quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Forrester: Preço de suporte deixa clientes descontentes com SAP
Por IDG News Service, EUA
14 de outubro de 2008 - 12h57
Em julho, a SAP anunciou que o suporte enterprise iria substituir as opções básico e premium. O suporte enterprise custa 22% do pagamento do usuário, contra 17% do suporte básico.
Os custos adicionais vão ser introduzidos durante os próximos anos e, segundo a empresa, as novas combranças não começam até primeiro de janeiro de 2009.
Mas estudo da Forrester deu voz para reclamações comuns de clientes da empresa alemã.
Segundo 85% dos entrevistados, eles usam apenas o mínimo do suporte básico. "O cliente médio da SAP afirma que entra em contato com a empresa menos de seis vezes em um ano - o equivalente a comprar um seguro que cubra muitos aspectos, mas que é raramente utilizado," afirma o relatório.
De acordo com a Forrester, eles também reclamaram do tempo que a SAP leva para colocar nos produtos novas funcionalidades pedidas pelos clientes.
"Os clientes acreditam que os dólares pagam em manutenção à SAP deveriam ir para gaps importantes de funcionalidades no software. No entanto, existem vários exemplos de funcionalidades que foram pedidas de dois a quatro anos atrás por diversos clientes de várias verticais que não foram entregues no SAP R/3 4.7, deixados para o SAP ERP 6.0," aponta o relatório.
A SAP citou diversas razões para a decisão de eliminar os suportes básico e premium, como a grande complexidade dos ambientes de clientes. A empresa afirma que o suporte enterprise gera mais benefícios para os clientes - pontos que não são questionados pelo relatório da Forrester.
"Esta oferta melhorada atende as necessidades dos nossos clientes e entregam mais valor, como suporte fim-a-fim 24 horas por dia, assim como uma hora de resposta para problemas de suporte de alta prioridade. Estamos vendo boas taxas de adoção ao suporte enterprise, e, claro, estamos trabalhando com grupos de usuários e clientes para ouvir os seus problemas e preocupações," disse o porta-voz da SAP Saswato Das.
Para mitigar o maior custo de manutenção, os clientes deveriam procurar descontos maiores nos acordos de licenciamento, aconselha o Forrester. Outra tática, aconselha o instituto, seria reavaliar o comprometimento com a SAP e estudar outros fornecedores.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Seis tendências de aplicações corporativas
Por CIO
Se 2007 servir de indício do que está por vir, em 2008 as empresas usuárias de aplicações corporativas caras, como ERP, CRM e sistemas de gestão de supply chain, podem esperar mais mudança envolvendo alianças de fornecedores, esquemas de preços e inovação de software.
Acrescentem-se a isso previsões econômicas sombrias para 2008 que poderão trazer conseqüências financeiras significativas para os CIOs e seus budgets de TI.
Frente a um panorama financeiro incerto, parece que os CIOs (outra vez) serão instados a fazer ainda mais com ainda menos em 2008. E em nenhum outro segmento isso é mais crítico do que nas plataformas de software e aplicações corporativas core de uma empresa.
Com a globalização, mudanças rápidas no mercado, uma força de trabalho em transformação e regulamentações, o desejo de ter aplicações mais ágeis e utilizáveis passou a ser um imperativo do negócio, segundo Sharyn Leaver, diretora de pesquisa de processos e aplicações de negócio da Forrester Research. “Resultado: os profissionais de processos e aplicações são desafiados a fornecer aplicações mais ágeis e utilizáveis.”
Além disso, de acordo com Jeff Woods, vice-presidente de pesquisa do Gartner, a pressão crescente para “extrair benefícios de negócio reais” de sistemas corporativos e, ao mesmo tempo, beneficiar-se de avanços em tecnologias como SOA para estabilizar ambientes de computação leva os CIOs a “tomar decisões estratégicas mais importantes do que aquelas pré-Y2K”.
Veja as seis áreas que terão grande impacto sobre os planos corporativos dos CIOs em 2008:
1- Maior consolidação de fornecedores de aplicações
A IBM compra a Cognos. A Oracle abocanha a Hyperion. A SAP engole a Business Objects. A HP fica com a Opsware. E a Microsoft adquire diversos fornecedores de software.
O ano que passou será conhecido para sempre como o ano da consolidação e das aquisições de software corporativo. Os grandes (SAP, Oracle, IBM, Microsoft) desembolsaram bilhões por concorrentes menores que ofereciam conjuntos de aplicações irresistíveis.
O que, então, os CIOs devem esperar em 2008? Uma pesquisa da empresa de consultoria em tecnologia The 451 Group aponta que a indústria de software espera mais fusões. Mais de 85% dos profissionais de desenvolvimento corporativo em empresas que compraram outras ao longo do ano “pretendem manter ou aumentar os níveis de atividades de fusão e aquisição nos próximos 12 meses” e metade das organizações prevê aumentar os gastos nesta área. A pesquisa ouviu profissionais de desenvolvimento e estratégia corporativos de empresas que, juntas, gastaram mais de US$150 bilhões para comprar perto de outras 500 nos últimos cinco anos. Menos de 10% dos entrevistados acreditam que o volume de aquisições cairá.
Uma pesquisa realizada pela Duke University e CFO Magazine descobriu que 40% das organizaçõe norte-americanas planejam adquirir ativos em 2008. Um terço destas pretendem comprar uma ou várias empresas e 22% têm planos de adquirir ativos de outra empresa, mas não a empresa inteira.
Leaver, da Forrester, acredita que em 2008 haverá mais consolidação, principalmente em conjuntos de aplicações nicho, mas não tanto quanto em 2007. “Não há muitas ofertas realmente grandes.”
2- Crescimento do ecossistema de fornecedores
Antes de revirar os olhos diante de mais uma buzzword dos fornecedores, como “ecossistema”, pelo menos considere a lógica e a importância potencial da Nova Ordem Mundial da gestão de fornecedores em 2008.
Como extensão natural de toda a consolidação e com um leque menor de players médios e grandes (obviamente, há milhares de fornecedores de software menores), os CIOs terão menos opções. Dito isso, os fornecedores se conscientizam de que a inovação e seu sucesso futuro estão ligados ao seu relacionamento com players menores, parceiros de negócio e comunidades de desenvolvedores.
Portanto, quando os CIOs compram um pacote de software SAP ou Oracle, devem fazer o dever de casa e descobrir quais organizações e alianças fazem parte do ecossistema de SAP, por exemplo, e como elas se encaixam nas estratégias de tecnologia corporativa. “O sistema ERP é, basicamente, uma plataforma em torno da qual um ecossistema de desenvolve”, diz Woods, do Gartner. “É assim que você deve encarar o sourcing de seu ERP hoje, e esta tendência será ainda dominante no futuro.”
Leaver, da Forrester, enfatiza que o papel do CIO não deve ser o de “observador” de suas estratégias de investimento de aplicações (por exemplo, permitir que um ou dois grandes fornecedores conduzam as estratégias). Na realidade, o CIO precisa ser mais pró-ativo em relação a determinar o ecossistema do fornecedor que casa melhor com sua própria estratégia de longo prazo para ERP.
Isso é vital porque se o ecossistema do fornecedor inclui aplicações específicas da indústria (setor de varejo, por exemplo) que satisfazem suas necessidades de longo prazo, você terá mais facilidade para identificar sua próxima killer application e integrá-la ao seu backbone ERP.
As diferenças nos planos dos grandes fornecedores são evidentes, diz Woods. A Oracle comprou ou desenvolveu internamente aplicações específicas para o varejo e telecomunicações, por exemplo, enquanto a SAP se apoiou em sua plataforma e seus parceiros para desenvolver futuras killer applications.
Os CIOs não devem subestimar a importância daquilo que o ecossistema de cada fornecedor pode oferecer. Uma plataforma não sobrevive muito tempo sem uma killer application, alerta Woods
3- Concorrência acirrada prossegue
Embora a concorrência neste espaço sempre tenha sido intensa, os CIOs podem esperar mais corpo a corpo entre os fornecedores de aplicações corporativas. “Não vislumbro, nesta altura, que a concorrência será menos intensa”, afirma Woods. E esta é uma boa notícia para os CIOs.
Mesmo que os fornecedores acumulem áreas de expertise e plataformas de tecnologia (através de desenvolvimento orgânico ou aquisição) e se tornem grandes economias em si mesmos, ainda restam muitos fornecedores para jogar um contra o outro nas negociações, dizem os analistas. Ou seja, “ainda há muita margem”, observa Woods.
Conselho para os CIOs: não tenham medo de jogar os fornecedores uns contra os outros. “Os fornecedores estão mais inteligentes em relação a quando competir e quando coordenar, e pelo que vale a pena ou não lutar”, diz Woods. Se seu negócio é um daqueles pelo qual vale a pena lutar, você deverá fazer um ótimo negócio em 2008.
Além do mais, com tantas fusões e aquisições recém-saídas do forno, agora é a melhor hora para negociar contratos de manutenção mais longos e comprar novos módulos com descontos significativos, acrescenta Ray Wang, analista-chefe da Forrester. “Nos anúncios pós-fusões, os representantes de vendas vão oferecer negócios mais favoráveis para reforçar o status de empresa independente.”
4- Já conhecemos os Golias. Não nos esqueçamos dos Davids
Os fornecedores corporativos Golias não são conhecidos pela inovação. Já os fornecedores menores, sim. “Eles são capazes de oferecer aplicações dinâmicas rapidamente”, diz Leaver.
No futuro, estes pequenos fornecedores vão criar aplicações com mais flexibilidade e adaptabilidade “plug and play” do que as oriundas dos departamentos de P&D das empresas maiores. Leaver observa que a maioria das aplicações dos pequenos fornecedores está sendo desenvolvida para rodar sobre o IBM Websphere, SAP NetWeaver e produtos middleware Oracle de modo que os departamentos de TI possam “configurá-las e modificá-las on the fly”. Assim, o pessoal de TI pode se preocupar menos com decisões de arquitetura e basear suas compras na utilidade da própria aplicação.
