quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Ticket investe em sistema de pagamentos via telefone celular

Companhia cria a arquitetura e os aplicativos que permitem a utilização de telefones móveis para quitação de serviços.

Por Patrícia Lisboa, repórter da CIO
29 de setembro de 2009 - 08h28

Na última semana, o setor de benefícios alimentícios da empresa Ticket – braço de serviços da rede Accor – lançou uma solução de pagamento por meio de celular. A ideia nasceu de um projeto da área de TI da companhia, criado com o intuito de oferecer mais facilidade aos clientes e, ao mesmo tempo, reduzir os custos relacionados à manutenção e à aquisição dos terminais móveis utilizados para realizar transações com cartões.

O diretor de TI da Ticket para América Latina, Geraldo Spinelli, conta que o projeto faz parte das iniciativas de inovação conduzidas por sua equipe e que respondem por aproximadamente 30% do orçamento anual da área.

Segundo Spinelli, desde 2007, quatro colaboradores estavam dedicados exclusivamente ao desenvolvimento de novos produtos voltados ao pagamento móvel dos benefícios relacionados à alimentação. “Durante um ano e meio essa equipe analisou o que havia disponível no mercado, bem como possíveis parcerias com fornecedores de tecnologia e prestadores de serviços”, revela o executivo.

O diretor conta que, após esse período de avaliação, os colaboradores desenvolveram o protótipo do que julgavam ser o modelo ideal para um novo padrão de pagamento eletrônico e apresentaram o projeto a um comitê formado pelo CIO, CFO e diretor de produtos da unidade brasileira da organização – a qual foi escolhida como campo de testes do serviço. Após a aprovação, a equipe de TI da Ticket no País fez os ajustes necessários no projeto, com o intuito de adequá-lo à legislação local. E, após essa fase, a equipe de inovação para América Latina desenvolveu a arquitetura e os aplicativos necessários.

Na prática, com o novo serviço, os entregadores de restaurantes e bares conveniados à empresa passam a transportar, em vez do terminal tradicional para transações com cartões de vale refeição, um celular dotado do aplicativo para pagamento móvel. O que, segundo Spinelli, permite reduzir em aproximadamente 50% os custos com hardware. Quanto à segurança, o executivo explica que toda a transação é criptografada e os dados trafegados por meio de uma rede 3G (internet em banda larga móvel). “Nenhuma informação fica armazenada no telefone”, ressalta o diretor.

A previsão do executivo é de que, até o fim de 2009, 500 estabelecimentos brasileiros já adotem o novo serviço. “Já para 2010, estimamos que conseguiremos a adesão de mais 3 mil empresas”, diz Spinelli, que complementa: “A partir do desempenho do produto no Brasil, ele será implementado também nos demais países da América Latina e nos Estados Unidos.”

Companhia elétrica do Haiti moderniza sistema de gestão

segunda-feira, 28 de setembro de 2009, 11h57 - TI Inside

A Electricité d'Haiti (EDH), companhia elétrica do país caribenho, entregou à Indra, multinacional de TI da Europa e América Latina, o projeto de modernização de suas áreas comercial e de distribuição, com investimento de 2,4 milhões de euros e um prazo de execução de oito meses. O contrato inclui a implantação dos sistemas de gestão comercial e de incidentes na rede, desenvolvidos pela companhia de TI, assim como a montagem do centro de processamento de dados que dará suporte às aplicações corporativas.
O sistema de gestão comercial facilitará a integração de todos os processos comerciais da companhia elétrica (contratação, leitura, faturamento e cobrança), o que favorecerá a tomada de decisões e a otimização da qualidade da base de dados de clientes. Por outro lado, o sistema de gestão de incidências agilizará a localização de avarias na rede e fornecerá a informação necessária para tomar as medidas corretivas.
O projeto tem como objetivo melhorar as deficiências operacionais e confiabilidade do sistema elétrico haitiano mediante a incorporação das novas tecnologias. A proposta é alcançar uma melhoria sustentável da qualidade do serviço aos haitianos, incrementar o acesso da população ao serviço de energia elétrica e fortalecer a EDH, tanto do ponto de vista operacional como financeiro.
Este contrato é parte do Projeto de Redução de Perda no Setor Elétrico (PREPSEL), que é gerenciado pela Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA) e financiado pelo Banco Mundial com uma doação de US$ 6 milhões.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Integradora YKP usa Twitter para recrutar profissionais

Empresa aposta em redes sociais para divulgar vagas. Entre as posições oferecidas estão as de analistas de sistemas, consultores e gerentes de projetos.

