quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Café com ERP: O Vitrinista e o ERP

Na coluna dessa semana quero comentar com vocês sobre um caso interessante que tive notícias no final da década de 90.

Uma loja de roupas e conveniências dentro do aeroporto de Congonhas em São Paulo/SP tinha um jeito extremamente dinâmico em tentar capturar a atenção dos seus prospects.... eles mudavam as vitrines da loja conforme o perfil das pessoas que estavam nesse momento embarcando/desembarcando dos vôos.  Pelo que eu soube, eles mudavam as vitrines até 5 vezes ao dia.

Por exemplo, se havia um volume expressivo de pessoas da Argentina desembarcando eles já tinham uma idéia do tipo de pessoa que fazia um vôo desse naquele dia/horário, tinham informações agregadas da economia daquele país e sabiam pelo clima do momento o que poderia ou não ser atrativo para eles.... nas lojas, as vendas são por impulso.... sem um ERP para consolidar todas essas informações seria um trabalho infindável em planilhas eletrônicas.

Vamos detalhar um pouco melhor a situação:

a) Captar e analisar as informações de embarque e desembarque.  Mesmo hoje em dia, ter a informação confiável sobre os vôos ainda é um bom desafio, e ainda, definir dentro de uma janela pequena de tempo a quais perfis atender é um feito que somente pessoas/empresas preparadas conseguem.

b) Vincular perfis dos consumidores aos perfis das pessoas que viajam num dado momento. É um banco de dados que precisa ser desenvolvido e atualizado de forma austera.

c) Com os perfis definidos precisa saber se o estoque disponível pode atender as potenciais demandas.  Demandas flutuantes e previsões de demanda são duas coisa que não combinam bem, mas existem softwares que ajudam a diminuir as incertezas.

d) Na hora do show todos os atores devem pensar no público que entra na loja, mas precisam fornecer informações para o aprimoramento futuro dos processos.... O que os clientes pediram que não tínhamos? Os clientes que entraram na loja foram com os perfis que estavam previstos? Como foram os ticket-its das vendas?

Esse caso promove algumas reflexões interessantes:

=> O pequeno varejo tem um histórico de investir pouco em tecnologia da informação, ainda mais nos valores praticados há mais de 10 anos atrás, e mesmo assim, vemos nesse caso um bom investimento realizado.... Como estão os seus investimentos em ERP? São apropriados para os seus objetivos de competitividade?

=> Uma pequena loja conseguiu impor um dinamismo diferenciado aos seus processos operativos.... Sua empresa é dinâmica o suficiente para se destacar no seu segmento? Vocês estão explorando ao máximo o seu ERP para conseguir vantagens competitivas?

O Vitrinista e o ERP.... uma vinculação que muitos não conseguiriam perceber, só que agora fica difícil pensar em alguma função que não seja vinculada ao sistema.

Mãos e Mentes a Obra!!!!

Mauro Cesar
mauro.oliveira@vilelaleite.com.br

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