Albert Pang, diretor de pesquisa de aplicações corporativas do IDC, salienta que toda esta inovação resultará em mais aplicações Web 2.0 e estilo consumo para usuários corporativos. “Não vai demorar muito para que usuários de negócio se beneficiem de ferramentas de fornecedores como a Serena Software, que lhes possibilitem criar conteúdo para mashup on the fly.”
Mashups de negócio podem fomentar aplicações de contabilidade financeira que permitem aos usuários incorporar variáveis externas (previsão meteorológica e estudo de impacto ambiental, por exemplo) aos seus processos de planejamento financeiro, previsão e relatório, sem falar na avaliação de risco dos retornos de seus investimentos.
A mensagem mais importante para os CIOs, avisa Pang, é equilibrar seu cenário de sistemas de maneira a não deixar que um único fornecedor tenha influência indevida sobre suas estratégias. “Quando isso acontece, eles podem jogar um contra o outro e beneficiar-se de todos estes esforços de desenvolvimento que estão em curso.”
5- O que acontecerá com as taxas de manutenção de licenças corporativas?
Os CIOs sempre reclamaram do impacto das taxas de manutenção de software corporativo. Os custos, que historicamente ficam em torno de 22% ao ano para implementações corporativas, representam um imenso golpe financeiro para muitos departamentos de TI.
Quando os fornecedores enfatizam aprimoramentos táticos como o principal valor proporcionado pela manutenção, as pessoas se perguntam o que estão obtendo realmente em troca do dinheiro gasto com manutenção, observa Woods.
Ao longo de 2005, muitos CIOs cogitaram terceirizar ou terceirizaram totalmente a manutenção de sistemas ERP ou CRM para empresas como a TomorrowNow ou a Rimini Street. Mas a ação que a Oracle impetrou contra a TomorrowNow (e contra a SAP, proprietária da TomorrowNow) e equívocos da SAP ao lidar com a situação toldaram o modelo de negócio de manutenção por terceiros.
Mesmo assim, a manutenção terceirizada atraiu interesse de executivos de TI e continuará a fazê-lo em 2008. “A TomorrowNow é uma manifestação do mercado questionando o valor da manutenção”, diz Woods. “Quase todo mundo pergunta se pode repensar a abordagem da manutenção. Este terceiro vai detonar a manutenção por completo ou estabilizar o sistema? Esta é a grande questão do momento.”
Um dos principais motivos da frustração dos CIOs é que alguns fornecedores não estão se saindo muito bem em preparar o caminho para a próxima geração de ferramentas corporativas, segundo Woods. “É uma decisão complicada e não existem respostas fáceis. Tem que estar vinculada ao portfólio corporativo de estratégias e riscos.”
Obviamente, as taxas de manutenção são infames para suas margens de 90%. O que torna os fornecedores deploráveis só de falar sobre elas, quanto mais considerar fazer mudanças significativas. Leaver, porém, acredita que isso poderá começar a mudar em 2008. Se quiserem deixar seus clientes atuais felizes, “os fornecedores de aplicações terão que repensar esquemas de preço e taxas de manutenção”.
6- Supply chain fica ainda mais wireless — e perigoso
As tecnologias wireless vão continuar a influenciar o futuro do supply chain. Na vanguarda e atraindo grande parte da atenção está RFID, que continuará a se expandir em 2008, prevêem os analistas.
Mas foram outros avanços, como o maior uso de tecnologias wireless para transmissão de dados e transações operacionais em centros de distribuição, que tornaram o supply chain ainda mais eficiente.
Os analistas, entretanto, destacam que “sem fio” não significa “sem risco”. Um relatório recente da Retail Systems Research (RSR) mostra a dependência crescente em relação às tecnologias wireless e os riscos monumentais impostos pela nova safra de dispositivos no supply chain e em outros segmentos.
Steve Rowen, analista da RSR, descreve assim a situação atual: os atacantes wireless, que agora têm motivo e conhecimento tecnológico, identificaram “o tratamento negligente do fluxo de dados nas empresas como uma oportunidade viável, estendendo-se ao alcance de facções criminosas altamente organizadas”. O roubo de dados dos clientes dos varejistas passou a ser um grande negócio, avalia Rowen.
Primeiro conselho de Rowen para o ano de 2008: eleve a conversa. “Os programas de segurança mais bem sucedidos são os que atraem o interesse de executivos C-level — e o quanto antes”, ensina. “Este processo vai variar ligeiramente de um varejista para outro, mas costuma ser composto de uma apresentação conjunta do status atual — e necessário — da segurança da empresa para a diretoria.
domingo, 7 de dezembro de 2008
Conheça 7 armadilhas do cloud computing
Por Computerworld, EUA
Quando um termo novo é comprado pelo mercado de TI, é como se uma música pop estivesse martelando em sua cabeça. É tudo que se consegue escutar. Pior, a meia dúzia de questões que envolvem a tendência é incessantemente deixada de lado, com respostas que revelam quase sempre o pouco entendimento que se tem sobre o assunto.
Atualmente, o termo da moda atende pelo nome de cloud computing. Para John Willis, consultor na área de gerenciamento de sistemas e autor de um blog sobre o assunto, a questão mais polêmica envolvendo a tendência é: as grandes empresas vão adotar o conceito?
“Não é uma pergunta que pode ser respondida com sim ou não. Vão existir pontos que farão sentido para as companhias, e outros que não”, responde Willis.
A melhor pergunta, segundo o consultor, é se as várias ofertas e arquiteturas que se encaixam no conceito e os cenários onde uma ou mais dessas ofertas vão funcionar são conhecidos, além dos benefícios e riscos de implantação.
Até mesmo os que já se utilizam do cloud não reconhecem, algumas vezes, os riscos e, conseqüentemente, não se preparam para o que pode dar errado, afirma Dave Methvin, CTO do PC Pitstop LLC, site de diagnósticos para PCs que usa os sistemas de storage em nuvem da Amazon e os aplicativos do Google. “Estão confiando demais no cloud, sem perceber as implicações disso”, diz Methvin.
Com isso, conheça sete áreas de turbulência que precisam ser particularmente conhecidas por quem pretende partir para a computação em nuvem.
1- Custos, parte 1: Fornecedores de infra-estrutura cloud
Quando Brad Jefferson fundou a Animoto Productions, um serviço web que permite transformar imagens e música em vídeo, ele escolheu um fornecedor de hosting web. Pensando no futuro, Jefferson pode ver que o fornecedor não seria capaz de suportar picos de processamento requeridos.
Mas, em vez de investir em servidores, o empresário migrou para o Elastic Compute Cloud da Amazon, serviço conhecido como EC2 e que oferece capacidade computacional ajustável na nuvem, e contratou a RightScale, que fornece sistemas de gerenciamento para usuários de serviços baseados na web, como o EC2, onde os clientes pagam somente pela capacidade que utilizam, podendo fazer a configuração pela Internet.
“É um negócio que precisa de muito investimento. Nós poderíamos ter ido na direção do venture capital e abrir mão de uma boa parte da empresa, ou migrar para a Amazon e pagar pela infra-estrutura”, afirma Jefferson.
Sua decisão se mostrou certa quando a necessidade de processamento saltou de 50 servidores EC2 para 5 mil em uma semana. Segundo Jefferson, não seria possível antecipar a demanda. E, mesmo se ele conseguisse, gastaria milhões para construir a infra-estrutura para suportar tamanho pico. Mas, isso seria um suicídio, uma vez que a capacidade não é necessária todo tempo.
Por outro lado, pagar somente pelo que usa faz menos sentido quando uma aplicação é usada constantemente no mesmo nível. De fato, Jefferson afirma que ele deve considerar uma infra-estrutura híbrida quando tiver uma idéia melhor dos padrões de uso do Animoto. Servidores próprios poderiam garantir a demanda normal, enquanto o cloud seria usado em momentos de pico.
2- Custos, parte 2: Fornecedores de storage cloud
Custando cerca de 25 centavos de dólar por gigabyte ao mês, o armazenamento baseado em nuvem parece ser uma excelente barganha, segundo George Crump, fundador da Storage Switzerland LLC, empresa de análises focada no mercado de virtualização e storage.
Mas, mesmo sendo um entusiasta do storage cloud, para Crump o modelo de custos atual não reflete como o armazenamento realmente funciona. Isso acontece porque sistemas tradicionais de storage são projetados para reduzir os custos jogando dados pouco acessados para mídias mais baratas, como discos mais lentos, fitas ou sistemas óticos. Fornecedores cloud cobram o mesmo, independentemente do tipo de informação armazenada.
A Amazon, por exemplo, cobra pelo montante de informações guardadas, pelo número de acessos e de transferências. Quanto mais você usa, mais paga. Segundo Crump, com o declínio constante dos custos de antigas formas de storage, armazenar dados na nuvem por um longo período de tempo não é muito vantajoso do ponto de vista econômico.
Segundo Crump, os fornecedores precisam criar modelos de custos diferenciados. Uma idéia é mover os dados que não são acessados há seis meses, por exemplo, para um sistema mais lento e cobrar menos por isso. Usuários também teriam de concordar com níveis de serviço mais baixos dependendo da idade dos dados.
3- Mudanças repentinas de códigos
Na nuvem, as empresas têm pouco ou nenhum controle sobre as mudanças de código feitas pelos fornecedores de aplicativos. Isso pode criar problemas caso o código não esteja bem escrito ou não seja compatível com todos os navegadores.
Foi o que aconteceu com os usuários do sistema de análise de tráfego do SiteMeter, um serviço baseado em software como serviço (SaaS) que monitora páginas web inserindo scripts em seus códigos HTML.