Por Andrea Giardino, da Computerworld
14 de setembro de 2009 - 15h56

A estratégia de investir nas redes sociais para buscar candidatos também é uma realidade para a integradora de sistemas YKP, que tem como foco sistemas de gestão. Há cerca de dois anos, foi contratado um profissional que passou a se concentrar nas comunidades de relacionamento para a divulgação de vagas e o processo de recrutamento de novos talentos.

Recentemente, a YKP aderiu ao Twitter, que já conta com mais de 300 seguidores. Até então, a empresa estava presente em grupo do LinkedIn, do Orkut e do Facebook. “Nossa participação no Twitter tem atraído profissionais com currículos diferenciados”, afirma o presidente da companhia, Yim king Po.

De acordo com o executivo, por mês, a empresa abre, em média, 20 vagas de empregos, as quais são disseminadas na internet. “As redes sociais tornaram-se o meio mais dinâmico que a empresa encontrou para divulgar nossas vagas de emprego”, diz Po.

Por enquanto, ele explica que os perfis procurados são de analistas de sistemas, consultores e gerentes de projetos. “Para vagas complexas, que exigem profissionais altamente qualificados, o Twitter ainda não é o caminho mais eficiente”.

Além de vagas, no Twitter há dicas de tecnologia, sugestões de links e comentários sobre a área de atuação da YKP. “Temos planos de incluir o Twitter no nosso site para que o serviço se torne uma ferramenta de atualização das nossas informações”, afirma Po.

Em paralelo, o presidente da YKP afirma que as redes sociais também funcionam como uma forma de se aproximar dos clientes e parceiros. Em breve, estão previstas promoções de produtos e treinamentos na página da empresa. “Estamos fechando parcerias e formulando campanhas de marketing que devem utilizar o Twitter como principal meio de divulgação”, revela.

Petrobras assina primeiro contrato digital com fornecedor

Empresa implementa certificado digital e planeja eliminar o papel na maioria de seus processos.

Por Rodrigo Caetano, da Computerworld
14 de setembro de 2009 - 07h00

Os interessados no crescimento da certificação digital no País ganharam um aliado de peso. A Petrobras assinou, na última semana de agosto, o primeiro contrato com um fornecedor utilizando esta tecnologia e o objetivo é tornar a prática um padrão na companhia.

Até então, a empresa de energia utilizava a certificação digital apenas em processos internos, como pareceres jurídicos e na assinatura de plantas de engenharia. O contrato firmado com a Algas, que comercializa gás natural no estado de Alagoas, quebra um paradigma e deve servir para massificar a tecnologia em diversos mercados.

O tamanho da Petrobras, que faturou quase 120 bilhões de dólares no ano passado, justifica a expectativa. O ecossistema de parceiros e fornecedores da companhia abrange um número quase incontável de setores e indústrias, inclusive de tecnologia da informação.

Para viabilizar a assinatura, a Petrobras se tornou uma autoridade certificadora de nível intermediário, que tem seus certificados emitidos por uma autoridade certificadora de raiz, no caso a Certisign (no Brasil, existem sete certificadoras de raiz, entre elas a Receita Federal e a Caixa Econômica Ferderal). O sistema de assinatura foi construído baseado em dispositivos USB que possuem o certificado instalado. A empresa não informa o valor do investimento no projeto.

A utilização desse tipo de dispositivo resolveu um problema de custo da tecnologia, ainda um pouco alto, segundo o gerente de segurança da informação da área de TI da Petrobras, Flávio Baruzzi. “O uso de cartões inteligentes requer ainda um leitor”, explica o executivo. A instalação também ficaria mais difícil.

De acordo com Baruzzi, a certificação digital atingiu um ponto de maturação suficiente para que a tecnologia possa ser utilizada em larga escala. “Não há problema de confiança”, afirma. Entre os benefícios, estão a eliminação do papel e da burocracia, dispensando o uso de cartórios para reconhecimento de firma.

