terça-feira, 20 de julho de 2010

Business Intelligence: qual a melhor definição para o tema?

Especialistas e CIOs dão sua própria visão do que representa o BI e como as empresas deveriam utilizá-lo.

Por CIO/EUA
19 de julho de 2010 - 12h15

O que representa o BI (Business Intelligence)?  A questão pode parecer bastante óbvia, já que trata-se de uma tecnologia que não é nova no mercado. Contudo, basta olhar um pouco mais a fundo para as aplicações e as ferramentas de desenvolvimento para entender que existem diversos pontos nebulosos em relação ao entendimento do termo e que a própria indústria diverge em relação ao que significa esse tipo de solução.

Entre as definições mais aceitas está aquela que aponta o BI como um guarda-chuva que se refere a uma variedade de aplicações usadas para analisar e organizar uma série de dados. Em outras palavras, esses sistemas pegam vastas quantidades de dados e as transformam em um modelo visual - a partir de gráficos e tabelas – que permitem uma análise sofisticada das tendências de negócio.

Com o intuito de avaliar se os especialistas concordam com essa definição, a CIO/EUA perguntou a alguns profissionais do setor: qual a melhor definição para o BI? A seguir, acompanhe as respostas:

Mery Adrian, analista e consultor em TI, que já passou por empresas como Forrester Research, Giga, Sybase e Information Builders

Business Intelligence é a aplicação de técnicas analíticas para informações sobre condições de negócio no sentido de melhorá-las - de uma maneira automatizada, mas com a interpretação e respostas humanas. A imprecisão de muitos dos termos, no entanto, permite que os fornecedores e analistas redefinam a categoria, o que fazem com frequência.

Steve Anthony, CIO da consultoria de negócios Charles River Associates
Um sistema de negócios que inclua uma estrutura de busca efetiva e acessível, acurada, em tempo real, com métricas de negócio e relatórios que permitam aos líderes das áreas de negócio se manterem informados para tomar decisões. Isso é fácil de dizer, mas difícil de fazer corretamente e envolve mudanças na forma como a organização conduz uma busca efetiva, bem como a necessidade por uma boa base de dados para tomar ações, com o objetivo de otimizar a performance corporativa.

Tom Davenport, professor de gestão e TI e coautor do livro Analytics at Work: Smarter Decisions, Better Results
Eu vejo o BI como todas as coisas que as empresas fazem para melhorar a gestão e a organização dos dados. Para mim, inclui relatórios e análises, embora exista muito mais a olhar. De qualquer forma, eu penso que o termo BI está sendo rapidamente suplantado por "business analytics".

William Swislow, CIO and vice-presidente sênior de produtos do site de venda de veículos Cars.com

Business intelligence é a informação acessível que resulta das principais atividades da companhia e pode ser usada para agregar, relatar e analisar os principais caminhos para o negócio.

Ray Wang, consultor na área de estratégia corporativa do Altimeter Group e autor de um blog sobre a próxima geração de BI

A habilidade para que a pessoa certa receba a informação adequada e no momento correto para tomar a melhor decisão.

Talvez, no final das contas, business intelligence seja todas as coisas já faladas e nenhuma delas. BI é como cada organização se define em relação à necessidade de tornar os processos de negócio mais eficientes; a forma como os usuários precisam acessar as informações corporativas para fazer seu trabalho melhor; e, por fim, as ferramentas tecnológicas que asseguram que tudo isso vai acontecer da forma mais adequada possível.

BI móvel ganha espaço entre as corporações

A necessidade de tomar decisões em tempo real, somada ao avanço dos smartphones, faz com que um número crescente de empresas use soluções analíticas em ambientes móveis.

Por Computerworld (EUA)
15 de julho de 2010 - 07h05

Ano após ano, Business Intelligence (BI) vem se mantendo entre as prioridades de tecnologia do mundo corporativo. E com a expansão do uso dos diversos recursos de mobilidade pelas empresas, esse tipo de solução ainda se manterá um bom tempo no topo da lista dos projetos de TI.

