quarta-feira, 22 de outubro de 2008, 12h17 - TI Inside
A Ericsson apresentou durante 1º Forum Mobile+, realizado nesta quarta-feira, 22, em São Paulo, duas soluções baseadas em rastreamento de dispositivos móveis que implantou na África do Sul e na Europa e que podem desembarcar no Brasil num futuro breve. Ambas necessitam da rede da Ericsson para serem colocadas em operação.
A primeira delas prevê o monitoramento dos usuários dentro da rede e a partir das informações de tráfego e ociosidade das ERBs, oferecer descontos aos usuários para efetuarem ligações. Seria um aforma de estimular o uso quando a rede não estiver ocupada.
Assim, se estiver em um local onde a rede é subutilizada, o assinante consegue realizar ligações com tarifas mais em conta. Os bônus vão diminuindo quando o consumidor passa a entrar em uma zona na qual a rede está mais carregada, até chegar ao desconto zero, quando ele estiver dentro da área mais congestionada da rede. A solução é definida como desconto dinâmico, e foi aplicada em uma operadora na África do Sul.
"Com isso, as pessoas têm um valor agregado dentro do serviço da operadora, que acaba por incentivar o uso de suas redes e a obtenção de mais receitas. Além de economizar nas áreas em que a rede está congestionada, evitando problemas no serviço prestado", explica Alexandre Borin, diretor de mobilidade da Ericsson no Brasil.
Mapeando congestionamentos
Na Europa, a fabricante sueca também desenvolveu uma solução para a Vodafone por meio da qual ela monitora a movimentação e a velocidade de deslocamento de todos os clientes da operadora pelo sinal do celular. Assim, em parceria com a integradora TomTom, essas posições são processadas em algorítimos patenteados e depois utilizadas para traçar mapas de concentração e fluxo dos clientes. Com isso, é possível monitorar o trânsito em uma determinada região sem precisar de colaboração dos serviços públicos.
"Com essa base de dados, conseguimos controlar o trânsito da cidade, por exemplo, e facilitar muito as aplicações baseadas em GPS", afirmou Borin. Segundo o executivo, a Ericsson já está em negociações com todas as operadoras no Brasil para oferecer essas soluções no menor tempo possível. "Estamos conversando e é possível que alguma coisa já seja implantada em 2009", comentou Borin, ressaltando que provavelmente o modelo de negócios seria de compartilhamento de receita, já que a Ericsson e o integrador criam receitas adicionais para a operadora. A rede precisa ser da Ericsson.
Para Wlamir Molinari, gerente divisão de projetos e aplicações especiais da Vivo, a operadora tem muito interesse em todas as soluções que gerem valor para o cliente e esta é uma inovação que a empresa avaliará. "Todos os serviços que gerem valor estão em nosso roadmap, mas não temos nenhuma negociação concreta ainda", afirmou o executivo.
De acordo com Borin, em uma cidade como São Paulo, com o monitoramento de apenas uma grande operadora é possível definir pontos de congestionamentos e a sugestão de rotas alternativas. "Aqui em São Paulo, as operadoras praticamente têm, cada uma, um terço da base instalada de clientes, o que já seriam informações suficientes para aumentar a capacidade de utilização da navegação GPS", frisou. O problema em São Paulo, segundo especialistas, é que as informações sobre congestionamentos levantadas pelas autoridades não têm o grau de confiabilidade e a precisão necessárias a um sistema integrado com GPS.
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