Mas, destaca o executivo, o uso da tecnologia depende das áreas de negócios. “Nós, da TI, estamos oferecendo os meios para usar a certificação digital e buscando apresentar os benefícios para o pessoal de negócios”, afirma. A barreira cultural ainda existe, não só na Petrobras. A tendência é que, após as primeiras iniciativas, as pessoas se sintam mais seguras para abandonar velhos hábitos pouco produtivos.

domingo, 13 de setembro de 2009

Tortuga agiliza processo de vendas após investir em mobilidade

quinta-feira, 10 de setembro de 2009, 18h37 - TI Inside

Para dar mais agilidade ao atendimento e à entrega de produtos, a Tortuga, empresa brasileira de nutrição animal, apostou nos recursos da mobilidade e investiu cerca de R$ 100 mil em um aplicativo de mobile CRM, denominado Pedmobile, para municiar seus representantes e vendedores.

O aplicativo, desenvolvido internamente pela equipe de TI da Tortuga, foi instalado em aparelhos HTC que foram distribuídos aos vendedores. Os dispositivos foram adquiridos em regime de comodato da Vivo e até o momento totalizam 250 smartphones, número que chegará a 700 até o fim deste ano.

"Atualmente contamos com 40% da nossa força de vendas equipada com as soluções Pedmobile e a meta é atingir 100% até o fim deste ano", conta o gerente de tecnologia da informação da Tortuga, Valdemir Raymundo.

O executivo conta que o as informações inseridas pelos vendedores nos aplicativos são direcionadas diretamente para o sistema de gestão da empresa, entrando em tempo real. "Antes o vendedor enviava as informações via fax ou telefone, agora, com os recursos da mobilidade, ele realiza essa tarefa com maior agilidade e consegue ter maior produtividade. Esse fato aumentou nossa possibilidade de gerar vendas", comenta Raymundo.

De acordo com o executivo, a implantação do sistema ocorreu há três meses, mas a Tortuga já conseguiu obter retorno sobre o investimento realizado.

Todos tribunais têm obrigação de virtualizar os processos, diz AMB

quinta-feira, 10 de setembro de 2009, 21h16 - TI Inside

Em visita nesta quinta-feira, 10, ao Superior Tribunal de Justiça, o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Mozart Valadares, afirmou que é parceiro e aliado incondicional do trabalho de virtualização dos processos desencadeado pelo ministro Cesar Asfor Rocha, presidente do STJ. "Isso é uma verdadeira revolução que vai qualificar melhor o trabalho do tribunal e vai proporcionar aos servidores e aos ministros melhores condições de trabalho, além de trazer benefícios não só para o Judiciário, mas para a sociedade brasileira", afirmou.

O ministro Cesar Asfor Rocha mobilizou uma força-tarefa para transformar o STJ no primeiro tribunal nacional do mundo com o trâmite processual totalmente informatizado ainda neste ano. Atualmente, 27 tribunais já estão aptos a transmitir processos eletronicamente à Corte Superior. Em breve, o sistema também será integrado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região e pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.

Para que o país inteiro tenha um canal direito de transmissão de processos para o STJ, falta a adesão de três tribunais: São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Parece pouco, mas não é. Juntas, essas três unidades da federação foram responsáveis pelo envio de 60% dos processos que chegaram ao STJ entre janeiro e agosto deste ano.

Valadares afirmou que a AMB vai trabalhar para que esses tribunais façam parte da Justiça na era virtual. "Vamos entrar em contato com a Apamagis, a Associação Paulista de Magistrados, para ver ser quebramos essas resistência e ajudar a fazer com o que o tribunal de justiça que representa um número tão significativo de processos em tramitação no país se adapte a essa mudança o mais rápido possível e comece a funcionar como a população gostaria de receber o trabalho da magistratura", afirmou o presidente da AMB.

Segundo ele, a virtualização é a resposta para a maior reclamação da sociedade em relação ao judiciário, que é a morosidade. "Esse é um caminho sem volta. Os outros tribunais, obrigatoriamente, vão ter que se adaptar a essa revolução patrocinada pelo STJ."