Uma das provas disso é da companhia Life Technologies, multinacional do ramo de ferramentas para biotecnologia. Antes mesmo finalizar o desenvolvimento de sua primeira aplicação de business intelligence, o vice-presidente de arquitetura, aplicações globais e testes da companhia, Manoj Prasad, já se debruça no desenvolvimento da próxima versão.

Tamanha ênfase é justificada pela importância da aplicação. O objetivo de Prasad é que toda a equipe de vendas, com 800 profissionais que trabalham em campo, tenham acesso a informações detalhadas das ferramentas comercializadas pela Life Technologies, cujo público é formado por pesquisadores científicos.

Em uma definição rápida, sistemas de BI lidam com quantidade muito grande de dados e conseguem resumir tudo em formulários, como gráficos, para análise sofisticada de tendências de negócios. Fazer com que essa ferramenta adapte-se à mobilidade, usando o poder dos dispositivos móveis - como smartphones e tablet PCs -, pode fazer com que a empresa interaja em tempo real com clientes e parceiros, aprimorando serviços e turbinando negócios. “Todas as companhias vão acabar indo para o caminho da mobilidade”, prevê Prasad, argumentando que o avanço dos equipamentos acelera essa tendência.

A movimentação das empresas rumo à mobilidade, aliás, já era identificada há dois anos, antes da crise. Um estudo realizado pela empresa de análise Aberdeen Group identificava que 78% das companhias queriam ter BI móvel, enquanto 17% estavam em processo de implementação. “Mas a recessão veio e adiou esses investimentos”, conta o analista da Aberdeen, David Hatch.

O que a crise não interrompeu foi a produção de equipamentos móveis altamente sofisticados, como o iPhone, iPad e os telefones baseados em Android. “Agora há equipamentos realmente portáteis que lidam com a complexidade do BI”, diz Hatch.

A resposta das empresas está sendo agressiva. Uma pesquisa da Aberdeen, de maio deste ano, mostra que 23% das companhias já tiraram os planos do papel e possuem algum tipo de aplicação BI móvel implementada e outros 31% querem ter a ferramenta implementada até 2011. Segundo o também analista da Aberdeen, Andrew Borg, elas procuram por soluções para tomadas de decisões em tempo real, eficiência operacional, fluxo de trabalho flexível e melhoria da capacidade de resposta aos clinetes.

São esses os benefícios que atraem a Life Technologies e que fez com que BI móvel se tornasse em prioridade para a companhia. O desafio é o de tirar dados das soluções SAP Business Objects e Cognos, da IBM, e colocar nos aparelhos Blackberry e iPhone.

Para viabilizar isso, o time de TI da Life sugeriu o aplicativo de visualização Roambi, da empresa norte-americana Mellmo, e o testou com dois relatórios relacionados a vendas. E “Na demonstração, o resultado animou o CIO e os usuários”, diz Prasad.

Uma versão de testes já está rodando em 50 iPhones da companhia, mas a plataforma utilizada ainda não funciona com os aparelhos BlackBerry, o que deve ser resolvido com a versão móvel do Cognos.

Mas não é só a força de vendas que vai se beneficiar, segundo Prasad. A área que o executivo comanda desenvolve uma estratégia móvel para toda a companhia, com uma ênfase especial em BI.

Empresa mostra maturidade
Se a Life Technologies apenas está começando na área do BI móvel, a Fraport AG, empresa que administra vários aeroportos, incluindo o gigante Aeroporto de Frankfurt, na Alemanha, começou o trabalho há seis anos e já vive uma situação de uso pleno da ferramenta.

O objetivo inicial era distribuir dados sobre o aeroporto, como partidas e chegadas de vôos, tempo de espera para procedimentos de segurança e razões para atrasos. Em 2008, já haviam dados disponíveis em plataforma móvel para 100 gerentes do aeroporto. Dois anos depois, já são 800 funcionários que acessam informações tratadas com o sistema de BI da companhia de softwares analíticos SAS. “Quando os gestores obtém a informação exata exatamente na hora em que necessitam delas, as decisões só ficam mais precisas”, diz o gerente sênior de sistemas de negócios da Fraport AG, Dieter Steinmann.