Em julho, a empresa soltou um novo código que resultou em alguns problemas. Qualquer usuário do Internet Explorer veria uma mensagem de erro caso tentasse acessar páginas com o script do SiteMeter instalado. Quando começaram as reclamações, os donos das páginas afetadas levaram algum tempo para entender o que se passava.
“Se fosse sua própria empresa que estivesse atualizando algum código e ocorresse um problema, seria simples fazer a conexão”, afirma Dave Methvin. Até alguém imaginar que o problema estava no SiteMeter, muitos usuários já haviam reclamado.
Logo depois, a empresa, sem dar maiores explicações, fez um upgrade em seu sistema que desagradou a maioria dos clientes. Caso de Michael Van Der Galien, editor do PoliGazette, site de notícias e opinião. “A nova versão era frustrante, lenta e impraticável”, afirma o editor.
Além disso, os clientes precisavam fornecer uma chave para reativar suas contas. As reações negativas foram tão intensas que a empresa decidiu voltar para o sistema antigo.
“Imagine a Microsoft dizendo: a partir de hoje, o Word 2003 deixará de existir e estaremos mudando para a versão 2007. Os usuários ficariam absolutamente confusos, e foi exatamente o que aconteceu no caso do SiteMeter”, diz Methvin.
Com o tempo, empresas como a SiteMeter vão aprender a lançar sistemas em beta, rodando em paralelo e fazendo medições quando realizam mudanças.
4- Interrupção de serviços
Levando em consideração os recentes casos do Amazon S3, do Gmail e do MobileMe, da Apple, fica claro que usuários de cloud precisam se preparar para quedas nos serviços. É fundamental exigir que os fornecedores avisem sobre possíveis incidentes.
Alguns fornecedores oferecem uma página de status onde os usuários podem monitorar os problemas e assinar serviços de RSS ou avisos por telefones.
Mas, além disso, os usuários devem preparar planos de contingência. Na PC Pitstop, por exemplo, uma queda nos serviços da Amazon significa que os clientes ficariam impedidos de comprar produtos no site. Por esse motivo, a empresa criou um sistema de backup, usando servidores próprios.
A Forrester Research aconselha seus clientes a perguntarem se o fornecedor possui redundância dispersa geograficamente em sua arquitetura e quanto tempo levaria para rodar o sistema de backup.
5- Experiência do fornecedor
Uma das maiores tentações do cloud computing é a promessa de TI sem o pessoal de TI. Entretanto, veteranos da computação em nuvem são inflexíveis em dizer que não é isso que acontece.
Na verdade, como muitos fornecedores são empresas novas, suas experiências, especialmente com grandes empresas, podem ser pequenas, afirma Rene Bonvaine, vice-presidente sênior da Serene Software.
É essencial complementar as habilidades dos fornecedores com o seu próprio departamento de TI.
6- Preocupações globais
Fornecedores cloud, atualmente, têm uma visão centrada no mercado americano. Essas empresas precisam ajustar os serviços para as necessidades dos clientes no resto do mundo. Isso significa garantir que os serviços funcionem tão bem para um usuário no Brasil, quanto para um usuário nos Estados Unidos.
Para se tornar um fornecedor global, a empresa pode instalar servidores em vários lugares, ou utilizar um serviço de aceleração de aplicações web, como os da Akamai Technologies.
7- Aplicativos nativos
Alguns aplicativos oferecidos no modelo SaaS foram projetados para isso. Outros foram adaptados para trabalhar dessa maneira. Segundo Bonvanie, existe uma grande diferença entre sistemas como o WebEx e os da Salesforce.com, que foram desenhados como uma oferta SaaS, e a plataforma de billing da Aria, por exemplo, que não foi.
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Portal Software Público libera programa de gestão educacional
Já está disponível gratuitamente no Portal do Software Público Brasileiro (www.softwarepublico.gov.br) o primeiro sistema de gestão educacional livre desenvolvido no país. O I-educar, desenvolvido no município de Itajaí, em Santa Catarina, é um sistema de gestão escolar que permite centralizar informações de todas as escolas municipais em um único banco de dados. O sistema também permite gerir matrículas, transferências, emissão de certificados e diplomas, suspensões e quadro de horários de forma integrada.
Segundo o coordenador do Centro Tecnológico de Informação e Modernização Administrativa da Prefeitura de Itajaí, Jean Carlos Sestrem, todos os relatórios gerenciais e dados exigidos pelo Ministério da Educação para liberação de recursos podem ser obtidos em tempo real. Ele informou que o sistema conta também com um módulo que faz a gestão de bibliotecas de cada escola. "Uma das principais vantagens do I-educar é a centralização das informações de todas as escolas municipais em um banco de dados único, controlando o cadastro de alunos, com seus dados pessoais, familiares e pedagógicos", salientou.
Na opinião de Sestrem, uma gestão escolar eficaz diminui a carga de trabalho do corpo administrativo da escola e resulta em mais tempo livre para o desempenho de outras atividades.
O I-educar foi lançado no Portal do Software Publico durante a 5ª Conferência Latino-Americana de Software Livre (Latinoware 2008), realizada em Foz do Iguaçu de 30 de outubro a 1 de novembro.
Gestão municipal
Durante a Latinoware 2008 também foi lançado o ambiente Colaboração, Comunidade, Conhecimento e Compartilhamento (4CMBR) que é a primeira comunidade temática do Portal do Software Público. Esse ambiente é destinado às administrações públicas municipais brasileiras e já disponibiliza documentos úteis ligados à tecnologia da informação municipal, bem como soluções livres de interesse das gestões municipais como é o caso do I-educar. O ambiente oferece ferramentas para a interação entre os usuários como fóruns, chats e ambientes de colaboração.
O Portal do Software Público, administrado pela Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI), do Ministério do Planejamento, inaugura um novo modelo de licenciamento e de gestão das soluções desenvolvidas na administração pública ao compartilhar soluções que podem ser úteis aos mais diferentes órgãos públicos e também à sociedade.
São 18 soluções livres disponibilizadas no portal desenvolvidas pelo governo federal, estados, municípios, empresas e universidades, cujo código-fonte pode ser obtido mediante cadastramento. Cerca de 28 mil pessoas participam das comunidades de compartilhamento.
O objetivo é reduzir custos, aprimorar os aplicativos disponibilizados e, conseqüentemente, a melhoria do atendimento à população. Para disponibilizar soluções do setor público no Portal do Software Público Brasileiro é preciso entrar em contato através do correio eletrônico guialivre@planejamento.gov.br.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Santander vai oferecer software de gestão a clientes
Disposto a aumentar sua participação no segmento de pequenas e médias empresas, o Banco Santander passará a fornecer a seus clientes um sistema de gestão empresarial na modalidade de software como serviço (SaaS). Batizado de Supergestão, o software foi desenvolvido pela Totvs e é voltado para empresas com faturamento anual até R$ 3 milhões.
Segundo o banco, o software é composto por quatro módulos - compras, vendas, estoque e financeiro - e permite ao empresário ter uma visão total de seus recebimentos e despesas, de maneira que as ações possam ser mais bem planejadas, diminuindo riscos e ampliando oportunidades de negócios.
Além disso, o módulo financeiro está integrado com os sistemas do Santander, o que permite a personalização do software para os serviços do banco, como a emissão boletos bancários, programação de pagamentos e execução de cobranças com autonomia e maior agilidade.
O produto será oferecido mediante o pagamento de uma mensalidade e as receitas serão divididas entre a Totvs e o Santander.
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Mobile marketing já é expressivo nas receitas das operadoras
O volume de mensagens geradas por transações realizadas pela internet entre empresas e consumidores (B2C) no ano passado, uma nova modalidade de marketing, movimentou US$ 129 milhões e já representa 10% da receita dos serviços de valor agregado das operadoras de telefonia celular no Brasil, de acordo com um estudo da IDC Brasil. A consultoria estima que neste ano a cifra deve ultrapassar os U$150 milhões
"Apesar do crescimento, esse mercado ainda está no início no Brasil", destaca Vinicius Caetano, analista de telecom da IDC. Os dados fazem parte do estudo Mobile Content Services, cuja análise foi feita de forma quantitativa considerando o número de mensagens de publicidade e promoções, que hoje está em torno de 1 bilhão por ano entre todas as operadoras.
Outro estudo correlato, denominado Mobile Marketing, avaliou esse segmento qualitativamente comparando-o com os Estados Unidos, onde o mercado está muito mais avançado e movimenta cerca de US$ 105 milhões apenas com mensagens de publicidade. "O mobile marketing teve início mundialmente naquele país e hoje busca maior interatividade, utilizando outros meios como vídeos e patrocínios, da mesma forma em que é feita a propaganda na internet", explica Caetano. Ele avalia que à medida que os telefones 3G entrarem no mercado nacional, o Brasil alcançará rapidamente esse estágio. "Atualmente, esses aparelhos respondem somente por 1,2% da base de celulares."
Para o analista da IDC, o mobile marketing deve crescer bastante nos próximos anos, especialmente em algumas modalidades como a tradicional que abrange apenas a recepção de mensagens, o leilão reverso e a propaganda baseada em localização, que é a grande novidade nessa área e deve se transformar em um segmento importante para o mobile marketing, viabilizado pelo GPS. "A base de celulares com GPS está aumentando e agora é o momento de se discutir a questão da privacidade, uma vez que essa questão se mal resolvida pode inviabilizar a implementação do sistema ", destaca Caetano.
Os custos do mobile marketing, que não são de mensagens, ainda são altos devido à diversidade de aparelhos celulares que funcionam com sistemas diferentes. "No futuro, a tendência é de consolidação não só do ponto de vista de propaganda como em termos de serviço ao cliente", prevê o analista, lembrando que o mercado de provedores de conteúdo passa por uma acomodação, as pequenas empresas estão fechando ou estão sendo adquiridas pelas grandes.
