Em documento na Comissão de Valores Mobiliários, empresas afirmam que estão em tratativas para fundir as operações.
Por Redação COMPUTERWORLD
22 de julho de 2008 - 14h46
ATUALIZADO DIA 22/07 ÀS 19h56
A Totvs fechou a compra da Datasul, criando um gigante de gestão de recursos empresariais (ERP) que no Brasil é maior do que a SAP.
A operação envolve a compra das ações da Datasul pela Makira do Brasil, empresa controlada pela Totvs. "Consumada a operação, os acionistas da Datasul passarão a ser acionistas da Totvs", diz o documento na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O documento afirma, ainda, que os acionistas da Datasul vão receber 480 milhões de reais pela operação. Além disso, a Totvs vai lançar ao mercado novas 4,4 milhões de ações - que daria um valor em torno de 220 milhões de reais com a ação avaliada em 49,50 reais cada (valor de fechamento das ações da Totvs ontem).
A Datasul, que após a agressiva política de aquisições soma quase 4 mil funcionários (incluindo as equipes das empresas recém-adquiridas Informenge, Meya, Próxima, Soft Team, Bonagura, entre outras), vai se unir com a Totvs, que também apostou em uma política agressiva de compras de empresas menores nos últimos meses, e hoje conta com 2,3 mil funcionários.
Após o anúncio, as ações da Totvs valorizaram cerca de 1%, avaliadas em 50 reais cada. Já as da Datasul tiveram alta de mais de 6%, avaliadas em 22,19 reais cada. Com base no valor de fechamento das ações da Datasul ontem, o valor de mercado da empresa é de 605,5 milhões de reais.
No final do pregão, a Datasul teve valorização de 9,13% em suas ações, fechando 22,81 reais cada. Enquanto isso, a Totvs teve alta de 1,21%, fechando o dia a 50,10 reais cada ação.
O professor da Fundação Getúlio Vargas, Fernando Meirelles, afirma que o negócio faz aumentar a participação de mercado de ERP da Totvs de 24% para 40%. O diretor geral do IDC Brasil, Mauro Peres, por sua vez, acredita que o Grupo ganha destaque na América Latina e possibilidade de destaque internacional.
quinta-feira, 24 de julho de 2008
quarta-feira, 2 de julho de 2008
Nota fiscal eletrônica: O desafio da integração com o ERP
Próximo de acabar o prazo para a terceira fase (que vai incluir de frigoríficos a empresas de energia), a NF-e precisa se integrar com os ERPs.
Por Rodrigo Caetano, do COMPUTERWORLD
Para justificar a adoção da Nota Fiscal Eletrônica, a Receita Federal afirma que as imagens em papel simplesmente reproduzem as informações oriundas do meio eletrônico.
A afirmação pode ser verdadeira, mas, na prática, não existe essa simplicidade na transformação das imagens impressas em eletrônicas. As empresas estão tendo de investir muitos recursos, financeiros e humanos, para não atrasarem o cronograma exigido pelo governo.
As 70 empresas que participaram das duas primeiras fases do projeto tiveram os benefícios prometidos?
Os benefícios da NF-e, tanto para o Fisco, quanto para as empresas, são claros: redução de custos, maior agilidade no processo, facilidade de fiscalização e diminuição da informalidade. Agora, para atingir esses objetivos, alguns desafios precisam ser superados.
Para emitir as notas, é necessário ter uma plataforma que gera o documento XML, com as informações já no formato exigido pela Receita e que faça a comunicação entre a empresa e as secretarias da Fazenda dos Estados. Este sistema deve ser integrado ao ERP para obter as informações e aí começam os problemas.
Pensar em uma solução plug and play é difícil. “Para nós, o principal problema foi não encontrar um sistema pronto no mercado”, afirma Luis Marciano, gerente executivo de TI da Yamaha. A empresa adquiriu uma plataforma para a geração e o envio das notas, fornecida pela Boldcrom Technologies, mas a solução não se comunicava com o Business Suíte, da Oracle, sistema de gestão usado pela fabricante.
A maneira encontrada para resolver o problema foi fazer uma parceria com a Aportt, especializada em serviços de gestão e desenvolvimento, para integrar os dois sistemas. A Yamaha, segundo Marciano, investiu cerca de 650 mil reais no sistema até o momento.
No caso, a Yamaha vai ajudar no desenvolvimento de uma solução que será vendida posteriormente pela empresa parceira. Esse tipo de iniciativa é que vem permitindo o desenvolvimento de soluções. Mesmo os grandes fornecedores estão usando os clientes como “cobaias” para desenvolver seus sistemas de NFe.
