domingo, 28 de junho de 2009
Empresas ainda enfrentam dificuldade para se adequar ao Sped
Apesar de o prazo para entrega dos arquivos da Escrituração Contábil Digital (EDC) ao Fisco encerrar no próximo dia 30, muitas empresas ainda estão na fase inicial ou ainda não iniciaram a implantação do sistema. De acordo com pesquisa realizada pela consultoria Deloitte, cerca de 80% das empresas consultadas estão obrigadas a entregar a ECD até o fim deste mês, mas desta parcela cerca de 27% não estão com os processos totalmente implantados.
"Muitas empresas não tinham conhecimento do tempo e da complexidade dos subprojetos do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). Além do atendimento aos requerimentos do Sped, as empresas devem ter uma grande preocupação com a consistência e qualidade das informações que vão entregar ao Fisco", afirmou Carolina Velloso Verginelli, gerente da área de consultoria tributária da Deloitte.
Com relação à ECD, ela diz que é importante ressaltar a impossibilidade de retificação do arquivo enviado através do Sped. Assim, qualquer incorreção somente poderá ser ajustada no próximo exercício. A não apresentação da ECD no prazo fixado acarretará em multa de R$ 5 mil por mês ou fração, podendo, eventualmente, levar ao arbitramento do lucro da empresa. Em relação às inconsistências das informações as penalidades podem ser ainda maiores, dependendo dos reflexos tributários dela decorrentes.
Ainda no que diz respeito ao estágio atual de implantação, o levantamento da Deloitte revela que quase um quarto das empresas obrigadas a entregar a Escrituração Fiscal Digital (EFD) até 30 de setembro ainda está em estágio inicial ou ainda não iniciou o projeto. "Apesar do prazo para adequação ao Sped Fiscal ser maior, o trabalho de implantação é bem mais complexo, devido ao grande volume de dados exigidos", completou Carolina.
No que se refere à Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), o estudo mostra que cerca de 14,6% das empresas que precisam se adequar até 30 de setembro deste ano ainda estão em fase inicial do projeto. A próxima etapa da NF-abrange 54 importantes setores da economia, entre eles, cosméticos, informática e produtos de limpeza. O não cumprimento desta obrigação resultará em penalidade ainda maior, a impossibilidade de a empresa emitir documento fiscal em papel, paralisando, assim, suas atividades.
A pesquisa evidencia, ainda, que a maioria das empresas não está confortável com relação ao cadastro de participantes (clientes e fornecedores) e itens. Do ponto de vista tributário, 48,8% apontam não estar totalmente seguras quanto à qualidade das informações geradas e deve fazer uma análise, monitoramento e eventual ajuste de seu sistema. "Sentimos uma grande preocupação das empresas em gerar os arquivos no layout requerido pela legislação. No entanto, esse é apenas o meio de envio, enquanto que a essência está na certeza da qualidade dos dados", comentou Carolina.
Outro dado do estudo que revela incertezas quanto à consistência dos dados está no fato de que quase 34% das empresas não têm segurança de que todas as informações contidas nos seus ERPs (sistemas de gestão empresarial) serão migradas adequadamente para o Sped.
Na pesquisa, duas consequências trazidas pelo Sped foram apontadas com maior frequência. O cruzamento eletrônico de informações aparece em 77% das respostas, seguido pelo aprimoramento dos controles fiscais, com 65%. "As empresas, especialmente de setores sensíveis à sonegação, vêem o processo de forma positiva, pois acreditam que o Sped vai permitir uma competição mais justa", conclui Carolina.
Segundo o relatório, a redução da sonegação fiscal e a melhora na competitividade aparecem com 62% e o aumento da arrecadação com 57% das respostas relativas à conseqüência trazida pelo Sped.
O estudo da Deloitte foi realizado entre 25 de maio e 22 de junho e contou com a participação de 78 empresas que atuam no país.
quinta-feira, 18 de junho de 2009
SAP expande portfólio para disputar o mercado financeiro
De olho no enorme número de sistemas legados ainda existentes nos bancos brasileiros, a SAP aproveitou o 19º Ciab Febraban, que acontece em São Paulo, para anunciar a sua estratégia denominada de Clear Entreprise, que integra as soluções de gestão de transações e de ERP ao SAP Analytical Banking, formado por ferramentas analíticas de gestão de risco, governança e conformidade.
