Estudos apontam que, por falta de recursos, áreas de TI relegam atualização a segundo plano, bem como ignoram todas as funcionalidades dos sistemas.
Por CIO/EUA
27 de setembro de 2010 - 08h10
Dois recentes estudos sobre o cenário de TI corporativo demonstram como e por que muitas companhias convivem com o ‘remorso’ de gastar milhões de dólares com licenças, implementação e suporte dos sistemas de gestão empresarial (ERP). As razões para isso são a combinação de uma série de situações, como dificuldade para gestão de portfólio, previsão inadequada de gastos e aplicações mal dimensionadas.
A consultoria Gartner estima que, em 2010, o gargalo mundial TI nas organizações deve chegar a 500 bilhões de dólares – alcançando 1 trilhão de dólares em 2015. Para chegar a esse valor, a entidade calculou quanto as empresas investem em TI e fizeram uma diferença entre o valor que seria realmente necessário para que elas realizassem todos os investimentos necessários.
Para o analista da Gartner Andy Kyte, como forma de contornar essa falta de recursos, muitas empresas evitam gastos com manutenção e atualização de software, o que gera uma série de riscos. “Isso pode ser um problema pequeno em um ou até dois anos, mas depois de algum tempo, a falta de atualização representa um perigo grande”, analisa Kyte.
Isso não é o pior, avisa o especialista. Ele informa que a maior parte dos CIOs tem consciência dessa situação. “O que significa que os gestores de TI nunca esquecem da verdadeira dimensão do problema [de falta de recursos]”, analisa Kyte. “E a situação fica pior a cada ano”.
Um segundo estudo, da consultoria em TI MorganFranklin, oferece um cenário ainda mais perturbador em relação aos problemas com as aplicações corporativas. Dos 350 executivos de TI entrevistados, 53% não usam todas as funcionalidades que os ERPs já instalados em suas empresas oferecem.
Além disso, só metade dos respondentes tem consciência das customizações realizadas nos sistemas de gestão. “Esse desconhecimento impacta na atualização e aumenta custos”, analisa Anil Goel, gerente da Morgan Franklin, no relatório sobre o estudo.
“Essas descobertas mostram que existe muito para educar os usuários em relação às capacidades dos ERPs já instalados”, avalia o especialista. Por outro lado, ele considera que a situação demostra que há uma imensa possibilidade de aumentar o atual retorno sobre investimento nesse tipo de sistema.
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COMENTÁRIOS DO MAURO
Ao meu ver esses estudos ainda foram muito pouco abrangentes em relação a realidade do mercado de ERP.... o problema é muito maior do que pensamos!!!
Os softwares estão ficando mais completos e mais estáveis, isso é muito bom. As pessoas estão se qualificando um pouco melhor, isso também é muito bom. Entretanto, o nível de complexidade das operações e das necessidades de serviços capazes de facilitar a gestão estão crescendo a níveis assustadores, onde, a maioria das empresas, não estão conseguindo decidir como usar o ERP que tem e nem como usar melhor os seus recursos atrelados ao sistema.
O problema não é mais técnico, é gerencial!
Com base nisso, as respostas as velhas perguntas já não são mais cabíveis, porque as perguntas precisam mudar. Quais são as vantagens competitivas que estou procurando? Quais ganhos de produtividade preciso ter? Como utilizar e perpetuar o conhecimento gerado/difundido com o sistema? São algumas perguntas da noss atual fase de gerenciamento de negócios com ERP.
Mãos e Mentes a Obra!!!
Abraços;
Mauro Cesar
mauro.oliveira@vilelaleite.com.br
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4 comentários:
Mauro, vc está complementamente certo. Realmente os usuários de todos os Softwares, até Word, Excel, ERP´s etc., usamn até 1/3 a 1/2 dos recursos desses softwares. No nosso software SGS fizemos essa pesquisa e chega a 1/3 de uso dos recursos.
Mauro, vc está complementamente certo. Realmente os usuários de todos os Softwares, até Word, Excel, ERP´s etc., usamn até 1/3 a 1/2 dos recursos desses softwares. No nosso software SGS fizemos essa pesquisa e chega a 1/3 de uso dos recursos.
Dantas
As vezes nem chega a isso... posso garantir que já ví projetos de ERp que o cliente usa 20% do que tem, precisa muito de 50%, foi treinado em 100% e jura que isso não existe.
Abraços;
Mauro Cesar
mauro.oliveira@vilelaleite.com.br
Caro Mauro...
Realmente é uma situação um tanto interessante, mas gostaria de adicionar meu comentário baseado no que já vi por ai, as grandes empresas acham que não há necessidade de atualização da mão de obra, sendo que um novo funcionário irá aprender com um antigo e assim por diante só que o antigo também só sabia o feizão com arroz e transmite isso para o próximo ainda muito mal o que causa uma redução de conhecimento ao invez de ganho ao longo dos anos.
Novos projetos estão surgindo no mercado com o objetivo de atingir as pequenas e médias empresas com um ERP digamos "Gradual" isto é instalado determinado módulo depois que um antigo está em uso e totalmente operacional, é o nosso caso visite em www.belmansistemas.com.br, o problema é que tudo que é considerado inovador acaba se transformando em uma caça ao tesouro com algo do tipo não quero porque não está instalado na empresa número 1 do mundo, acho que uma modificação na forma de contrato na hora de escolher um ERP é que seria a solução focando mais o treinamento e utilização e menos a implantação de novos processos já que este tipo de sistema tem a facilidade de migrar de nível de informação sem a necessidade de implementação de novas rotinas, somente preparando um pouco mais cada setor que fará utilização dos mesmos.
Um ERP é realmente uma solução inteligente para qualquer tipo de empresa, atualização do parque de maquinário cada empresário vai descobrir por sí mesmo que quanto mais ele retarda esse processo mais vai ficar para traz e como consequencia mais caro vai ficar a proxima atualização, já para o quisito mão de obra esse será atualizado quando ?????
Obrigado pela oportunidade e visite em http://belmandes.spaces.live.com e comente também sobre o assunto.
Será que somos bons funcionários ?
Marcos Roberto
Gerente de Recursos
Belman Desenvolvimento e Consultoria
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