De acordo com Caetano, o que ainda impede maior crescimento do mobile marketing no Brasil é justamente a falta de preparo das operadoras para fornecer informações detalhadas aos provedores de conteúdo. "As empresas de telefonia precisam segmentar o mercado e fazer um estudo de suas respectivas bases de clientes para obter maior eficiência no trabalho com os provedores de conteúdo móvel, responsáveis pela criação das propagandas. Essa segmentação evita que usuários recebam mensagens que não se encaixam em seu perfil, reduzindo o efeito spam, bem como os custos de envio", finaliza o analista.
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
O que muda para a TI das empresas com Sped Fiscal e o Sped Contábil?
Com a implantação do Sped Fiscal e do Sped Contábil, as empresas terão de mudar drasticamente alguns processos, e instituir outros novos
Por Rodrigo Caetano, do COMPUTERWORLD
29 de outubro de 2008 - 07h00
A saga do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) continua. Após o conturbado início da Nota Fiscal Eletrônica, que teve suas datas de implantação adiadas algumas vezes, as empresas e a Receita Federal se preparam para mais dois capítulos da aventura: o Sped Fiscal e o Sped Contábil.
Em janeiro de 2009, se nada mudar, 15 mil empresas devem começar a enviar seus livros fiscais para os fiscos por meio digital. No meio do ano que vem, chega a vez dos livros contábeis.
Com isso, o Sped traz uma mudança de paradigma. As áreas de contabilidade e controladoria, geralmente conservadoras, estão tendo de enfrentar uma nova realidade que envolve, inclusive, a elevação desses setores à condição de “áreas estratégicas” nas empresas.
O fato se dá por conta do volume de novas informações que passarão a ser requeridas pela Receita após a implantação do sistema digital. Para se ter uma idéia, atualmente, a Instrução Normativa n° 86 (IN 86), que dispõe sobre formas e prazos de apresentação de arquivos digitais por pessoas jurídicas, possui cerca de 300 campos que necessitam ser preenchidos.
De início, o Sped Fiscal vai exigir algo em torno de 1,4 mil campos, número que pode chegar a 3 mil nas fases mais avançadas do projeto, dependendo do setor de atuação da empresa.
Como se não bastasse, o aumento no número das chamadas obrigações assessórias vem acompanhado da inclusão de diversos dados que não constam — ou constam, mas não de forma estruturada — nos ERPs e demais sistemas de gestão das grandes empresas. Por exemplo, setores como o de combustíveis terão de informar, além da placa, o RENAVAM do veículo que vai transportar a mercadoria.
Inserir esse tipo de informação no sistema requer uma customização de software e, ainda, a instituição de um novo processo dentro da empresa. Ou seja, a mudança extrapola os limites da tecnologia, chegando diretamente à cadeia produtiva das companhias.
“Mais do que instituir novos processos, as empresas precisam considerar o risco tributário associado ao fato de não ter determinada informação”, afirma Eduardo Lopes, executivo de novas soluções da Aliz, consultoria especializada em gestão fiscal e tributária.
“Outra mudança importante está na forma de apuração do ICMS. O estorno, agora, tem de constar no início do processo, e os sistemas não estão preparados para isso”, relata Maurício Tonelli, consultor da Gart Consulting, especializada em gestão empresarial. Tonelli explica que as grandes empresas precisarão realizar customizações em seus ERPs e sistemas de gestão fiscal e tributária para atender as novas exigências. E isso deve demandar uma boa quantidade de investimentos.
De forma resumida, o que as empresas terão de fazer é buscar todas as informações perdidas em seus ERPs, formatá-las de acordo com especificações da Receita e assinar digitalmente o documento.
Estes dados são enviados para as secretarias da fazenda do estado onde a empresa está situada, onde serão validados. Neste momento, as informações são checadas e cruzadas com o banco de dados do fisco e com informações de outras empresas, como fornecedores. Se aparecer qualquer problema, o documento é rejeitado.
Benefícios
As agruras da implantação prometem ser recompensadas, principalmente pela economia gerada com a não utilização de papel e pelos ganhos de eficiência nas operações, especialmente de logística. Mas, é na questão da sonegação de impostos que o Sped tende a causar maior impacto.
O sistema de escrituração digital é composto de três grandes projetos: escrituração fiscal e contábil e Nota Fiscal Eletrônica (NFe). Para a receita, o “pulo do gato” é a possibilidade de cruzar informações quase em tempo real. Atuando de maneira integrada, os três pilares confirmam informações uns dos outros, validando as transações, ou não, imediatamente.
Cláudio Coli, diretor de operações da Mastersaf, empresa que desenvolve soluções para gestão fiscal e tributária, explica que os documentos fiscais enviados à Receita devem estar associados a alguma Nf-e, o que, automaticamente, já representa uma forma de controle muito eficiente. “O Sped traz uma grande quebra de paradigma, mas também vai gerar muito mais transparência nos negócios”, diz Coli.
De qualquer forma, para as empresas a tarefa de implantar e se adequar às exigências da receita custa dinheiro e traz algumas dores de cabeça. Sérgio Vezza, diretor de TI da AmBev, relata, por exemplo, que ainda tem problemas com a Nf-e, parte do projeto Sped que começou a ser implantada no início deste ano. O cronograma da Nota Fiscal Eletrônica chegou a ser adiado diversas vezes.
As dificuldades da fabricante de bebidas estão relacionadas à falta de soluções completas no mercado e de fornecedores com porte suficiente para dar suporte a uma operação como a da AmBev. A empresa chega a emitir um volume de 100 mil notas em um único dia.
Segundo Vezza, a escrituração fiscal e contábil tende a ser mais simples. “Estamos prontos, acredito que não teremos nenhum problema. O que mais preocupa mesmo é a Nf-e. Nossa modalidade de venda é de pré-venda, isso faz com que eu tenha, muitas vezes, apenas quatro horas para emitir 100 mil notas”, relata o executivo. Ao mesmo tempo, uma das premissas do Sped é que os três projetos devem atuar de forma integrada. Sem resolver a questão da Nf-e, as partes fiscal e contábil podem ser prejudicadas.
E a falta de suporte para as empresas não se limita ao mercado de tecnologia. A própria Receita tem “pisado na bola” em algumas questões. Por exemplo, o validador que deve ser utilizado no Sped Fiscal ainda não foi disponibilizado. Recentemente, participantes da CW Connect reclamaram na comunidade relacionada ao projeto da dificuldade de trabalhar com os manuais fornecidos pelo órgão para a implantação do sistema.
“Na nossa operação do Mato Grosso (estado onde a obrigatoriedade de utilizar a NF-e começou em setembro para as fabricantes de bebidas) tivemos de utilizar o sistema de contingência”, relata Vezza. Foi para evitar esse tipo de problema que a Receita decidiu fazer uma lista, limitando a 15 mil o número de empresas obrigadas a entrar no Sped Fiscal.
Até o momento, não há nenhuma indicação de que o cronograma será adiado. Mas, é bom lembrar que, até julho, também não existiam sinais de um adiamento da NF-e, prevista como obrigatória a diversas empresas a partir de setembro, mas que só vai começar de fato em dezembro. De qualquer forma, as empresas, e a Receita, precisam correr, sob o risco de enfrentaram um “apagão fiscal” a partir de janeiro.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Ericsson negocia com operadoras novas soluções para localização
A Ericsson apresentou durante 1º Forum Mobile+, realizado nesta quarta-feira, 22, em São Paulo, duas soluções baseadas em rastreamento de dispositivos móveis que implantou na África do Sul e na Europa e que podem desembarcar no Brasil num futuro breve. Ambas necessitam da rede da Ericsson para serem colocadas em operação.
A primeira delas prevê o monitoramento dos usuários dentro da rede e a partir das informações de tráfego e ociosidade das ERBs, oferecer descontos aos usuários para efetuarem ligações. Seria um aforma de estimular o uso quando a rede não estiver ocupada.
Assim, se estiver em um local onde a rede é subutilizada, o assinante consegue realizar ligações com tarifas mais em conta. Os bônus vão diminuindo quando o consumidor passa a entrar em uma zona na qual a rede está mais carregada, até chegar ao desconto zero, quando ele estiver dentro da área mais congestionada da rede. A solução é definida como desconto dinâmico, e foi aplicada em uma operadora na África do Sul.
"Com isso, as pessoas têm um valor agregado dentro do serviço da operadora, que acaba por incentivar o uso de suas redes e a obtenção de mais receitas. Além de economizar nas áreas em que a rede está congestionada, evitando problemas no serviço prestado", explica Alexandre Borin, diretor de mobilidade da Ericsson no Brasil.
Mapeando congestionamentos
Na Europa, a fabricante sueca também desenvolveu uma solução para a Vodafone por meio da qual ela monitora a movimentação e a velocidade de deslocamento de todos os clientes da operadora pelo sinal do celular. Assim, em parceria com a integradora TomTom, essas posições são processadas em algorítimos patenteados e depois utilizadas para traçar mapas de concentração e fluxo dos clientes. Com isso, é possível monitorar o trânsito em uma determinada região sem precisar de colaboração dos serviços públicos.
"Com essa base de dados, conseguimos controlar o trânsito da cidade, por exemplo, e facilitar muito as aplicações baseadas em GPS", afirmou Borin. Segundo o executivo, a Ericsson já está em negociações com todas as operadoras no Brasil para oferecer essas soluções no menor tempo possível. "Estamos conversando e é possível que alguma coisa já seja implantada em 2009", comentou Borin, ressaltando que provavelmente o modelo de negócios seria de compartilhamento de receita, já que a Ericsson e o integrador criam receitas adicionais para a operadora. A rede precisa ser da Ericsson.
Para Wlamir Molinari, gerente divisão de projetos e aplicações especiais da Vivo, a operadora tem muito interesse em todas as soluções que gerem valor para o cliente e esta é uma inovação que a empresa avaliará. "Todos os serviços que gerem valor estão em nosso roadmap, mas não temos nenhuma negociação concreta ainda", afirmou o executivo.