O presidente da subsidiária brasileira da SAP, Luís César Verdi, afirma que a incorporação de sistemas analíticos ao portfólio de soluções bancárias vai proporcionar maior transparência a todos processos administrativos aos gestores de instituições financeiras. Ele diz que a nova estratégia tem como alvo ampliar a participação da empresa no setor financeiro, no qual até agora atuava basicamente com ERP e soluções de gestão de transações. "O mercado de serviços financeiros é um dos três mais promissores para a SAP e o que deve apresentar crescimento mais rápido nos próximos anos", enfatizou Verdi, ao justificar a nova aposta da empresa.
O executivo observa que as instituições financeiras nacionais vivem o dilema entre adotar as novas tecnologias ou manter os sistemas que, apesar de se mostrarem eficientes ao longo do tempo, já estão se tornando obsoletos. Ele avalia que a necessidade de troca desse legado deve abrir novas oportunidades para a SAP. Verdi conta que a empresa firmou recentemente dois contratos para implantação do novo sistema. Um deles foi com o Banco do Estado de Sergipe (Banese) para substituição de 15 sistemas legados criados há 20 anos, e o outro com a cooperativa gaúcha de crédito Sicredi para atualização tecnológica.
Verdi acredita que, apesar de a SAP ter a imagem fortemente marcada como fornecedora de ERP, com o novo portfólio terá condições de brigar no mercado com outros fornecedores de ferramentas analíticas de gestão, como o SAS. De acordo com Guilherme Bujes, diretor de vendas para o setor financeiro da empresa, com o conceito de Clear Enterprise qualquer banco pode rodar todas as operações nos softwares da SAP, já que além dos softwares de gestão básicos, que abrangem desde o ERP até as transações de depósitos, empréstimos, leasings e outras, a solução passa a incorporar sistemas de gestão de risco e de business intelligence.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Eucatex troca Siebel por Microsoft Dynamics CRM
Por Redação do COMPUTERWORLD
16 de junho de 2009 - 06h45
A Eucatex anunciou nesta terça-feira (16/6) que vai migrar sua plataforma de CRM (Customer Relationship Management). Seis anos após a implantação da solução Siebel, utilizada exclusivamente pelo departamento de call center, a companhia decidiu migrar para o Microsoft Dynamics CRM.
“A Eucatex já era usuária há seis anos de outra ferramenta de CRM e precisava atualizar a versão do produto. Foi então que optamos pelo CRM da Microsoft”, conta Ailton da Costa Silva, gerente de informática do Grupo Eucatex. O objetivo é utilizar o sistema para padronizar o relacionamento com os clientes, equalizar as informações entre os departamentos, reduzir custos através da melhoria e simplificação dos processos e garantir a disponibilidade das informações a todos os perfis de usuários.
“A Eucatex vai se comunicar de forma individual para conhecer as necessidades, ao invés de realizar apenas pesquisas de mercado e modelos estatísticos que permitam predizer tendências e padrões de compra”, explica Rosana Zanin Hessel, coordenadora da CERC – Central de Relacionamento com o Cliente, da Eucatex. “Com isso, pretendemos desenvolver vínculos mais fortes junto a eles”, completa.
Além do melhor relacionamento com o cliente, o CRM vai simplificar os processos da empresa e melhorar o aproveitamento de dados, envolvendo profissionais de diversas áreas para que sirvam como multiplicadores da nova estratégia de relacionamento. Ou seja, grande parte das decisões, que hoje são tomadas com base no conhecimento pessoal de cada colaborador, será feita em curto e médio prazo apoiadas nas informações disponíveis no CRM.
O projeto, de acordo com Hessel, não se limita à implantação da nova ferramenta. “A finalidade é identificar, diferenciar e interagir melhor com nossos clientes, independentemente do contato, para personalizar essa relação e gerar fidelidade”, diz a coordenadora do CERC.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Empresa de terceirização quer receita 12% maior com ERP Oracle
Por Rodrigo Afonso, repórter do COMPUTERWORLD
08 de junho de 2009 - 08h35
Há oito meses trabalhando com a linha JDEdwards da Oracle, a Third IT Solutions, empresa que atua na área de terceirização em TI, faturou quase 2 milhões de reais com a solução e pretende que esse número gire entre 5 e 6 milhões de reais até o final do ano.
