segunda-feira, 30 de julho de 2012

Bill Gates e o seu chefe


Divido com vocês parte de um artigo de Stephen Kanitz entitulado O Professor de Bill Gates. Alguns comentários abaixo.
Esta estória é meio lenda meio fato, mas merece
ser contada como se fosse real.
Quando Bill Gates estudava em Harvard, ele tinha
um professor de matemática fantástico e
muito exigente. Tanto isso é verdade que Bill Gates
se classificou em 18º lugar num teste nacional
de matemática. Esse professor dava uma prova
final dificílima e poucos alunos conseguiam acertar todas as questões.
“Se alguém conseguir acertar completamente esta prova, eu renunciarei ao meu cargo de Professor de matemática e trabalharei para ele”, dizia o professor no início da prova, com total seriedade.
Em inglês esta frase soa bem mais forte, tipo “eu serei seu subordinado para sempre”, uma forma simpática de dizer que se aceita a derrota e que finalmente se encontrou alguém superior.
Bill Gates foi o aluno que mais próximo chegou de encontrar todas as soluções, tendo errado uma questão, somente no finalzinho da dedução.
Passados vinte anos, se alguém for para Boston poderá encontrar o tal professor batendo a cabeça na parede de Harvard Square, balbuciando : “Por que eu fui tão rígido? Por que que eu fui tão rígido?’’
Tivesse sido menos rigoroso, o agora anônimo professor seria hoje, provavelmente, o segundo homem mais rico do mundo.
O interessante dessa estória é o fato de que alunos de Harvard ouvem de seus professores o seguinte conselho: “Se um dia você encontrar alguém, um colega ou um subordinado, mais competente que você, faça dele o seu chefe, e suba na vida com ele”.
No Brasil, um colega de trabalho que comece a despontar é imediatamente tachado de picareta, enganador e puxa-saco. Em vez de fazê-lo chefe, começa um lento e certeiro boicote ao talento. Nossa mania de boicotar chefes lembra a mentalidade do “Se hay gobierno soy contra”. Nestas condições, equipes dificilmente conseguem ser formadas no Brasil, e temos um excesso de prima-donas, donos da verdade sem nenhuma equipe para colocar as idéias em prática.
Se não aprendermos a escolher os nossos chefes imediatos, como iremos escolher deputados, governadores e presidentes da República ?
Milhares de jovens acreditam ingenuamente que, apesar de ter cabulado a maioria das aulas, quando adultos contratarão pessoas inteligentes que suprirão o que não aprenderem. Ledo engano, pessoas inteligentes são as primeiras a procurar parceiros competentes para trabalhar.
Melhor do que procurar as melhores empresas para trabalhar é procurar os melhores chefes e trocar de emprego quantas vezes seu chefe trocar o dele. Como fizeram as dezenas de programadores que decidiram trabalhar para a Microsoft, na época em que ela era dirigida por um fedelho de 19 anos e totalmente desconhecido.
Fonte: http://www.kanitz.com/veja/bill_gates.asp
Para muitos a ideia do Stephen parece absurda, pois somos doutrinados no Brasil a acharmos que o melhor é o mais esperto e não o melhor pode ser apenas o melhor naquilo que faz.
Um contrasenso, não é mesmo?
Muitos são melhores que eu em alguns aspectos, outros noutros, mas ninguém é igual a mim e assim como eles tem qualidades e defeitos, eu também tenho os meus.
Assim sendo, se encontramos pessoas mais competentes porque não unir qualidades e todos crescermos?
Porque temos que ter medo de alguém mais competente?  Não tem nexo.
Unir forças é mais inteligente e producente. Além de ganharmos tempo não tendo que explicar o óbvio, produzimos mais com menos pessoas.
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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Sócio da Consultoria GestãoAdvBr
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