Empresa implementa certificado digital e planeja eliminar o papel na maioria de seus processos.
Por Rodrigo Caetano, da Computerworld
14 de setembro de 2009 - 07h00
Os interessados no crescimento da certificação digital no País ganharam um aliado de peso. A Petrobras assinou, na última semana de agosto, o primeiro contrato com um fornecedor utilizando esta tecnologia e o objetivo é tornar a prática um padrão na companhia.
Até então, a empresa de energia utilizava a certificação digital apenas em processos internos, como pareceres jurídicos e na assinatura de plantas de engenharia. O contrato firmado com a Algas, que comercializa gás natural no estado de Alagoas, quebra um paradigma e deve servir para massificar a tecnologia em diversos mercados.
O tamanho da Petrobras, que faturou quase 120 bilhões de dólares no ano passado, justifica a expectativa. O ecossistema de parceiros e fornecedores da companhia abrange um número quase incontável de setores e indústrias, inclusive de tecnologia da informação.
Para viabilizar a assinatura, a Petrobras se tornou uma autoridade certificadora de nível intermediário, que tem seus certificados emitidos por uma autoridade certificadora de raiz, no caso a Certisign (no Brasil, existem sete certificadoras de raiz, entre elas a Receita Federal e a Caixa Econômica Ferderal). O sistema de assinatura foi construído baseado em dispositivos USB que possuem o certificado instalado. A empresa não informa o valor do investimento no projeto.
A utilização desse tipo de dispositivo resolveu um problema de custo da tecnologia, ainda um pouco alto, segundo o gerente de segurança da informação da área de TI da Petrobras, Flávio Baruzzi. “O uso de cartões inteligentes requer ainda um leitor”, explica o executivo. A instalação também ficaria mais difícil.
De acordo com Baruzzi, a certificação digital atingiu um ponto de maturação suficiente para que a tecnologia possa ser utilizada em larga escala. “Não há problema de confiança”, afirma. Entre os benefícios, estão a eliminação do papel e da burocracia, dispensando o uso de cartórios para reconhecimento de firma.
Mas, destaca o executivo, o uso da tecnologia depende das áreas de negócios. “Nós, da TI, estamos oferecendo os meios para usar a certificação digital e buscando apresentar os benefícios para o pessoal de negócios”, afirma. A barreira cultural ainda existe, não só na Petrobras. A tendência é que, após as primeiras iniciativas, as pessoas se sintam mais seguras para abandonar velhos hábitos pouco produtivos.
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