Notícia enviada por Mario Sacchi
(mario.sacchi@booz.com)
10/11/2009 às 16:19
IT Web
Por Mario Sacchi*
Há mais de uma década as soluções ERP chegaram com uma proposta muito convincente, principalmente quanto aos potenciais benefícios que a adoção de um sistema transacional fortemente integrado poderia trazer para as empresas. Entretanto, os gestores de TI tem questionado porque todos os benefícios propostos ainda não foram alcançados.
Algumas das expectativas dos gestores de TI ainda estão sem resposta, como por exemplo:
Expectativas com as Soluções ERP
• Eliminação de todos os sistemas legados e de difícil manutenção;
• Redução dos custos internos com TI e das áreas de back-office;
• Facilidade na integração com outros sistemas de back-office;
• Aumento da disponibilidade de tempo da equipe de TI;
• Redução do backlog de demandas na TI
Percepção Atual dos Gestores de TI
• O ERP não atende à todas as funcionalidades necessárias;
• Houve muita customização na fase de implementação, resultando em atraso no cronograma e gerando custos adicionais;
• As atualizações de versão ficaram mais complexas em função das customizações;
• Os custos com TI ficaram iguais ou aumentaram significativamente;
• A equipe de TI continua sem tempo para atender as novas demandas;
• O backlog de TI não diminuiu e ao contrário está aumentando
Analisando diversas implementações, identifico seis principais componentes que demonstram o que na verdade ocorreu com a maioria das empresas que optaram pela solução de sistema ERP:
Prazo – Poucas empresas conseguiram concluir a implementação no prazo previsto. Diversas funcionalidades necessárias somente foram identificadas quando o sistema já estava na fase de testes e em muitos casos a TI direcionou a solução para customizações, impactando o prazo de implementação.
Custos – Os custos com TI aumentaram porque não houve redução da equipe interna, os custos com manutenção aumentaram em função das customizações e muitos sistemas legados não puderam ser eliminados.
Capacitação – O ERP passou a exigir maior conhecimento da equipe de TI, requer novos investimentos em capacitação, não só para o ERP, mas também para as customizações e para os sistemas legados remanescentes.
Upgrade – As atualizações de versão ficaram mais complexas em função das customizações, velocidade em que os fornecedores liberam novos releases e das integrações com os sistemas legados, complicando ainda mais o processo de equalização das novas versões.
Demandas – A disponibilidade da TI para atender novas demandas não aumentou. Os sistemas legados não foram eliminados e as áreas de negócio continuaram a demandar melhorias e ampliações de escopo para estes sistemas.
Governança – A priorização das demandas para TI ficou mais complexa. As áreas de negócio passaram a depender mais do apoio da equipe de TI para implementar as novas funções do ERP e a priorização das demandas passou a ser regida por “quem pode mais chora menos”.
(Na segunda parte deste artigo vamos abordar o ciclo de evolução da implementação, e de como explorar outras oportunidades com o ERP )
*Mario Sacchi é Consultor em Tecnologia da Informação e tem mais de 15 anos de experiência em consultoria.
e-mail: Mario.sacchi@booz.com
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