Procedimentos diários exemplificam as vantagens: antes, os gerentes do aeroporto responsáveis por levantar com as empresas aéreas as razões para os atrasos tinham que voltar ao escritório, procurar os dados e repetir encontros. Não é comum que eles levem laptops para as reuniões.

Mas eles carregam aparelhos BlackBerry. E agora conseguem puxar dados instantaneamente, incluindo o histórico da companhia aérea específica. Com respostas imediatas, os gerentes passaram a agir com mais eficiência para resolver rapidamente os problemas.

Steinmann disse que o trabalho para chegar a esse ponto foi relativamente pequeno: um pouco de programação em XML que foi feita por um trainee que usava o trabalho como parte de sua dissertação de mestrado. “Foi rápido e não muito caro”, garante o executivo, que destaca também o prestígio que a eficiência da solução atribui ao departamento de TI.

Futuro promissor
A aplicação da Fraport é um exemplo do que pode se tornar um grande fenômeno. “A tendência é que o mercado ganhe um vasto portfólio de aplicativos para departamentos de vendas e de serviço em campo”, diz o analista do IDC, Stephen Drake.

Na análise do profissional, o BlackBerry continuará sendo usado nesse contexto, mas a ênfase dos desenvolvedores será para aparelhos como o iPad, tablet da Apple, e telefones mais poderoso, como o HTC Evo, cuja tela maior e de alta resolução facilita a visualização de dados analíticos em forma de gráficos.

O futuro também reserva soluções de todos os grandes fabricantes. Líderes como SAP, IBM e SAS já deixaram bem claro que caminham na direção da mobilidade em eventos recentes. Sem contar as diversas startups da área e os avanços das redes de telecomunicações, que empurram ainda mais a adoção. “O uso dessas soluções não era possível nas redes 2G”, diz Drake. Agora, mais do que viável, é um caminho sem volta.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Comunicação unificada ganha mais espaço no mercado

Com evolução da tecnologia e das redes IP, empresas estão buscando esses sistemas para reduzir custos e oferecer mais mobilidade aos seus funcionários.

Por Edileuza Soares, da Computerworld
14 de julho de 2010 - 07h02

Depois de alguns anos tentando conquistar espaço no mercado, a tecnologia de comunicação unificada ou UC (sigla para Unified Comunications), que integra, voz, vídeo e dados, começa a ganhar maior adesão das companhias. Elas estão buscando esses sistemas,  principalmente pela necessidade de reduzirem custos e aumentar a produtividade de seus colaboradores, que atualmente precisam mais de mobilidade e acessar suas ferramentas de trabalho em qualquer lugar pelos mais variados dispositivos.

A grande vantagem da UC é permitir que as companhias reúnam numa mesma plataforma todos os serviços de comunicação utilizados pelos seus funcionários como telefonia (fixa e móvel), e-mail, mensageiros instantâneos, videoconferência e outras ferramentas de colaboração. Assim equipes internas e externas porem ter na sua mesa ou em qualquer lugar ferramentas que precisam para trabalhar.

O vice-presidente de soluções da Siemens Enterprise Communications e Interasys, João Fábio Valentim, destaca que os colaboradores passam a ter um único número de contato, podendo ser localizados onde quer que estejam, no telefone fixo ou celular, tanto para comunicação por voz como dados.

O executivo dá o exemplo de uma teleconferência que fez durante uma viagem ao México, usando o ramal do quarto do hotel para ser localizado. Ele se conectou pelo seu notebook via Wi Fi e fez a reunião com outras pessoas no Brasil, sem precisar pagar as tarifas de ligação internacional. Da mesma forma, de qualquer lugar com acesso web, ele poderia fazer chamadas pelo seu ramal, via rede IP.

Valentim acrescenta que além, de diminuir os custos com telecomunicações, as pessoas ganham mais produtividade, pois o sistema se encarrega de organizar sua comunicação, retornando ligações e agendado as reuniões. Outra vantagem, é que o sistema de UC mostra sempre onde todos estão, pois cada um define onde está trabalhando, colocando seu status na aplicação, como acontece com o Messenger em que as pessoas escolhem como querem ser visualizadas.

