Com evolução da tecnologia e das redes IP, empresas estão buscando esses sistemas para reduzir custos e oferecer mais mobilidade aos seus funcionários.
Por Edileuza Soares, da Computerworld
14 de julho de 2010 - 07h02
Depois de alguns anos tentando conquistar espaço no mercado, a tecnologia de comunicação unificada ou UC (sigla para Unified Comunications), que integra, voz, vídeo e dados, começa a ganhar maior adesão das companhias. Elas estão buscando esses sistemas, principalmente pela necessidade de reduzirem custos e aumentar a produtividade de seus colaboradores, que atualmente precisam mais de mobilidade e acessar suas ferramentas de trabalho em qualquer lugar pelos mais variados dispositivos.
A grande vantagem da UC é permitir que as companhias reúnam numa mesma plataforma todos os serviços de comunicação utilizados pelos seus funcionários como telefonia (fixa e móvel), e-mail, mensageiros instantâneos, videoconferência e outras ferramentas de colaboração. Assim equipes internas e externas porem ter na sua mesa ou em qualquer lugar ferramentas que precisam para trabalhar.
O vice-presidente de soluções da Siemens Enterprise Communications e Interasys, João Fábio Valentim, destaca que os colaboradores passam a ter um único número de contato, podendo ser localizados onde quer que estejam, no telefone fixo ou celular, tanto para comunicação por voz como dados.
O executivo dá o exemplo de uma teleconferência que fez durante uma viagem ao México, usando o ramal do quarto do hotel para ser localizado. Ele se conectou pelo seu notebook via Wi Fi e fez a reunião com outras pessoas no Brasil, sem precisar pagar as tarifas de ligação internacional. Da mesma forma, de qualquer lugar com acesso web, ele poderia fazer chamadas pelo seu ramal, via rede IP.
Valentim acrescenta que além, de diminuir os custos com telecomunicações, as pessoas ganham mais produtividade, pois o sistema se encarrega de organizar sua comunicação, retornando ligações e agendado as reuniões. Outra vantagem, é que o sistema de UC mostra sempre onde todos estão, pois cada um define onde está trabalhando, colocando seu status na aplicação, como acontece com o Messenger em que as pessoas escolhem como querem ser visualizadas.
Mais maturidade
O uso de UC em outros países como Estados Unidos e mercados europeus está mais disseminado, mas no Brasil adesão pelas empresas tem sido mais rápida. Um dos motivos é por causa do ritmo mais lento de implantação da telefonia IP, que só agora ganhou mais força nas corporações. As redes IP são infraestrutura necessária para comunicação unificada.
Além de infraestrutura, as pessoas estão usando mais a internet, principalmente a sem fio, o que permite com que as funcionários da empresa tenham UC em qualquer dispositivo. O gerente de vendas de aplicações da Avaya, Miguel Muniz, reconhece que a tecnologia também evoluiu e o mercado brasileiro ganhou mais maturidade para entender como esse sistema pode apoiar nos negócios.
Muniz observa que até 2009, as empresas estavam mais preocupadas em adquirir dispositivos para seus funcionários, como vendedores, com a entrega de celular. ""Hoje, elas já pensam em comunicação unificada e quando vão renovar seu parque avaliam a telefonia IP”, diz o executivo. Entretanto, o gerente da Avaya ressalta que a UC traz resultados quando está incorporada aos processos de negócio.
Para o responsável da área de solution design da Alcatel, Carlos Ryji, a UC está ganhando escala nas companhias mais pela pressão para redução de custos. As redes IP possibilitam diminuem os gastos com ligações de longa distância e a UC ajuda a criar o conceito de todos conectados nessa infraestrutura. “É possível compartilhar recursos e realizar uma série de atividades, como dar um treinamento ou fazer demonstração de produtos por videoconferência", conta o executivo. Ele lembra que hoje as pessoas podem fazer videoconferências pelo próprio PC ou notebook, sem a necessidade de específicas para reuniões por video.
Oferta no modelo de serviço
A tecnologia ficou mais simples e as ofertas também, que podem ser adquiridas por meio de serviço. O diretor-geral da British Telecom no Brasil, Sérgio Paulo Gallindo, comenta que as companhias têm a opção de contratar UC por site ou ramal e pagar pelo uso da Infrastructure as a Service (IaaS), similar ao modelo de software como serviço (SaaS). Ele afirma que a opção de UC pelo modelo de serviço permite também que as pequenas e médias empresas tenham acesso a essa tecnologia.
A Siemens Enterprise Communications e Interasys é outra empresa que aposta no aumento da procura de UC pela modalidade de serviços. A companhia investiu recentemente 1 milhão de reais na instalação de um centro de soluções no Brasil para mostrar na prática como as companhias podem reduzir custos com telecomunicações, utilizando aplicações de comunicação unificadas em rede IP. O local batizado de Customer Briefing Center (CBC) foi inaugurado apresenta ofertas de UC por meio de Saas.
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