De acordo com Borin, em uma cidade como São Paulo, com o monitoramento de apenas uma grande operadora é possível definir pontos de congestionamentos e a sugestão de rotas alternativas. "Aqui em São Paulo, as operadoras praticamente têm, cada uma, um terço da base instalada de clientes, o que já seriam informações suficientes para aumentar a capacidade de utilização da navegação GPS", frisou. O problema em São Paulo, segundo especialistas, é que as informações sobre congestionamentos levantadas pelas autoridades não têm o grau de confiabilidade e a precisão necessárias a um sistema integrado com GPS.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Transportadora ganha eficiência com aplicações no celular
A Patrus,transportadora com forte atuação nas regiões Sudeste e Nordeste do país, viu sua produtividade aumentar sensivelmente nos últimos quatro meses desde que adotou uma solução baseada em telefones móveis para despacho e acompanhamento de ordens de serviço.
Até então, os motoristas da empresa recebiam as ordens de entrega todo dia de manhã em guias impressas. As informações sobre cada entrega eram escritas à mão pelos próprios motoristas nos canhotos das guias, que eram devolvidos no fim do dia na sede da empresa para depois serem digitados. Somente no dia seguinte era possível verificar no sistema como foram as entregas do dia anterior.
Com a aplicação móvel, desenvolvida pela Compera nTime, fornecedora de serviços de valor agregado para operadoras de celular, os motoristas passaram a receber as ordens de serviço e o roteiro de entrega em seus celulares, graças a um aplicativo Java instalado nos aparelhos. Por meio desse mesmo aplicativo, o motorista informa o status de cada entrega ao longo do dia, mantendo o sistema da empresa atualizado em tempo real.
O investimento para implementação da solução foi de R$ 25 mil e o custo operacional mensal, de R$ 42 por aparelho, pagos à Compera nTime – o valor não inclui o custo de tráfego de dados com as operadoras, que gira em torno de R$ 5.
Segundo a Patrus, o custo da solução por entrega é de apenas R$ 0,18, mais baixo até que o envio de um SMS. A empresa estima que o retorno financeiro virá no quinto mês após a implementação do sistema, mas observa que os os resultados no dia a dia já puderam ser sentidos: aumento na quantidade de entregas, antecipação de problemas (o cliente agora é informado rapidamente em caso de atraso) e maior controle sobre o andamento das entregas.
O estudo de caso da Patrus foi apresentado pelo responsável por aplicações corporativas da Compera nTime, Fábio Póvoa, durante a abertura do 1º Forum Mobile+, Mobilidade + Negócios, que começou nesta terça-feira, 21, e vai até dia 23, em São Paulo. O evento é promovido pelas revistas TI INSIDE e TELETIME e organizado pela Converge Eventos.
Uso de e-mail e aplicações móveis ainda enfrenta resistência nas empresas
A maioria das grandes empresas brasileiras já faz uso de aplicações de e-mail móvel. E entre aquelas que trabalham com um grande número de funcionários em campo também já é comum o uso de aplicações de automação de força de vendas. Dentro do roadmap da mobilidade corporativa, as grandes empresas nacionais estão neste momento dando os seguintes passos: extensão do e-mail móvel para mais funcionários, em camadas mais baixas na estrutura das companhias; e adoção de novas aplicações, como distribuição de relatórios gerenciais no celular e acesso móvel a diversos sistemas, como o CRM.
A atual situação do mercado brasileiro de mobilidade corporativa foi tema do painel de abertura do 1º Forum Mobile+, Mobilidade + Negócios, que começou nesta terça-feira, 21, e vai até dia 23, em São Paulo. O evento é promovido pelas revistas TI INSIDE e TELETIME e organizado pela Converge Eventos.
Para Wagner Mancini, diretor de marketing e produtos da Galileo, o primeiro grande obstáculo para o avanço da mobilidade corporativa é conseguir justificar o investimento. "Para uma aplicação de força de vendas em uma empresa com muitos vendedores é fácil justificar, porque os ganhos são visíveis. Mas para novas aplicações, que integrem outros sistemas, é mais difícil", explicou ele.
A garantia da segurança dos dados trafegados na rede móvel e guardados nos celulares é outro obstáculo que foi levantado durante o painel de abertura. É preciso ter um controle rígido e saber quem está acessando as informações, quando e para que fim. É necessário também planejar o que deve ser feito em caso de roubo de smartphones: como garantir que as informações contidas no aparelho não serão acessadas por pessoas indevidas?
Há também o desafio de se treinar os funcionários das empresas a usar as soluções móveis. Para os executivos de alto escalão talvez não seja tão complicado, mas para funcionários que atuam em campo e têm menor grau de instrução talvez seja mais difícil. "O ser humano pode ser a maior barreira. As dificuldades tecnológicas são mais fáceis de serem resolvidas", comparou Mancini.
Sistemas operacionais
O diretor de tecnologia da Spring Wireless, Cristiano Oliveira, lembrou da importância de as plataformas de aplicações móveis das grandes empresas estarem preparadas para se comunicar com os mais variados sistemas operacionais, já que hoje não existe um que seja predominante no mundo móvel. "O sistema operacional escolhido pode ser diferente para cada função ou aplicação móvel", disse o executivo, que depois acrescentou: "o mundo da mobilidade se transforma muito rapidamente. As empresas precisam se proteger tecnologicamente".
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Virtualização é líder entre tecnologias estratégicas de 2009
Entre as tecnologias estão BI, cloud computing, mash-ups, entre outras; virtualização venceu por revolucionar o data center.
Por Computerworld, EUA
15 de outubro de 2008 - 12h50
O Gartner definiu a virtualização como a principal tecnologia estratégica para 2009. O instituto justificou a escolha não pela “tremenda obviedade” de virtualização de servidores, mas pela capacidade crescente de virtualizar todo o resto no data center.Muitas tecnologias escolhidas já tinham sido citadas na lista de 2008, mas o Gartner modificou certos resultados analisando o progresso de algumas delas, analisando a resposta dos clientes e das pesquisas.
Todas as tecnologias na lista possuem “o potencial para serem revolucionárias no mercado de alguma maneira,” disse o analista do Gartner David Cearley.
Acompanhe a lista de tecnologias do Gartner em 2009:
1. Virtualização (estava em quinto em 2008). É uma tecnologia obrigatória, mas só ficou com a liderança pela sua capacidade de canivete suíço de virtualizar muito mais do que servidores.
O analista Carl Claunch do Gartner disse que em storage, por exemplo, a virtualização permite aos usuários que "combinem diversos tipos e gerações de storage." Isso dá a liberdade para estruturar o armazenamento com os equipamentos mais interessantes.
2. Cloud computing (nova tecnologia na lista). Se fosse uma lista de tecnologias na moda, cloud computing certamente seria a primeira, disse Cearley.
Mas o Gartner vê o cloud com uma capacidade de mudança impressionante, não apenas em software as a service, mas como um provedor de infra-estrutura de computação e de storage, assim como uma plataforma para informação e processos de negócios.
3. Recursos computacionais (oitavo em 2008). Tecnologia para os servidores está evoluindo tanto que você quase pode comprar o recurso que precisa, seja memória, I/O e processador, combinando de maneira a criar pools de recursos computacionais.
É possível "combinar esses [recursos] conforme você precisar deles," disse Claunch. Em pouco tempo, as áreas de TI vão conseguir, potencialmente, trabalhar com várias pools diferentes de pequenos, médios e grandes servidores. Os servidores blade possuem um pouco dessa capacidade - a capacidade de mover memória e capacidade de processamento - mas isso está limitado ao que está dentro do chassis, acrescentou.
4. Arquitetura orientada à web (nova, mas parecida com a "plataforma web" de 2008 que ficou em sétimo). O Gartner já tinha falado no ano passado sobre como a web seria o modelo para entrega de serviços. Neste ano, o instituto falou sobre a estratégia de arquitetura, como a web vai influenciar as arquiteturas em SOA.
5. Mashups empresariais (sexta em 2008). Os mashups estão se tornando uma ferramenta empresarial séria, permitindo aos usuários se apoiar em APIs públicas para combinar vários serviços e capacidades rapidamente. As ferramentas de agregação de conteúdo dá aos usuários de negócios a flexibilidade de combiar dados dentro e fora da empresa.
6. Sistemas especializados (nova tecnologia na lista). Um roteador Cisco é um exemplo óbvio, mas existem appliances especializados para Java, data warehousing e outros processos. É uma estratégia que pode gerar economia de recursos e pode ser uma tendência "bastante abrangente", disse Claunch.
7. Software social e redes sociais (décima em 2008). Estas ferramentas oferecem a "habilidade para trabalhar por toda a organização de uma maneira dinâmica," disse Claunch.
8. Comunicações unificadas (segunda em 2008). Gartner garantiu que nos próximos cinco anos, "o número de fornecedores diferentes de comunicação serão reduzidos em até 50%," graças às comunicações unificadas.
9. Business intelligence (nova tecnologia na lista) Isto não é novo, mas a maior capacidade de processamento está dando às empresas meios de expandir as capacidades de BI, como aplicar as análises diretamente nos processos de negócios.
10. TI Verde (liderou em 2008). Uma estratégia que não vai acabar, a TI Verde não perdeu a importância. Para TI, o verde é tudo e isso significa tudo o que for possível para reduzir o consumo de energia ou reduzir a quantidade de combustível usado.
sábado, 18 de outubro de 2008
Tecnol agiliza sistema de força de vendas
Com o objetivo dar maior agilidade às vendas e municiar seus vendedores com informações úteis para o desempenho de suas atividades, Tecnol, uma das maiores empresas de fabricação de armações para óculos na América Latina, adotou a solução GeneXus, para desenvolvimento dos aplicativos.
