quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Independência. Como assim?


Hoje, excepcionalmente numa quinta-feira, ao invés de termos o tradicional Departamento as quintas, teremos um artigo para refletirmos neste feriado de 7 de Setembro.
Quando falamos em independência, o principal norte que observamos é de uma palavra: Para sermos independentes devemos ser livres, em primeiro lugar.
Sendo assim, o que é liberdade afinal?
Para muitos, liberdade é poder ter o direito de ir e vir. Para outros, é um sentimento. Para outros, um estilo de vida.
Liberdade realmente tem inúmeros e amplos significados. Agora, vamos pensar um pouco mais profundamente: Como realmente somos livres?
Penso que para sermos livres temos que ter o poder pleno de nossas decisões, de nosso próprio nariz, ou seja, temos que ser donos da nossa vida.
Isto significa que devemos em primeiro lugar questionar tudo que sabemos e aprendemos, tirando as nossas próprias conclusões e tendo a certeza de que esta conclusão é fruto do nosso pensar.
Por que isto?
Porque, se assim não procedermos, podemos estar apenas reproduzindo o que outros disseram.
Eu adoro frases e pensamentos. Todavia, se apenas os reproduzir, sem o pensar, de nada adiantará.
Serei apenas um eco de outra pessoa.
É isto que queremos ser? Ecos de outras pessoas?
E nosso pensar? E a nossa vida? E a nossa tão falada liberdade?
É amigo leitor… Não é fácil, nem simples ser livre. Vai muito além da chamada democracia que vivemos.
Como assim?
Ora, somos livres porque podemos votar? Será mesmo?
Podemos chamar um povo de livre se grande parte – a maioria por sinal – são semi ou completos analfabetos funcionais?
Podemos chamar um povo de livre se a maioria não sabe de nada a respeito de política e nem se interessa com isto, exceto se houverem benefícios próprios?
Podemos chamar um povo de livre se a maioria se preocupa mais em um final da dança dos famosos no Faustão do que em qual vereador irá fazer leis em sua cidade?
Penso que não. Estamos muito longe de sermos livres. Éramos antes escravos pela força, hoje somos – nem todos, óbvio – escravos pela palavra e pela nossa total falta de ação em relação a isto.
É lindo ver dizerem que através das urnas podemos fazer a diferença – o que ainda acredito, embora pense que sou um sonhador a este respeito – mas, é difícil esta realidade quando aquelas pessoas que pensam em querer nos representar apenas sabem dizer que vão fazer a diferença porque são diferentes, como se isto fizesse a diferença mesmo.
Não quero – minha opinião – pessoas burras, fracas, sem estudo, sem cultura, sem saber sequer como se faz um lei para ser meu candidato. Quero alguém inteligente, com estudo, conhecedor daquilo que realmente pode ser feito (e não vereadores falando de coisas que sequer podem fazer no seu mandato por não pertencer a sua função). Quero alguém que não se eleja pelo dinheiro, mas sim pelo trabalho. Se um candidato dissesse que não está ali porque precisa, mas sim porque tem dinheiro, é trabalhador, e quer ser vereador não por carreira (isto é um absurdo) mas sim para ajudar e representar os outros, este teria meu voto.
Contudo, não é este artigo algo político. A questão é que esta mesma realidade que hoje acontece fora das empresas, igualmente ocorre nas empresas.
Muitos pensam que são donos de suas carreiras porque sabem e conhecem a sua atividade. Pensam que são excelentes profissionais porque ajudam a empresa a crescer.
Seria esta a liberdade dentro do nosso trabalho?
A liberdade não está no trabalho, apesar do trabalho libertar a alma e espírito. A liberdade está dentro de nós, na nossa forma de agir, pensar e encarar a vida.
Se você mudar a você mesmo, questionando, trazendo novos valores, sendo cada vez mais evolutivo, sua carreira com certeza também o será. Caso contrário, cada vez mais você será eco de quem pensa e age, pois estas são as pessoas que mudam o mundo.
Você quer ser eco ou o sopro da mudança?
Isto é uma escolha de liberdade, com toda certeza.
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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Sócio da Consultoria GestaoAdvBr

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