De modo geral, as pioneiras na implementação da NFe devem gastar mais para se adequar. “No início, os produtos tendem a ser mais caros”, afirma Jayme Rezende, diretor comercial da ABC71, fornecedora de sistemas de gestão que está formatando uma solução fim-a-fim para a nota fiscal eletrônica.
O fato é que as soluções atualmente disponíveis ainda não estão completamente prontas ou são muito recentes. Ou seja, quem estiver implementando a nota eletrônica agora vai precisar dedicar esforços extras para formatar o sistema e, muito provavelmente, deve ter de lidar com alguns imprevistos.
Em coluna, Renato Martini explica os motivos para as empresas apostarem na adoção da nota fiscal eletrônica.
De qualquer forma, os benefícios compensam, pelo menos na opinião de Marciano. “Todo o processo fica mais transparente. Ainda não podemos dimensionar a economia que será gerada, mas certamente será significativa”, afirma o gerente. Mesmo sem conseguir encontrar uma solução no mercado, a Yamaha não deve ter problemas para seguir o cronograma de implementação do Sped proposto pela Receita.
Etapas:
O processo de geração e envio das notas fiscais ocorre em duas frentes.
A primeira está no sistema de gestão, onde estão as informações necessárias para emitir os documentos. Aqui, a dificuldade está na formatação dos dados de acordo com o padrão exigido pela Receita. Vera Santana, gerente do departamento fiscal e tributário da Yamaha, conta que uma das dificuldades enfrentadas pela empresa foi a questão da correção ortográfica. “O sistema não aceita acentos”, relata.
Outro problema é que nem sempre o ERP possui todas as informações necessárias para emitir as notas. Como o processo sempre foi “manual”, muitos dados eram inseridos somente no momento de imprimir o documento. De acordo com Bruno Ogusuko, gerente de localização da SAP Brasil, o problema pode ser resolvido incluindo no sistema a possibilidade de complementar as informações antes de gerar a NF-e.
A segunda frente de trabalho é a plataforma de comunicação com a receita, apelidado de sistema de “mensageria”. Além de gerar a NF-e, o sistema envia o documento para a Receita e recebe a aprovação. Somente após ser aprovada é que a nota fiscal pode ser utilizada. O principal desafio dessa solução é manter um tempo de resposta adequado para o processo e ser integrado ao ERP da companhia. É neste segundo caso que estão as maiores dificuldades.
Desde abril, fabricantes e distribuidores de cigarros e combustíveis estão obrigados a se adequarem ao sistema eletrônico. A partir de setembro, os fabricantes de automóveis, medicamentos, bebidas alcoólicas e refrigerantes, aço e ferro-gusa, frigoríficos e fornecedores de energia elétrica também terão de emitir as notas eletronicamente.
Boa parte dessas empresas utiliza em suas operações sistemas de gestão fornecidos pela SAP, que lançou uma solução para ser integrada em seu sistema somente em maio deste ano. Ogusuko explica que, desde 2006, a empresa vem trabalhando no desenvolvimento dessa solução juntamente com os clientes.
É o caso da General Motors. “Nós terminamos recentemente nosso projeto de nota fiscal eletrônica e ele foi feito com SAP”, relata Hélio Silva, gerente de planejamento estratégico de TI da fabricante.
Segundo Ogusuko, a preocupação em criar um sistema para a NFe vem desde 2005 e várias empresas que participaram do projeto piloto, como Petrobras, Vale e Usiminas, procuraram a SAP para desenvolver uma solução.
Inicialmente, os esforços da fornecedora ficaram concentrados no ERP. Por conta da forte demanda dos clientes, a SAP apostou no desenvolvimento, também, de um sistema de “mensageria”. A empresa lançou essa solução em maio, após homologar o produto em sua matriz, na Alemanha.
(Colaborou Marina Pita, da CIO)
Por Rodrigo Caetano, do COMPUTERWORLD
Para justificar a adoção da Nota Fiscal Eletrônica, a Receita Federal afirma que as imagens em papel simplesmente reproduzem as informações oriundas do meio eletrônico.
A afirmação pode ser verdadeira, mas, na prática, não existe essa simplicidade na transformação das imagens impressas em eletrônicas. As empresas estão tendo de investir muitos recursos, financeiros e humanos, para não atrasarem o cronograma exigido pelo governo.
As 70 empresas que participaram das duas primeiras fases do projeto tiveram os benefícios prometidos?
Os benefícios da NF-e, tanto para o Fisco, quanto para as empresas, são claros: redução de custos, maior agilidade no processo, facilidade de fiscalização e diminuição da informalidade. Agora, para atingir esses objetivos, alguns desafios precisam ser superados.