Com mais de 1400 funcionários, três unidades fabris e 170 representantes comerciais, o Grupo Tecnol utilizava PDAs em seu ciclo de vendas, com uma aplicação offline e desenvolvida em Visual Basic, que era posteriormente sincronizada via modem por linha telefônica. “Isso minimizava, sem dúvida, a nossa possibilidade de crescimento e não garantia agilidade ao nosso processo de vendas. Então começamos a procurar por soluções”, explica Sergio Santos, CIO da Tecnol.
Segundo o executivo, a primeira opção avaliada foi o uso de smartphones, que foi descartada em virtude da incapacidade deles processarem e armazenarem dados no nível requerido. Em colaboração com a empresa Heurys, solution partner da Artech, fabricante do GeneXus, foi implementada uma aplicação em dotNet e base de dados MS SQL Mobile, o que permitiu a sincronização de pocket pcs, via internet com as fábricas do grupo Tecnol utilizando tecnologias 3G/EDGE/GPRS, Wi-Fi, ActiveSync e modem de linha telefônica discada.
“Basicamente, a solução funciona dessa forma: os 170 representantes comerciais fazem uma conexão diária para atualizarem os produtos, clientes e contas a receber na sua base de dados do pocket pc. Logo após cada venda eles transmitem de forma on-line, via internet e de qualquer local do Brasil, o pedido efetuado. Em contrapartida, eles recebem a confirmação imediata referente ao início do processamento desta solicitação por parte da fábrica”, ressalta Santos.
Com investimentos em hardware, software e recursos internos (analistas para aplicações de front e back end) que somam pouco mais de R$ 70 mil, o projeto trouxe benefícios mensuráveis e o retorno do investimento em apenas 90 dias. “Obtivemos uma redução do lead time de todos os pedidos, da venda à entrega, em um dia útil, com impacto direto no nosso fluxo de caixa (recebíveis), projeção de aumento de 6% no número de ciclos de vendas por ano e aumento líquido de vendas em torno de 1%. Além disso, tivemos os benefícios intangíveis, que se traduzem no reflexo positivo da imagem da Tecnol junto aos clientes e maior eficácia na comunicação entre representantes comerciais e a empresa. Com todas estas vantagens, o payback do projeto se efetivará em apenas três meses”.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Passo-a-passo de um projeto ERP
Origem: Wikipédia
Fase 1 - Raio X- Esta é a fase do projeto onde os processos e as práticas de negócio são analisados. É o momento em que a companhia é profundamente observada e quando é definida a necessidade de uma solução ERP.
- Fase 2 - Desenvolvimento
- É neste momento que uma aplicação é escolhida e configurada para uma companhia. Também são definidos o modelo de funcionamento da solução e outros aspectos do ambiente.
- Fase 3 – Teste
- Aqui a solução de ERP é colocada em um ambiente de teste. É quando os erros e falhas são identificados, para realização das correções necessárias.
- Fase 4 – Treinamento
- Todos os profissionais são treinados no sistema para saber como utiliza-lo antes da implementação ser concluída.
- Fase 5 – Implantação
- O software de ERP é finalmente instalado na companhia e se torna funcional aos usuários.
- Fase 6 – Avaliação (Homologação)
- A solução de ERP é avaliada, observando-se o que é necessário melhorar e o que está ou não funcionando adequadamente. Esta é apenas uma avaliação geral do projeto ERP para referências futuras.
Uma observação válida em um sistema de ERP é o uso de uma ferramenta de Business Intelligence (BI) para que todos os dados gerados sejam transformados em informações gerenciais e assim haver um plano de melhorias e/ou ação. Tal ferramenta é associada ao sistema de ERP e usa os dados contidos para que seja feito esse levantamento de informações necessarias a todos os gerentes, diretores e demais responsáveis administrativos da organização.
Fatores Críticos de Sucesso
Segundo uma pesquisa Chaos e Unfinished Voyages (1995) os principais fatores críticos de sucesso para um projeto de implantação de um ERP são:
- Envolvimento do Usuário
- Apoio da direção
- Definição clara de necessidades
- Planejamento adequado
- Expectativas realistas
- Marcos intermediários
- Equipe competente
- Comprometimento
- Visão e objetivos claros
- Equipe dedicada
- Infraestrutura adequada
ERP: Conceitos Informações Gerais
Origem: Wikipédia
ERP (Enterprise Resource Planning) ou SIGE (Sistemas Integrados de Gestão Empresarial, no Brasil) são sistemas de informações que integram todos os dados e processos de uma organização em um único sistema (Laudon[1], Padoveze[2]). A integração pode ser vista sob a perspectiva funcional (sistemas de: finanças, contabilidade, recursos humanos, fabricação, marketing, vendas, compras, etc) e sob a perspectiva sistêmica (sistema de processamento de transações, sistemas de informações gerenciais, sistemas de apoio a decisão, etc).
Os ERPs em termos gerais, são uma plataforma de software desenvolvida para integrar os diversos departamentos de uma empresa, possibilitando a automação e armazenamento de todas as informações de negócios.
História do ERP
No final da década de 50, quando os conceitos modernos de controle tecnológico e gestão corporativa tiveram seu início, a tecnologia vigente era baseada nos gigantescos mainframes que rodavam os primeiros sistemas de controle de estoques – atividade pioneira da interseção entre gestão e tecnologia. A automatização era cara, lenta – mas já demandava menos tempo que os processos manuais – e para poucos.
No início da década de 70, a expansão econômica e a maior disseminação computacional geraram os MRPs (Material Requirement Planning ou planejamento das requisições de materiais), antecessores dos sistemas ERP. Eles surgiram já na forma de conjuntos de sistemas, também chamados de pacotes, que conversavam entre si e que possibilitavam o planejamento do uso dos insumos e a administração das mais diversas etapas dos processos produtivos.
Seguindo a linha evolutiva, a década de 80 marcou o início das redes de computadores ligadas a servidores – mais baratos e fáceis de usar que os mainframes – e a revolução nas atividades de gerenciamento de produção e logística. O MRP se transformou em MRP II (que significava Manufacturing Resource Planning ou planejamento dos recursos de manufatura), que agora também controlava outras atividades como mão-de-obra e maquinário.
Na prática, o MRP II já poderia ser chamado de ERP pela abrangência de controles e gerenciamento. Porém, não se sabe ao certo quando o conjunto de sistemas ganhou essa denominação. Uma datação interessante é 1975, ano no qual surgiu a empresa alemã – um símbolo do setor – SAP (System Analyse and Programmentwicklung, na tradução literal Análise de Sistemas e Desenvolvimento de Programas). Com o lançamento do software R/2, ela entrou para a história da área de ERP e ainda hoje é seu maior motor de inovação.
O próximo passo, já na década de 80, serviu tanto para agilizar os processos quanto para estabelecer comunicação entre essas “ilhas” departamentais. Foram então agregados ao ERP novos sistemas, também conhecidos como módulos do pacote de gestão. As áreas contempladas seriam as de finanças, compras e vendas e recursos humanos, entre outras, ou seja, setores com uma conotação administrativa e de apoio à produção ingressaram na era da automação.
A nomenclatura ERP ganharia muita força na década de 90, entre outras razões pela evolução das redes de comunicação entre computadores e a disseminação da arquitetura cliente/servidor – microcomputadores ligados a servidores, com preços mais competitivos – e não mais mainframes. E também por ser uma ferramenta importante na filosofia de controle e gestão dos setores corporativos, que ganhou aspectos mais próximos da que conhecemos atualmente.
As promessas eram tantas e tão abrangentes que a segunda metade daquela década seria caracterizada pelo boom nas vendas dos pacotes de gestão. E, junto com os fabricantes internacionais, surgiram diversos fornecedores brasileiros, empresas que lucraram com a venda do ERP como um substituto dos sistemas que poderiam falhar com o bug do ano 2000 – o problema na data de dois dígitos nos sistemas dos computadores.
A importância do ERP nas corporações
Entre as mudanças mais palpáveis que um sistema de ERP propicia a uma corporação, sem dúvida, está a maior confiabilidade dos dados, agora monitorados em tempo real, e a diminuição do retrabalho. Algo que é conseguido com o auxílio e o comprometimento dos funcionários, responsáveis por fazer a atualização sistemática dos dados que alimentam toda a cadeia de módulos do ERP e que, em última instância, fazem com que a empresa possa interagir. Assim, as informações trafegam pelos módulos em tempo real, ou seja, uma ordem de vendas dispara o processo de fabricação com o envio da informação para múltiplas bases, do estoque de insumos à logística do produto. Tudo realizado com dados orgânicos, integrados e não redundantes.
Para entender melhor como isto funciona, o ERP pode ser visto como um grande banco de dados com informações que interagem e se realimentam. Assim, o dado inicial sofre uma mutação de acordo com seu status, como a ordem de vendas que se transforma no produto final alocado no estoque da companhia.
Ao desfazer a complexidade do acompanhamento de todo o processo de produção, venda e faturamento, a empresa tem mais subsídios para se planejar, diminuir gastos e repensar a cadeia de produção. Um bom exemplo de como o ERP revoluciona uma companhia é que com uma melhor administração da produção, um investimento, como uma nova infra-estrutura logística, pode ser repensado ou simplesmente abandonado. Neste caso, ao controlar e entender melhor todas as etapas que levam a um produto final, a companhia pode chegar ao ponto de produzir de forma mais inteligente, rápida e melhor, o que, em outras palavras, reduz o tempo que o produto fica parado no estoque.
A tomada de decisões também ganha uma outra dinâmica. Imagine uma empresa que por alguma razão, talvez uma mudança nas normas de segurança, precise modificar aspectos da fabricação de um de seus produtos. Com o ERP, todas as áreas corporativas são informadas e se preparam de forma integrada para o evento, das compras à produção, passando pelo almoxarifado e chegando até mesmo à área de marketing, que pode assim ter informações para mudar algo nas campanhas publicitárias de seus produtos. E tudo realizado em muito menos tempo do que seria possível sem a presença do sistema.