Os resultados gerados pela linha de soluções ERP da Oracle devem contribuir com boa parte do crescimento da companhia. “Nesta nova frente de atuação, esperamos crescer mais 12% em 2009, atingindo 32% de expansão”, afirma William Ayer, que comanda a área de sistemas ERP, com base nas soluções Oracle e JDEdwards. O faturamento total da companhia em 2008 foi de 40 milhões de reais.
Segundo Ayer, a entrada nesse mercado partiu de conversas entre representantes da empresa e da Oracle. Com a decisão, a empresa procurou profissionais com muita experiência no mercado para concorrer com fornecedores de SAP, Totvs, Microsoft, entre outros. “Estamos crescendo em cima da base já instalada de Oracle e também com novos contratos de terceirização”.
Ayer destaca, como diferencial da empresa no ecossistema JDEdwards, o trabalho em cima de funcionalidades desconhecidas do ERP, até mesmo por clientes que já utilizavam a ferramenta. O fator também é apontado como o responsável pelo bom resultado obtido nos oito meses da nova operação.
A empresa vem atuando em segmentos em diversas indústrias, como metal-mecânica, madeireira, gás, óleo, alimentícia, químico, agrícola, entre outros.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Clientes da Totvs em Campinas são afetados por fim de contrato com credenciada
Alguns clientes da Totvs tiveram alguns problemas no fim do ano passado por falta de suporte a projetos que estavam em implementação. O impasse começou quando a gigante de softwares brasileira optou por não renovar o contrato com uma de suas filiais de Campinas, a RM Campinas, franquia da RM Sistemas, empresa adquirida pela Totvs em abril de 2006.
Com o descredenciamento, cerca de 170 clientes da RM Campinas e da Totvs foram surpreendidas com o acontecimento, ficaram sem suporte e tiveram de interromper seus processos de implementação no meio para retomá-los com outras empresas.
“Para a Maternidade de Campinas foi ruim, pois ficamos sem eira nem beira. Agora temos que sair do zero e começar de novo. Foi um negócio drástico, da noite para o dia. Nós estávamos acostumados com a RM Campinas, porque sempre tinha como resolver os problemas da gente. Agora, vamos ter que criar um vínculo com a TOTVS”, afirmou Ana Elvira, responsável pelo departamento pessoal da Maternidade de Campinas, ex-cliente da RM Campinas
“Com certeza nos prejudicou e muito. Agora estamos em fase de contato com a TOTVS para dar continuidade ao atendimento”, disse Luis Sieh, presidente da Minasa Trading Internacional, outro cliente.
Segundo Marcelo Monteiro, vice-presidente de atendimento e relacionamento da Totvs, entretanto, a Totvs não teve problemas no trato da base de usuários de seus produtos. O executivo atestou que o suporte deveria ter continuado a ser ofertado pela RM Campinas. “Mesmo após o fim do contrato, a RM Campinas deveria ter continuado a dar suporte para os clientes. Houve uma interrupção unilateral”, comentou o executivo.
De acordo com o executivo, quando a empresa fecha um contrato com uma franquia da Totvs, o contrato está atrelado a comercialização do software e o cliente tem a opção de contratar qualquer empresa para fazer a implementação. “Assim, a empresa que é contratada para realizar a implementação que deve ser responsável pelo suporte durante este processo”, analisou.
O executivo observou que todos os ex-clientes da RM Campinas passaram a ter suporte da Totvs, sendo que 85% deles passaram a ser atendidos por filiais da empresa na região de Campinas, enquanto os 15% restantes passaram a receber suporte diretamente de São Paulo. “Não perdemos um cliente, posso falar com segurança”, garantiu.
Monteiro revelou que o contrato com a RM Campinas foi cancelado após uma séria de análises de performance, em que a Totvs entendeu que não valeria a pena para empresa renovar o acordo.
Segundo a RM Campinas, que foi constituída pelas empresas Guaicurus, Ginfor, Sogem e Terena, representantes comerciais por 21 anos da empresa RM Sistemas, a companhia encerrou as atividades no mercado devido à rescisão do contrato entre as partes por decisão da Totvs.