Nesta semana que culmina no dia do advogado (sábado, 11 de Agosto), posts especiais para estes bravos profissionais.
Nestes últimos anos muito temos discorrido sobre novidades na área jurídica. Temos a tecnologia invadindo com força, temos processo eletrônico, temos smartphones, temos tablets, temos tanto para uma área que era tão conservadora.
Era.
Hoje, não podemos dizer isto com absoluta certeza. Hoje, a tecnologia faz parte do cenário da advocacia de uma forma indissociável.
Hoje, o profissional que não busca as novidades e fica desatualizado, acaba ficando sem ferramentas para trabalhar, literalmente.
Contudo, a mudança não faz parte apenas de hoje. Até Fernando Pessoa, nos idos de 1900 já havia escrito algo a respeito:
Estranheza e NovidadeA novidade, em si mesma, nada significa, se não houver nela uma relação com o que a precedeu. Nem, propriamente, há novidade sem que haja essa relação. Saibamos distinguir o novo do estranho – o que, conhecendo o conhecido, o transforma e varia, e o que aparece de fora, sem conhecimento de coisa nenhuma. Entre os escritores que descendem com novidade da velha estirpe e os que aparecem por novos por pertencer a uma estirpe incógnita há a mesma diferença que há entre o homem que nos dá uma sensação de novidade por frases novas que diz e o que nos dá uma sensação de novidade, por, falando mal nossa língua, nos dizer estropiadamente qualquer frase dela.
Fernando Pessoa, in ‘Ricardo Reis – Prosa’
Desde aquela época já se relacionava as “novidades” com algo útil, com algo relacional ao que fazemos. Hoje, com certeza, não pode ser diferente.
Não podemos achar uma tecnologia bonitinha. Tecnologia somente serve se for útil!
Óbvio, temos que utilizar cada vez mais as ferramentas a nossa disposição para ganharmos tempo. Porque? Para usar este tempo que sobre com o que realmente importa na vida: Nossos amores, família, fé, verdades, etc.
A advocacia já é uma profissão 36 horas: 24 h mais as 12 horas do escritório por dia. Se a tecnologia for mais um fardo, fica impossível de trabalhar.
Precisamos de tudo ao nosso alcance, pois podemos ser mais efetivos em momentos que seriam apenas de espera.
Enquanto estou numa fila, respondo emails. Enquanto estou sendo levado (alguém dirigindo), respondo emails, msn, etc.
Quando chego no escritório, a quantidade de coisas a fazer já é menor e posso me concentrar em resolver tudo o quanto antes e me dedicar aos meus interesses pessoais.
Sem a tecnologia, precisaria fazer muito mais coisas manualmente, levando, lógico, mais tempo.
Alguns advogados, quando pensam em tecnologia, pensam em coisas do futuro, como se hoje nada disto existisse.
Ledo engano.
A tecnologia está presente na advocacia em inúmeros termos. Está presente bem mais do que apenas o processo virtual.
Está presente em disponibilizar arquivos em qualquer lugar (nuvem). Está presente em sistemas de gestão que permitem mais do que controlar processos, permitem gerenciar o seu escritório como um negócio. Está em estar conectado a seus clientes de uma maneira mais próxima e efetiva.
Enfim,
Estamos cheios de novidades a cada dia passa. Precisamos separar aquelas que realmente podem nos dar mais tempo para usarmos com sabedoria este tempo restante. Tecnologia sem finalidade é inútil.
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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Sócio da Consultoria GestaoAdvBr
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