Para emitir as notas, é necessário ter uma plataforma que gera o documento XML, com as informações já no formato exigido pela Receita e que faça a comunicação entre a empresa e as secretarias da Fazenda dos Estados. Este sistema deve ser integrado ao ERP para obter as informações e aí começam os problemas.
Pensar em uma solução plug and play é difícil. “Para nós, o principal problema foi não encontrar um sistema pronto no mercado”, afirma Luis Marciano, gerente executivo de TI da Yamaha. A empresa adquiriu uma plataforma para a geração e o envio das notas, fornecida pela Boldcrom Technologies, mas a solução não se comunicava com o Business Suíte, da Oracle, sistema de gestão usado pela fabricante.
A maneira encontrada para resolver o problema foi fazer uma parceria com a Aportt, especializada em serviços de gestão e desenvolvimento, para integrar os dois sistemas. A Yamaha, segundo Marciano, investiu cerca de 650 mil reais no sistema até o momento.
No caso, a Yamaha vai ajudar no desenvolvimento de uma solução que será vendida posteriormente pela empresa parceira. Esse tipo de iniciativa é que vem permitindo o desenvolvimento de soluções. Mesmo os grandes fornecedores estão usando os clientes como “cobaias” para desenvolver seus sistemas de NFe.
De modo geral, as pioneiras na implementação da NFe devem gastar mais para se adequar. “No início, os produtos tendem a ser mais caros”, afirma Jayme Rezende, diretor comercial da ABC71, fornecedora de sistemas de gestão que está formatando uma solução fim-a-fim para a nota fiscal eletrônica.
O fato é que as soluções atualmente disponíveis ainda não estão completamente prontas ou são muito recentes. Ou seja, quem estiver implementando a nota eletrônica agora vai precisar dedicar esforços extras para formatar o sistema e, muito provavelmente, deve ter de lidar com alguns imprevistos.
Em coluna, Renato Martini explica os motivos para as empresas apostarem na adoção da nota fiscal eletrônica.
De qualquer forma, os benefícios compensam, pelo menos na opinião de Marciano. “Todo o processo fica mais transparente. Ainda não podemos dimensionar a economia que será gerada, mas certamente será significativa”, afirma o gerente. Mesmo sem conseguir encontrar uma solução no mercado, a Yamaha não deve ter problemas para seguir o cronograma de implementação do Sped proposto pela Receita.
Etapas:
O processo de geração e envio das notas fiscais ocorre em duas frentes.
A primeira está no sistema de gestão, onde estão as informações necessárias para emitir os documentos. Aqui, a dificuldade está na formatação dos dados de acordo com o padrão exigido pela Receita. Vera Santana, gerente do departamento fiscal e tributário da Yamaha, conta que uma das dificuldades enfrentadas pela empresa foi a questão da correção ortográfica. “O sistema não aceita acentos”, relata.
Outro problema é que nem sempre o ERP possui todas as informações necessárias para emitir as notas. Como o processo sempre foi “manual”, muitos dados eram inseridos somente no momento de imprimir o documento. De acordo com Bruno Ogusuko, gerente de localização da SAP Brasil, o problema pode ser resolvido incluindo no sistema a possibilidade de complementar as informações antes de gerar a NF-e.
A segunda frente de trabalho é a plataforma de comunicação com a receita, apelidado de sistema de “mensageria”. Além de gerar a NF-e, o sistema envia o documento para a Receita e recebe a aprovação. Somente após ser aprovada é que a nota fiscal pode ser utilizada. O principal desafio dessa solução é manter um tempo de resposta adequado para o processo e ser integrado ao ERP da companhia. É neste segundo caso que estão as maiores dificuldades.
Desde abril, fabricantes e distribuidores de cigarros e combustíveis estão obrigados a se adequarem ao sistema eletrônico. A partir de setembro, os fabricantes de automóveis, medicamentos, bebidas alcoólicas e refrigerantes, aço e ferro-gusa, frigoríficos e fornecedores de energia elétrica também terão de emitir as notas eletronicamente.
Boa parte dessas empresas utiliza em suas operações sistemas de gestão fornecidos pela SAP, que lançou uma solução para ser integrada em seu sistema somente em maio deste ano. Ogusuko explica que, desde 2006, a empresa vem trabalhando no desenvolvimento dessa solução juntamente com os clientes.
É o caso da General Motors. “Nós terminamos recentemente nosso projeto de nota fiscal eletrônica e ele foi feito com SAP”, relata Hélio Silva, gerente de planejamento estratégico de TI da fabricante.
Segundo Ogusuko, a preocupação em criar um sistema para a NFe vem desde 2005 e várias empresas que participaram do projeto piloto, como Petrobras, Vale e Usiminas, procuraram a SAP para desenvolver uma solução.
