Empresa desenvolve sistema que analisa a relação entre os clientes das empresas.
Por Rodrigo Caetano, da Computerworld
21 de agosto de 2009 - 16h34
Apenas seis graus de contato separam determinada pessoa de qualquer outro indivíduo no planeta. A teoria, desenvolvida pelo professor de sociologia da universidade Columbia, nos Estados Unidos, Duncan J. Watts, serviu de base teórica para a criação das redes sociais na internet, como Facebook e Orkut, extremamente populares atualmente.
Somente o Facebook, no Brasil, registra mais de 1,5 milhão de usuários, tendo apresentado um crescimento de 66% no ano passado, uma prova do sucesso das redes sociais. O uso corporativo dessas plataformas, no entanto, ainda é uma questão em debate.
Uma nova iniciativa baseada na teorias de Watts, que chega do mercado de sistemas de inteligência (BI, do inglês business intelligence), busca tirar proveito desse fenômeno para criar cenários e análises mais completas, ajudando as empresas na tomada de decisões estratégicas.
O SAS Institute, empresa americana que desenvolve sistemas de inteligência de negócios, desenvolveu uma ferramenta que utiliza as relações sociais na análise de cenários e consumidores. O software pode identificar a relação entre os clientes de uma empresa por meio de dados como endereço, telefone, referências e seus históricos de operações.
A companhia afirma que os sistemas de BI tradicionais são limitados, pois assumem que as pessoas tomam decisões de forma independente. Na realidade, a experiência de outros consumidores exerce forte influência no processo de aquisição, principalmente de serviços.
Segundo o presidente do SAS para o Cone Sul, Marcio Dobal, a ferramenta faz uma análise da análise. Ela enxerga não apenas o cliente em si, mas o que está em volta. Uma operadora de telecomunicações, como a Vivo, por exemplo, que tem mais de 40 milhões de clientes, pode usar o sistema para identificar comportamentos de grupos inteiros, e as relações entre seus indivíduos, para ser mais assertiva em suas ofertas.
Outro setor que deve ser atraído pelo produto, segundo Dobal, é o financeiro. Mas, o “pulo do gato” para a ferramenta está nas redes sociais da internet. “A evolução tecnológica possibilitou que as pessoas se conectassem por meio dessas redes. É um processo irreversível”, afirma o executivo. Para Dobal, estes pontos de encontro, e os responsáveis pela atração das pessoas, possuem um enorme valor comercial.
Resta saber como tirar proveito das plataformas sem invadir a privacidade das pessoas. Ferramentas para isso, pelo menos na opinião do SAS Institute, já existem.
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