falha de ERP.
Por Jaikumar Vijayan, Computerworld/EUA
08 de junho de 2010 - 07h05
O Condado de Marin, na Califórnia (EUA), está processando a empresa de consultoria Deloitte por conta de um projeto malsucedido de ERP (sistema de gestão empresarial) da SAP. No processo, a cidade pede uma indenização de 30 milhões de dólares.
No processo, aberto na Corte Superior do Condado de Marin, na última sexta-feira (4/6), há uma acusação de que a Deloitte não descreveu de forma correta suas habilidades e capacidades quando se candidatou a executar o projeto de implementação do ERP, em 2004.
Em um documento de 38 páginas, o Condado alega que a Deloitte mentiu quando prometeu montar uma equipe com seus “melhores recursos” para o projeto e quando afirmou ter “profundo conhecimento de SAP e do setor público”.
Ainda de acordo com o processo, as informações erradas resultaram em um projeto ruim e em uma implementação deficiente, o que exigiu alguns milhões de dólares para corrigir as falhas.
Contraqueixa
A Deloitte, por sua vez, afirma que cumpriu todas as obrigações previstas em contrato. A empresa entrou com uma queixa administrativa para o Quadro de Supervisores do Condado de Marin, exigindo mais de 444 mil dólares em honorários não pagos, e mais 111 mil dólares a título de encargos.
“Para ser claro, o software SAP estava funcionando apropriadamente quando completamos nosso trabalho em novembro de 2007”, disse um porta-voz da empresa, por e-mail.
“Apesar de estarmos confiantes que nossa posição será vitoriosa, acreditamos que essa disputa pode e deve ser resolvida de forma mais lógica, o que beneficiaria o Condado e seus contribuintes”, afirmou a Deloitte, no comunicado.
De acordo com a queixa, o Condado de Marin contratou a Deloitte para substituir seu velho sistema de recursos humanos, pagamento e gestão financeira porque não tinha as habilidades necessárias para efetuar a tarefa dentro de casa.
Casos similares
Vários processos que questionam implementações falhas de ERP têm sido abertos nos últimos anos. A única diferença em relação ao processo do Condado de Marin está no fato de que o réu nesse caso é um integrador e não o fornecedor do sistema.
Há dois meses, por exemplo, um processo entre a SAP e um de seus clientes, Waste Management, foi silenciosamente encerrado mediante acordo, cujo valor não foi divulgado.
A Waste Management já tinha processado a SAP por fraude depois de incorrer em danos significativos causados por um projeto de ERP de 100 milhões de dólares que, segundo o cliente, revelou-se um completo desastre. Da mesma forma, em agosto de 2009, a Public Health Foundation Enterprises processou a Lawson Software por uma implementação falha de ERP.
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