Mais maturidade
O uso de UC em outros países como Estados Unidos e mercados europeus está mais disseminado, mas no Brasil adesão pelas empresas tem sido mais rápida. Um dos motivos é por causa do ritmo mais lento de implantação da  telefonia IP, que só agora ganhou mais força nas corporações. As redes IP são infraestrutura necessária para  comunicação unificada.

Além de infraestrutura, as pessoas estão usando mais a internet, principalmente a sem fio, o que permite com que as funcionários da empresa tenham UC em qualquer dispositivo. O gerente de vendas de aplicações da Avaya, Miguel Muniz, reconhece que a tecnologia também evoluiu e o mercado brasileiro ganhou mais maturidade  para entender como esse sistema pode apoiar nos negócios.

Muniz observa que até 2009, as empresas estavam mais preocupadas em adquirir dispositivos para seus funcionários, como vendedores, com a entrega de celular. ""Hoje, elas já pensam em comunicação unificada e quando vão renovar seu parque avaliam a telefonia IP”, diz o executivo. Entretanto, o gerente da Avaya ressalta que a UC traz resultados quando está incorporada aos processos de negócio. 

Para o responsável da área de solution design da Alcatel, Carlos Ryji, a UC está ganhando escala nas companhias mais pela pressão para redução de custos. As redes IP possibilitam diminuem os gastos com ligações de longa distância  e a UC ajuda a criar o conceito de todos conectados nessa infraestrutura. “É possível compartilhar recursos e realizar uma série de atividades, como dar um treinamento ou fazer demonstração de produtos por videoconferência", conta o executivo. Ele lembra que hoje as pessoas podem fazer videoconferências pelo próprio PC ou notebook, sem a necessidade de específicas para reuniões por video.

Oferta no modelo de serviço
A tecnologia ficou mais simples e as ofertas também, que podem ser adquiridas por meio de serviço. O diretor-geral da British Telecom no Brasil, Sérgio Paulo Gallindo, comenta que as companhias têm a opção de contratar UC por site ou ramal e pagar pelo uso da Infrastructure as a Service (IaaS), similar ao modelo de software como serviço (SaaS). Ele afirma que a opção de UC pelo modelo de serviço permite também que as pequenas e médias empresas tenham acesso a essa tecnologia.

A Siemens Enterprise Communications e Interasys é outra empresa que aposta no aumento da procura de UC pela modalidade de serviços. A companhia investiu recentemente 1 milhão de reais na instalação de um centro de soluções no Brasil para mostrar na prática como as companhias podem reduzir custos com telecomunicações, utilizando aplicações de comunicação unificadas em rede IP. O local batizado de Customer Briefing Center (CBC) foi inaugurado apresenta ofertas de UC por meio de Saas.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Crescem problemas entre desenvolvedores e usuários internos

O custo de ter de redesenhar todo um projeto por conta da falta de entendimento, tem levado os departamentos de TI a buscar soluções alternativas.

Por Computerworld/EUA
29 de junho de 2010 - 12h44

O momento em que os usuários das diversas áreas de negócio sentam na mesa de discussão com a área de TI para solicitar o desenvolvimento de um sistema específico sempre é marcado por desentendimentos, interpretações errôneas e perspectivas divergentes. E se as coisas historicamente foram ruins, elas ficaram ainda piores depois da recente crise econômica, de acordo com a analista da consultoria IDC Melinda-Carol Ballou.

“Em época de recursos minguantes a margem para erros é pequena. Logo qualquer desentendimento entre quem desenvolve o produto e a real demanda do cliente gera uma alteração de custo razoável”, diz Melinda.

E se a crise já virou uma coisa do passado, a especialista argumenta que os problemas entre quem desenvolve os sistemas e os usuários internos representa uma questão presente. De acordo com um estudo do instituto de pesquisas The Standish Group, neste ano, só 32% dos projetos foram bem-sucedidos, ou seja, conseguiram ser entregues dentro do prazo, das especificações e do orçamento exigidos. Em 2006, esse mesmo índice de 35%.