Entre os avanços palpáveis, podemos citar o caso de uma indústria média norte-americana de autopeças, situada no estado de Illinois, que conseguiu reduzir o tempo entre o pedido e a entrega de seis para duas semanas, aumentando a eficiência na data prometida para envio do produto de 60% para 95% e reduzindo as reservas de insumos em 60%. Outra diferença notável: a troca de documentos entre departamentos que demorava horas ou mesmo dias caiu para minutos e até segundos.
Esse é apenas um exemplo. Porém, de acordo com a empresa, é possível direcionar ou adaptar o ERP para outros objetivos, estabelecendo prioridades que podem tanto estar na cadeia de produção quanto no apoio ao departamento de vendas como na distribuição, entre outras. Com a capacidade de integração dos módulos, é possível diagnosticar as áreas mais e menos eficientes e focar em processos que possam ter o desempenho melhorado com a ajuda do conjunto de sistemas.
Vantagens do ERP
Algumas das vantagens da implementação de um ERP numa empresa são:
- Eliminar o uso de interfaces manuais
- Reduzir custos
- Otimizar o fluxo da informação e a qualidade da mesma dentro da organização (eficiência)
- Otimizar o processo de tomada de decisão
- Eliminar a redundância de atividades
- Reduzir os limites de tempo de resposta ao mercado
- Reduz as incertezas do lead-time
Desvantagens do ERP
Algumas das desvantagens da implementação de um ERP numa empresa são:
- A utilização do ERP por si só não torna uma empresa verdadeiramente integrada;
- Altos custos que muitas vezes não comprovam a relação custo/benefício;
- Dependência do fornecedor do pacote;
- Adoção de best practices aumenta o grau de imitação e padronização entre as empresas de um segmento;
- Torna os módulos dependentes uns dos outros, pois cada departamento depende das informações do módulo anterior, por exemplo. Logo, as informações têm que ser constantemente atualizadas, uma vez que as informações são em tempo real (on line), ocasionando maior trabalho;
- excesso de controle sobre as pessoas, o que aumenta a resistência à mudança e pode gerar desmotivação por parte dos funcionários.
Uso do Software
Um dos pontos fortes do sistema é a integração entre os módulos. Os monitores, as operações e a navegação dentro do sistema são de tal forma padronizadas que, na medida que o utilizador se familiariza com um módulo, aprende mais facilitadamente e rapidamente os demais. Os acessos às informações são realizados através de menus com utilização de senhas, permitindo que se controle quais os utilizadores que têm acesso a que tipo de informações. Além disso, os menus são customizados de forma que cada utilizador visualize e tenha acesso somente às operações que atendam aos objetivos específicos de seu interesse.
Microsoft vê futuro da TI em software como serviço
Para a Microsoft, uma das principais tendências do mercado de tecnologia será o software como serviço, ou software mais serviço como denominou o presidente da empresa, Steve Ballmer, durante seu discurso de abertura do TechEd, evento da empresa voltada para parceiros, realizado nesta terça-feira, 14, em São Paulo.
“O futuro da TI será direcionado pelo software mais serviço”, afirmou Ballmer.No entanto, o executivo frisou que o novo modelo de distribuição não elimina a venda e instalação do software localmente. “Algumas coisas estarão na nuvem, mas vários outros softwares serão controlados de perto pelas empresas”, analisou o executivo.
A Microsoft entende que a estratégia de software mais serviço será complementar ao atual modelo de negócios da empresa, e que as duas formas continuarõ a co-existir. A nova opção de venda de software será um canal alternativo para as empresas.
Assim, o presidente da Microsoft também apontou a virtualização de servidores e desktops, ou cloud computing, como um grande mercado em potencial e uma tendência, já que ela implica nas simplificações das tarefas administrativas. Além disso, Ballmer frisou também sobre a importância de sistemas interoperáveis e seguros, a visão de software mais serviço e como criar experiências ricas para os usuários.
Dessa forma, o executivo definiu esse novo cenário como a TI dinâmica. "A principal questão será de como tudo isso será agrupado em um novo modelo de computação, já que ele necessita de uma nova plataforma, conceitos novos como web 2.0, computação em nuvem, implementação ágil e fácil e um modelo diferente de negócios”, comentou Ballmer.
Uma das apostas para este novo cenário será o novo Windows 7, que deverá trazer novas plataformas que estejam de acordo com as mudanças e inovações tecnológicas que surgiram no mercado.
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Redução de custos motiva adoção de cloud computing
O cloud computing está determinado a provocar mudanças muito fortes no conceito de infra-estrutura de TI, vai quebrar paradigmas, mas ainda exige avaliações sérias sobre quais aplicações podem realmente ser tratadas dentro desse novo ambiente e quais as que devem continuar sendo processadas nos centros de processamento das empresas. Essa foi uma das tendências apontadas durante o painel "Cloud Computing – Qual o impacto nos serviços de TI e Telecom", no 1º Seminário de Serviços Gerenciados de TI e Telecom, realizado nesta quinta-feira, 25, em São Paulo, pela revista TI INSIDE e organizado pela Converge Comunicações.
O painel reuniu cinco especialistas no assunto: José Nilo Cruz Martins, representante da divisão Google Enterprise no Brasil, Cezar Taurion, gerente de novas tecnologias da IBM, Otávio Pecego Coelho, gerente do grupo de arquitetura na Microsoft Brasil, Ricardo Chisman, líder da Accenture Technology Consulting, e Gilberto Mautner, CEO e CTO da Locaweb.
"Uma das grandes preocupações dos CIOs é identificar as melhores soluções dentro da arquitetura de cloud computing para tirar o melhor proveito para seu negócio. O que as empresas querem é saber como eliminar os custos fixos e transformar isso em custo variável", diz Chisman.
A adoção da nova tecnologia, no entanto, não se dará com ampla aceitação por todos – provedores de serviços, consultorias e fabricantes de software, conforme relato apresentado por Pecego Coelho, da Microsoft. "Nós concordamos que cloud computing vai ser uma mudança muito forte no conceito de infra-estrutura de TI e o futuro dos data centers está nessa direção.
Contudo, a Microsoft acha que há serviços de computação que devem estar na rede, enquanto outras aplicações estarão na categoria dos serviços que deverão ser feitos pelas empresas. No mundo corporativo, as empresas precisam saber quem realmente se responsabiliza pelo processamento sem falhas de suas aplicações", afirma o executivo.
Ecoesfera: 50% dos clientes fazem 1° contato por chat
No site da E-Home, imobiliária do grupo coesfera, o corretor online é responsável pelo primeiro contato com metade dos clientes. Por trás desse funcionário virtual está a solução de atendimento via chat da NetCallCenter-Orbium, que permite a troca de documentos e imagens dos imóveis enquanto as dúvidas de até quatro clientes simultâneos são esclarecidas. A facilidade de uso da ferramenta e sua praticidade são alguns dos motivos que levam ao grande número de contatos. Além de informações sobre os imóveis e formas de pagamento, o chat é utilizado para a realização de todo o processo de negociação.
“A simplicidade e a agilidade de negociar são os principais benefícios do chat para os clientes” explica Amanda Victorino, gerente de atendimento online da E-Home. Segundo ela, o chat permite a troca de todas as informações e documentos, com a vantagem de ser em tempo real, ao contrário do e-mail. Por outro lado, o cliente sente-se mais à vontade para negociar
com os atendentes que por telefone. O número de contatos por chat passou de 13 a cada semana para até 50 por dia, graças à mudança do software de atendimento. Entre os benefícios, a empresa destaca a diminuição no número de quedas do sistema. “Podemos perder toda uma negociação, com uma falha deste tipo, que dificilmente será retomada”, explica Amanda. “Sofríamos muito com o problema, mas com a atual ferramenta, o índice de quedas é quase zero”.
A E-Home também pretende implantar em breve as soluções de atendimento por e-mail e telefone da NetCallCenter-Orbium. Dessa forma, todos os contatos dos clientes com a empresa poderão ser agrupados e acessados a partir de uma plataforma única, permitindo uma melhor administração e atendimento. “O valor do investimento era baixo, principalmente quando comparado aos benefícios a que teríamos acesso”, diz Amanda. A solução de chat, implementada em março deste ano, custou cerca de R$ 3 mil, incluindo a instalação do sistema e o treinamento dos funcionários – que foram feitos em uma semana.
Nokia disponibiliza software móvel para auxiliar serviços sociais no Brasil
A Nokia anunciou que disponibilizará o Nokia Data Gathering, uma solução de software para a coleta de dados de pesquisas de campo de forma rápida, que serão enviados em tempo real pelos agentes da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), órgão da Susam (Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas), em um projeto de combate à dengue na região metropolitana de Manaus.
A Susam irá usar o Nokia Data Gathering para auxiliar na prevenção de doenças. A partir de outubro, 50 especialistas sairão às ruas da região metropolitana de Manaus, munidos de aparelhos Nokia E61 e Nokia E71, cedidos pela Nokia em regime de comodato, para obter e registrar dados sobre comportamentos preventivos e sintomas da dengue.
A fase piloto de implantação da nova tecnologia foi realizada nos últimos dois meses nas zonas Norte, Leste e Oeste, em bairros escolhidos com base nos dados de presença de mosquitos e larvas, e no número de casos da doença.
Os dados recolhidos ao longo da campanha servirão de suporte aos inquéritos bimestrais realizados para o levantamento rápido de presença de larvas do mosquito Aedes Aegypti em residências e outros edifícios. “A Secretaria de Saúde do Amazonas mantém uma série de programas para enfrentar doenças endêmicas na região e a tecnologia da Nokia vai facilitar a coleta e análise de dados epidemiológicos”, afirma o secretário estadual de saúde, Agnaldo Costa.
O aplicativo não terá custos para organizações do setor público e ONGs e permite às estas criarem questionários detalhados para distribuição em diversos aparelhos móveis por meio da rede celular. O sistema também permite o uso do geotag (marcação geográfica) com informações de GPS, que permitem identificar em um mapa os pontos exatos onde a coleta foi realizada.
