Forrester alerta para a necessidade de as empresas agirem sobre as profundas mudanças nos modelos de venda de software.
Por Computerworld-Portugal
08 de abril de 2011 - 18h41
As mudanças ocorridas no mercado estão exercendo forte pressão para que os fornecedores de software atualizem políticas de licenciamento. Somando essa situação ao crescimento dos sistemas de computação em nuvem e de mobilidade, o cenário que se impõe aos clientes exige cuidados e estratégias específicas, levando essas mudanças em conta.
Esse foi o tema do estudo "Software pricing and licensing trends", elaborado pelo Forrester. Segundo a organização, cada vez mais os fornecedores de software fão flexiblizar os modelos de licença de software e redefinir preços por usuários e módulos, buscando a satisfação do cliente. Além disso, os fabricantes deverão fornecer alternativas às métricas obsoletas baseadas em hardware.
A Forrester afirma que a Microsoft deverá começar a oferecer formalmente preços sobre o Office baseados nas funções que o usuário utiliza em três anos, semelhantes a alguns acordos que já estabeleceram com empresas específicas.
Para a Forrester, IBM e Oracle serão mais lentas para realizar as mudanças, devido às posições consolidades e dos custos que teriam para adaptar-se a um mundo mais flexível. A SAP, no entanto, deve abraçar as tendências a fim de fazer face aos fornecedores de SaaS. De acordo com o estudo, a empresa alemã é a que mais perde se não ficar de acordo com a abordagem proposta.
Com todo o cenário, o primeiro passo para as empresas é a construção de “modelos” para avaliar o custo a longo prazo das ofertas de diferentes fornecedores. O principal é considerar o ciclo de vida da aplicação de SaaS. O analista da Forrester, Duncan Jones, dá um exemplo: pode parecer mais barato, a primeira vista, manter uma aplicação SaaS em detrinmento da local, mas em um período de seis a dez anos pode ficar mais caro, principalmente se o prestador de serviços resolver aumentar muito os preços quando os clientes estiverem "presos" ao serviço, sem chances de migração.
Em segundo lugar, as empresas precisam incluir fatores comerciais na gestão dos projetos, além de considerar decisões de terceirização. Isso pode incluir recusar a utilização de software de um determinado fornecedor, a menos que não haja alternativa real.
A terceira recomendação é um alerta para que as empresas sejam mais prudentes ao considerarem contratos plurianuais com os fornecedores, a fim de assegurar condições favoráveis com os fabricantes. Assim, é necessário tomar cuidado para não abrir mão da flexibilidade em troca de um desconto que pareça extremamente vantajoso de início.
Em último lugar, a Forrester recomenda que o mais importante é rejeitar métricas obsoletas para privilegiar menores custos e fator inovação nas licenças de software. Para Jones, as métricas tradicionais minam a avaliação do valor real do cliente com base em diferentes perfis de uso de software, além de prejudicar a valorização da inovação.
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COMENTÁRIOS DO MAURO
A Modalidade SaaS veio para ficar e vamos precisar lidar com os seus benefícios e com os seus riscos.
Acredito que os gestores de TI vão precisar deenvolver cada vez mais as suas competências de análise de ROI e de análise de contratos de serviços. De uma maneira em geral, mudanças de regras nos relacionamentos de longo prazo são inevitáveis, o que precisa ser feito são salvaguardas legais para tais possibilidades.
É um bom exercício no processo de seleção.... EXERCITE!!!
Mãos e Mentes a Obra!!!
Abraços;
Mauro Cesar
mauro.oliveira@vilelaleite.com.br
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2 comentários:
Cada vez mais complexo lidar com o controle de licenças. Talvez fosse interessante futuramente os proprios SOs controlarem.
http://www.sistema-empresa.com/
Certamente pode ser um caminho, mas ainda vejo que a parte mais importante está na análise de investimento do modelo de licenças e as negociações envolvidas.
Quando falamos sobre 5 ou 10 licenças de algum aplicativo é algo mais fácil, mas tem casos que são centenas ou milhares por aplicativo, e aí a situação complica.
No caso dos ERP estamos falando, no mínimo, de um SO, Banco de Dados e do ERP em si para gerenciar.
Abraços;
Mauro Cesar
mauro.oliveira@vilelaleite.com.br
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