Oi Paggo testa delivery de botijão de gás, NFC e sistemas business to business

quinta-feira, 10 de setembro de 2009, 13h21 - TI Inside

A Oi Paggo testa novas soluções que, muito em breve, estarão comercialmente disponíveis. Entre elas alguns serviços de valor agregado, como o delivery de botijões de gás. Esse piloto, segundo o superintendente de Negócios da Oi Paggo, Gabriel Ferreira, está em andamento há um mês e meio em um bairro de Fortaleza e deve ser ampliado para toda a capital cearense até o final do ano. "O assinante cadastrado digita a palavra 'gas' e envia via SMS para a operadora. Lá a mensagem é processada pela Oi Paggo e o valor enviado ao cliente com os dados da compra para confirmação. Em segundos, a empresa de gás recebe o pedido e entrega o botijão na casa do usuário", explica. "Este é um case que pode facilmente ser estendido para o restante do país", acrescenta. Sistemas de recarga para o lojista, de business-to-business (para transações entre o estabelecimento e o fornecedor), cartão pré-pago (m-wallet) e cartão exclusivo para recarga também estão entre as soluções atualmente testadas nos laboratórios da Oi Paggo, que, segundo Ferreira, devem ser lançados na virada do ano. Outra novidade é a integração da tecnologia Near Field Communication (NFC). "A Oi Paggo acredita na NFC e vai apresentar novidades em breve", diz, sem revelar mais detalhes.

Pioneira

A Oi foi a primeira operadora a lançar, há três anos, em parceria com a financeira Paggo, uma plataforma de mobile payment. O serviço foi denominado de Oi Paggo. O sistema elimina a utilização do terminal de ponto de venda (POS) e depende de senha pessoal do usuário para a finalização da transação. Para utilizar o serviço, o aparelho Oi do lojista deve estar programado para iniciar a transação com a Paggo, informando o valor da compra e o número do telefone Oi do consumidor. A mensagem será processada na Paggo e o valor enviado ao cliente com os dados da compra para confirmação. Automaticamente, o lojista e o cliente receberão mensagem em seus handsets comprovando a realização da compra, que só será finalizada mediante digitação, por parte do usuário, de senha pré-cadastrada.

Cobertura e preço das operadoras móveis dificultam m-commerce

quinta-feira, 10 de setembro de 2009, 17h26 - TI Inside

Serviços de mobile commerce ainda não decolaram no Brasil por uma série de motivos. Alguns deles estão relacionados às operadoras móveis. Leonardo Rochadel, CEO da Wiaxis, destacou alguns desses obstáculos durante o 2o Forum Mobile Plus, evento realizado pelas revistas TELETIME e TI INSIDE esta semana em São Paulo. O primeiro problema é a cobertura. Para atender clientes que atuam em áreas remotas espalhadas pelo País, o melhor é fechar acordos regionais com diversas operadoras. O executivo deu o exemplo de uma empresa que usaria uma solução de POS móvel criada pela Wiaxis no sul da Bahia e na região Amazônica. Depois de ter fechado contrato com uma operadora, o cliente descobriu que ela não tinha cobertura nas áreas onde o serviço seria oferecido.

Outro problema levantado por Rochadel é o preço do tráfego de dados. Projetos como recarga de celulares pré-pagos via telefones móveis podem não ser economicamente viáveis em razão dos custos da rede das operadoras. Ele disse que no Nordeste, por exemplo, a maioria das recargas é de R$ 1, o que gera um lucro de poucos centavos para quem vende a recarga. Ou seja: dependendo do custo do tráfego de dados, a conta não fecha. "É preciso criar pacotes de dados para pequenas operações", sugeriu.

Quase 50% dos donos de celulares nos EUA usarão mobile banking

quinta-feira, 10 de setembro de 2009, 15h07 - TI Inside

Os serviços bancários móveis devem atingir cerca 45% dos usuários americanos de celulares até 2014, de acordo com pesquisa da Javelin Strategy & Research. A consultoria computou que quase 100 milhões de pessoas nos Estados Unidos devem fazer ao menos uma transação bancária por dia ao fim do período, sendo que 52% destes acessarão os serviços por smartphones.

