Na coluna
dessa semana quero comentar com vocês sobre um caso interessante que tive
notícias no final da década de 90.
Uma loja de
roupas e conveniências dentro do aeroporto de Congonhas em São Paulo/SP tinha um
jeito extremamente dinâmico em tentar capturar a atenção dos seus prospects.... eles mudavam as vitrines
da loja conforme o perfil das pessoas que estavam nesse momento
embarcando/desembarcando dos vôos. Pelo
que eu soube, eles mudavam as vitrines até 5 vezes ao dia.
Por exemplo,
se havia um volume expressivo de pessoas da Argentina desembarcando eles já
tinham uma idéia do tipo de pessoa que fazia um vôo desse naquele dia/horário,
tinham informações agregadas da economia daquele país e sabiam pelo clima do
momento o que poderia ou não ser atrativo para eles.... nas lojas, as vendas
são por impulso.... sem um ERP para consolidar todas essas informações seria um
trabalho infindável em planilhas eletrônicas.
Vamos
detalhar um pouco melhor a situação:
a) Captar e
analisar as informações de embarque e desembarque. Mesmo hoje em dia, ter a informação confiável
sobre os vôos ainda é um bom desafio, e ainda, definir dentro de uma janela
pequena de tempo a quais perfis atender é um feito que somente pessoas/empresas
preparadas conseguem.
b) Vincular
perfis dos consumidores aos perfis das pessoas que viajam num dado momento. É
um banco de dados que precisa ser desenvolvido e atualizado de forma austera.
c) Com os
perfis definidos precisa saber se o estoque disponível pode atender as
potenciais demandas. Demandas flutuantes
e previsões de demanda são duas coisa que não combinam bem, mas existem
softwares que ajudam a diminuir as incertezas.
d) Na hora do
show todos os atores devem pensar no
público que entra na loja, mas precisam fornecer informações para o
aprimoramento futuro dos processos.... O que os clientes pediram que não tínhamos?
Os clientes que entraram na loja foram com os perfis que estavam previstos?
Como foram os ticket-its das vendas?
Esse caso
promove algumas reflexões interessantes:
=> O
pequeno varejo tem um histórico de investir pouco em tecnologia da informação,
ainda mais nos valores praticados há mais de 10 anos atrás, e mesmo assim,
vemos nesse caso um bom investimento realizado.... Como estão os seus
investimentos em ERP? São apropriados para os seus objetivos de
competitividade?
=> Uma
pequena loja conseguiu impor um dinamismo diferenciado aos seus processos
operativos.... Sua empresa é dinâmica o suficiente para se destacar no seu
segmento? Vocês estão explorando ao máximo o seu ERP para conseguir vantagens
competitivas?
O Vitrinista
e o ERP.... uma vinculação que muitos não conseguiriam perceber, só que agora
fica difícil pensar em alguma função que não seja vinculada ao sistema.
Mauro Cesar
mauro.oliveira@vilelaleite.com.br
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