“O ambiente de desenvolvimento foi virando um lugar altamente otimizado, no qual qualquer forma de desperdício é condenada. O estado da economia chegou a tal ponto que determinados projetos tiveram de ser realocados”, diz o CIO do Standish Group, Jim Johnson, ao comentar como os clientes encararam os custos com novas soluções depois do advento da crise. “Tem mais, muitas pessoas ficaram tão envolvidas na governança para administrar projetos, todos altamente complexos, que é impossível entregar o que pedem”.

Normalmente o desenvolvimento de uma versão beta, para testes, pode levar meses. Mesmo quando usado o método Agile (Ágil) para gerenciar o projeto. A mera visualização de um projeto, porém, é algo que pode ser feito em questão de horas e oferece ao cliente uma sensação prévia de como o sistema irá funcionar e com o que irá parecer. Outra funcionalidade dessa pré-visualização é oferecida pela oportunidade que o desenvolvedor tem de corrigir eventuais erros destacados pelo cliente.

Soluções prontas
Os departamentos de TI estão altamente atentos para o fato de o desenvolvimento de software ser algo em que devem prestar atenção, sugere o analista da Forrester, Tom Grant. “O entendimento da importância dessa questão está em alta, puxada pelo custo de ter de redesenhar todo um esquema”, diz Grant. Mesmo assim, as ferramentas disponíveis para remediar essa mazela ainda estão longe de serem aplicadas de maneira abrangente. Faltam soluções desse tipo no mercado e as que existem são ignoradas.

Melinda e Tom concordam em um ponto: as ferramentas para visualização são parte de um segmento extenso de recursos faltantes no mercado de desenvolvimento de softwares.

O grande desafio que se coloca para os desenvolvedores de soluções  é mudar o modo de trabalho, normalmente baseado em planilhas de cálculo ou apresentação de slides, com o intuito de mostrar o modelo desejado pelo cliente. Os dois analistas dizem que definir o volume de mercado para esse tipo de solução é algo complicado. Em parte, essa dificuldade se dá em função da alta dinâmica e de um elenco de questões quase infinito na rota dessas ferramentas.

Como reflexo, Melinda, da IDC, afirma que as previsões são de que o mercado de software para gestão e desenho de software movimentará 290 milhões em 2013, contra 2,1 milhões em 2008.“A complexidade e a necessidade críticas desses aplicativos e dos sistemas, junto com a incessante pressão exercida por parte dos negócios que exigem aplicações relevantes, flexíveis, de compatibilidade e liquidez altas, irá continuar a impulsionar a procura por soluções interativas”, escreveu Melinda em uma análise de mercado.

Caso de sucesso
A empresa de entregas United Parcel Services descobriu que vale a pena incluir os usuários finais no processo de concepção dos sistemas. O vice-presidente de tecnologia da companhia, Mark Hilbush, explica: A ideia é começar da melhor maneira possível e tentar trabalhar com os usuários finais de maneira a permitir que eles tenham um entendimento acerca do que a TI está fazendo.

Essa filosofia foi muito útil na inclusão de usuários de outros idiomas, que não o inglês. "Pudemos nos certificar de que o software continha os recursos que eram importantes", pontua Hilbush.

A equipe do VP está desenvolvendo um aplicativo para a web que deve substituir um software de processamento de pacotes e deve ser usado nas operações da UPS no mundo todo. Com base no iRise, a equipe pode modelar diferentes aspectos da interface e do painel de controle, de entrada de dados, de geração de relatório e outras facilidades.

“Com o aplicativo de visualização pudemos colocar a interface na tela de parceiros da Ásia e da Europa. Foi possível envolver muito mais pessoas no processo, do que se usássemos os esquemas tradicionais”, explica Hilbush.

Ele relata que não se trata apenas de evidenciar determinadas nuances desejadas pelo cliente, mas obter uma resposta direta do cliente e de quem vai usar o sistema em tempo real. “A última coisa que se quer é chegar na versão alfa ou beta e descobrir que houve algum erro na interpretação do que era pedido", relata Hilbush, ao destacar a importância de poder fazer os ajustes em qualquer fase do projeto.