Inicialmente, os esforços da fornecedora ficaram concentrados no ERP. Por conta da forte demanda dos clientes, a SAP apostou no desenvolvimento, também, de um sistema de “mensageria”. A empresa lançou essa solução em maio, após homologar o produto em sua matriz, na Alemanha.
(Colaborou Marina Pita, da CIO)
terça-feira, 1 de julho de 2008
Bancos e operadoras se unem para viabilizar pagamento por celular
TI Inside
Segunda-feira, 30 de Junho de 2008, 21h02
A GSM Association (GSMA), que representa mais de 750 operadoras de telefonia móvel GSM em todo o mundo, firmou parceria com a European Payments Council (EPC), organização que representa 8 mil bancos na Europa e na Área Economica Européia (EEA), que compreende 12 membros União Européia mais a Áustria, Finlândia, Suécia, Noruega e Islândia, juntamente com a Suíça, para desenvolverem um trabalho de cooperação com o propósito de permitir que clientes paguem compras no supermercado, restaurantes e outras contas utilizando seus telefones celulares.
Os serviços serão facilitados por um "Trusted Service Manager", que irá apoiar os bancos e as operadoras de telefonia móvel na distribuição, configuração e ativação do pedido de pagamento do feito pelo terminal móvel com UICC (Universal Integrated Circuit Card), chip de cartão usado em redes GSM e UMTS. A GSMA, através de sua iniciativa Pay-Buy-Mobile, e o EPC irão se concentrar inicialmente na definição de um documento detalhando o conjunto mínimo de requisitos para um Trusted Service Manager e o desenvolvimento da interface com os bancos e as operadoras de celular.
"Juntos, o European Payments Council e a GSMA estão bem preparados para desenvolver as ferramentas para que nossos membros possam implantar serviços de pagamento móvel que funcionem em nível internacional ", disse Alex Sinclair, CTO (chief technology officer) da GSMA. "Estamos ansiosos para uma produtiva relação de trabalho com o EPC.
"Atualmente, sete operadoras de celular realizam testes para pagamentos móveis e outras sete planejam fazê-los em um curto espaço de tempo. "Trazer maior competição ao mercado de pagamentos tem sido o meu objetivo e acordos como esse mostram as possibilidades que as novas tecnologias podem oferecer", disse o comissário interino da União Européia, Charlie McCreevy, em um comunicado.
A meta da parceria é estabelecer um padrão para uso dos micropagamentos no bloco que utilize a tecnologia Near Field Communications (NFC), plataforma para pagamentos sem contato que permite que os dados sejam transmitidos a partir do chip do celular a curtas distâncias. Da Redação
Segunda-feira, 30 de Junho de 2008, 21h02
A GSM Association (GSMA), que representa mais de 750 operadoras de telefonia móvel GSM em todo o mundo, firmou parceria com a European Payments Council (EPC), organização que representa 8 mil bancos na Europa e na Área Economica Européia (EEA), que compreende 12 membros União Européia mais a Áustria, Finlândia, Suécia, Noruega e Islândia, juntamente com a Suíça, para desenvolverem um trabalho de cooperação com o propósito de permitir que clientes paguem compras no supermercado, restaurantes e outras contas utilizando seus telefones celulares.
Os serviços serão facilitados por um "Trusted Service Manager", que irá apoiar os bancos e as operadoras de telefonia móvel na distribuição, configuração e ativação do pedido de pagamento do feito pelo terminal móvel com UICC (Universal Integrated Circuit Card), chip de cartão usado em redes GSM e UMTS. A GSMA, através de sua iniciativa Pay-Buy-Mobile, e o EPC irão se concentrar inicialmente na definição de um documento detalhando o conjunto mínimo de requisitos para um Trusted Service Manager e o desenvolvimento da interface com os bancos e as operadoras de celular.
"Juntos, o European Payments Council e a GSMA estão bem preparados para desenvolver as ferramentas para que nossos membros possam implantar serviços de pagamento móvel que funcionem em nível internacional ", disse Alex Sinclair, CTO (chief technology officer) da GSMA. "Estamos ansiosos para uma produtiva relação de trabalho com o EPC.
"Atualmente, sete operadoras de celular realizam testes para pagamentos móveis e outras sete planejam fazê-los em um curto espaço de tempo. "Trazer maior competição ao mercado de pagamentos tem sido o meu objetivo e acordos como esse mostram as possibilidades que as novas tecnologias podem oferecer", disse o comissário interino da União Européia, Charlie McCreevy, em um comunicado.
A meta da parceria é estabelecer um padrão para uso dos micropagamentos no bloco que utilize a tecnologia Near Field Communications (NFC), plataforma para pagamentos sem contato que permite que os dados sejam transmitidos a partir do chip do celular a curtas distâncias. Da Redação
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