A consultoria analisa que a adoção de celulares inteligentes é um fator secundário para o desenvolvimento do mobile banking, como são chamados os serviços bancários móveis. Porém, serão determinantes para integrar as aplicações móveis aos serviços disponíveis nos sites dos bancos.

Mark Schwanhausser, analista de serviços financeiros da Javelin, acredita que o mobile banking já está se tornando um hábito essencial de consumo. "Assim como o iPod mudou a indústria da música e seus modelos de negócios, nosso relatório está mostrando que o mobile banking está transformando a estrutura dos modelos de negócios das instituições financeiras", conclui.

Transferência de dinheiro via celular é próxima evolução do mobile banking

sexta-feira, 11 de setembro de 2009, 17h42 - TI Inside

Após inúmeros projetos de mobile banking lançados no Brasil com as mais variadas tecnologias, os atores desse setor parecem agora convergir para um mesmo caminho: o desenvolvimento de serviços de transferência de dinheiro entre telefones celulares. Tanto bancos quanto as empresas de cartão de crédito e operadoras móveis planejam a realização de projetos pilotos desse serviço. A mensagem ficou clara durante painel sobre o tema no 2º Forum Mobile Plus, evento realizado pelas revistas TELETIME e TI INSIDE esta semana, em São Paulo.

No lado dos bancos, a transferência de dinheiro via celular com DOCs e TEDs por meio de uma aplicação é o próximo passo no projeto de DDA (débito direto automático) da Febraban. O cadastro de usuários interessados em usar boletos eletrônicos já começou e o DDA será lançado no dia 19 de outubro. Depois, os usuários poderão cadastrar também seus celulares para realizar transferências. O serviço deve entrar em operação em 2010. Várias soluções de mobile banking disponíveis no mercado brasileiro já oferecem a possibilidade de realizar DOCs e TEDs. A diferença é que o novo serviço a ser desenvolvido pela Febraban usará provavelmente a tecnologia USSD para realizar transferências rapidamente, discando para um número especial. "USSD é a tecnologia mais interessante para essas interações. O SMS deve ser usado mais para alertas aos correntistas", disse Massayuki Fujimoto, superintendente de e-business do Citibank.

A oferta de transferência de dinheiro via celular entre correntistas é apenas uma primeira fase do projeto da Febraban, que almeja, no futuro, soluções de mobile payment envolvendo não apenas a população que possui contas correntes.

Transferências P2P

De acordo com Fujimoto, a segunda fase consistirá na possibilidade de correntistas enviarem dinheiro eletronicamente por celular para os telefones de pessoas que não têm conta bancária. Os receptores retirariam o valor em caixas automáticos usando senhas criadas a cada nova transação. "Isso deve ficar pronto entre um ano e um ano e meio depois da primeira fase", disse Fujimoto. O terceiro e último estágio seria a bancarização de pessoas nas camadas mais pobres através de contas simplificadas utilizadas via celular e que independem de agências. Essa fase, porém, necessitaria de modificações na regulamentação bancária brasileira, que hoje exige uma série de documentos que dificultam a bancarização da população mais pobre.

Cartões

Entre as empresas de cartão de crédito, a transferência de dinheiro via celular também está na ordem do dia. "Esse é um dos pilares para a bancarização", disse Marcelo Sarralha, executivo da área de produtos e canais da Visa no Brasil. A empresa tem uma solução chamada "Money transfer" que deve ser testada em breve no Brasil, informou o executivo. A Visa tem hoje outros dois pilotos em andamento no país: um para pagamentos remotos via celular em parceria com o Banco do Brasil e outro para pagamentos via NFC, em parceria com Claro, Bradesco e Banco do Brasil.

Operadoras

Do lado das operadoras, já existem casos de serviços de transferência de crédito pré-pago entre usuários da mesma tele. TIM e Sercomtel foram pioneiras nessa oferta. A Oi Paggo, empresa controlada pela Oi, promete testar um piloto de m-wallet em breve.

Um passo seguinte seria a possibilidade de transferir crédito pré-pago entre usuários de operadoras diferentes. Isso iria requerer a adoção de uma clearing house. Fujimoto, do Citibank, acha difícil que as operadoras avancem até esse estágio, pois teriam que se tornar bancos e seguir a regulamentação financeira nacional.