“O formato convencional de pesquisas exige o transporte de muitos formulários, além de existir sempre o risco de preenchimento incorreto e conseqüente demora na análise e compilação dos dados”, diz Luciana Souza, gerente de responsabilidade social corporativa da Nokia do Brasil. De acordo com Luciana, a coleta de informações em dispositivos móveis desempenha um importante papel social em comunidades isoladas ao redor do mundo. “Trata-se de um serviço com excelente custo-benefício e com enorme facilidade de uso para o pesquisador. Em campos como a saúde, por exemplo, o acesso às informações faz a diferença na hora de combater possíveis epidemias”, complementa.
A tecnologia do NDG foi criada para diversos fins, indo além do campo da saúde. “Por exemplo, a obtenção remota de dados é fundamental em áreas como agricultura, censos, serviços emergenciais e até suporte a crianças carentes. Trata-se de um serviço com diversas possibilidades”, reforça André Erthal, gerente do INdT (Instituto Nokia de Tecnologia). Os formulários e questões podem ser totalmente customizados de acordo com a necessidade de cada instituição. “O próprio responsável pela pesquisa pode criar os formulários digitais e transferi-los para o aparelho via Internet, SMS, cabo de dados ou bluetooth”, diz Erthal. A Nokia irá licenciar o software do NDG sem custos.
domingo, 7 de setembro de 2008
Empresas criam portal para gestão de notas fiscais eletrônicas
A empresa de informações de crédito Serasa, a Atos Origin, consultoria e fornecedora de serviços de TI, e a Synchro, fornecedora de soluções fiscais e tributárias, firmaram parceria para desenvolver um portal de gestão de notas fiscais eletrônicas (NF-e). A criação do site tem como estratégia atender as cerca de 40 mil empresas que fazem parte dos setores que serão obrigados a emitir eletronicamente a NFe até dezembro deste ano.
Batizado de Portal Serasa, por meio do site as empresas poderão acompanhar a evolução do projeto Sped (Sistema Público de Escrituração Digital), do qual a NF-e faz parte, além de gerenciar documentos fiscais eletrônicos que serão incorporados e obrigatórios nos próximos meses, tais como a EFD (Escrituração Fiscal Digital), ECD (Escrituração Contábil Digital), CT-e (Conhecimento de Transporte Eletrônico) e MC-e (Manifesto de Carga Eletrônico).
O Portal Serasa fornecerá toda a infra-estrutura e serviços (hardware, aplicativos, certificação digital, integração, suporte, manutenção e treinamento) necessários para que o cliente inicie seu processo de nota fiscal eletrônica na modalidade de venda como serviço (SaaS, na sigla em inglês).
Desde 1º de abril, fabricantes e distribuidores de cigarros, além de produtores, formuladores, distribuidores e importadores de combustíveis, estão emitindo a NF-e em todas as suas operações. Agora, nessa segunda etapa que começou este mês e vai até o fim do ano, a nota fiscal eletrônica passa a ser obrigatória para diversas verticais como fabricantes de automóveis, bebidas, cimento, medicamentos, frigoríficos, ferro-gusa e laminados, entre outros. Em 2009, será obrigatória para todas as empresas (veja mais informações em no link: http://www.tiinside.com.br/Revista.aspx?ID=92213).
"A adoção da nota fiscal eletrônica por meio do portal simplifica significativamente os processos para as empresas, com muita segurança e economia", afirma o presidente da unidade de negócios de serviços de certificação digital da Serasa, Dorival Dourado, ao se referir, sobretudo, às pequenas e médias empresas que teriam de arcar com investimentos em máquinas, sistemas e processos para administrarem o uso da NF-e.
O executivo explica que a emissão da nota fiscal eletrônica envolve, em várias etapas, a certificação digital. "Como a Serasa já possui experiência em certificação digital, detém grande expertise para oferecer, em conjunto com a Atos Origin e a Synchro, uma solução completa de gerenciamento de nota fiscal eletrônica", afirma Dourado.
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
TotalBanco lança plataforma integrada de meios de pagamento
A TotalBanco, empresa que desenvolve soluções para instituições financeiras, com sede em Porto Alegre, anunciou nesta quinta-feira, 28, no Congresso de Cartões e Crédito ao Consumidor, que acontece em São Paulo, o TotalCard Solutions, uma plataforma única que integra as operações de cartões de crédito, crediário e financeira.
Ao mesmo tempo, a instituição mostrou a solução implantada pioneiramente na rede Quero-Quero, um grupo de varejo do Rio Grande do Sul que emprega mais de 3 mil funcionários, distribuídos em 161 lojas, e possuiu consórcio, cartão open private e uma financiadora.
“O que estamos oferecendo ao mercado é uma solução inédita e exclusiva. É uma solução multiempresa, em que a gestão pode ser feita como administradora, emissora e financiadora, e atende a todas as necessidades do varejo”, explica o presidente da TotalBanco, Carlos Zen.
Segundo ele, um diferencial importante é a liberdade que oferece ao consumidor para atender sua melhor conveniência na forma de pagamento: fatura, carnê, boleto (impresso ou via web). “A solução também permite o pagamento sem determinação de valor, sem fatura ou boleto, sem cartão, é o sistema que realiza as liquidações de acordo com as prioridades parametrizadas, tudo isso de forma automática”, complementa Zen.
“É muito comum nas classes C e D o consumidor não ter um emprego formal, com salário pago em dias determinados, motivo pelo qual pode pagar em qualquer dia e não em data fixa como acontece com o cartão crédito convencional", diz o executivo. Zen explica que é comum também uma pessoa usar o cartão da outra para efetuar compras, e com o sistema ela pode pagar só a parte compra que efetuou.
“Dessa forma, o emissor e o varejista podem oferecer crédito ao seu cliente em todas as modalidades: cartão de crédito, crediário, cheque pré-datado, pois ele acompanha o habito de compra e ó perfil do cliente. O consumidor não cliente da operadora e sim do varejista”, diz Zen.
Além disso, ele explica que é uma solução multiempresa que aplica o conceito de cadastro corporativo, ou seja, no mesmo cliente de um grupo empresarial a loja está realizando uma operação com (ou sem) cartão e a financeira oferecendo seus empréstimos e financiamentos. O sistema integra tudo isso dentro das normas e processos contábeis, legais, Receita Federal e normativas Bacen.
A solução foi desenvolvida para permitir parametrizações de todos os níveis: do grupo todo, pára região, município, bairro, para casa loja, cada cliente e para cada operação permitida para esses clientes.
Em relação à segurança das informações, a TotalBanco tem um acordo com a empresa sueca Tudor, que trabalha também para o HSBC. A plataforma é aberta e permite a integração de vários sistemas e legado.
Quero Quero
A marca Quero-Quero nasceu em 1967, na cidade de Santo Cristo, no interior do Rio Grande do Sul, como uma pequena empresa de comércio e representações. Nos últimos cinco anos investiu na área de governança corporativa e na gestão com ferramentas como Six Sigma e Balanced Scored Card.
A rede tem mais de 1,2 milhão de cartões ativos, que geram uma média de 210 mil transações por dia, em mais de 30 mil postos de atendimento. Têm 63 políticas de crédito ao consumidor, sete perfis de clientes e 12 políticas regionais.
Mais de cem profissionais das duas empresas trabalharam durante dois anos, desenhando a nova solução, integrando com toda a rede, ajuste de centena de milhares de cadastros no Bacen. “O trabalho pré-implantação foi tão produtivo que conseguimos fazer a migração em apenas um fim-de-semana”, enfatiza o presidente da TotalBanco.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Tecnisa começa a testar o twitter como ferramenta de vendas
A construtora paulista Tecnisa começa a testar o twitter (www.twitter.com) como aliado para gerar vendas e apresentar novos empreendimentos no mundo virtual. Febre nos Estados Unidos, o twitter começa a se popularizar no Brasil. Trata-se de um microblog por meio do qual, em textos com até 140 caracteres, o internauta pode enviar ou receber mensagens no computador ou telefone celular. “O twitter é um misto de blog, chat e site de relacionamento que permite interações e trocas de informações, inclusive pelo celular”, informa Romeo Busarello, diretor de marketing da Tecnisa.
O twitter será usado pela Tecnisa para passar informações sobre o mercado imobiliário, como no caso de abertura de um novo modelo de financiamento ou para apresentar um lançamento de empreendimento.
Segundo Busarello, a ferramenta já foi usada, na forma de projeto piloto, em julho, e vai ganhar força com os lançamentos de empreendimentos programados para este e os próximos meses, quando passará a fazer parte da estratégia de divulgação. “O desafio será criar uma legião de seguidores interessados pelas informações geradas pela Tecnisa. A idéia é que o twitter seja mais uma ferramenta que estimule as visitas ao site, já que é possível incluir links nas mensagens”, reforça. Hoje o site da Tecnisa responde por 25% das vendas e recebe 500 mil visitas por mês.
Além de possuir um portal que é referência, não apenas entre as empresas de seu ramo de atuação, a construtora e incorporadora também é pioneira no uso de blog corporativo e da ferramenta de links patrocinados no Google.
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Oferta de ERP em software como serviço é imatura, diz Gartner
Por IDG News Service, EUA
21 de agosto de 2008 - 07h00
O Gartner jogou um balde de água fria no hype em torno do ERP no modelo de software como serviço, especialmente para grandes empresas.
A analista Denise Ganly escreve no relatório "O Impacto do SaaS em ERP" alerta que os fornecedores de SaaS não conseguem atender hoje a necessidade das corporações por uma suíte integrada de soluções de ERP.
"Por conta da complexidade das suítes de ERP, as ofertas de SaaS para funções administrativas e operacionais estavam restritas a um domínio, como automação da força de vendas, ou a um único processo de negócios, como folha de pagamentos. Por isso, ERP em SaaS ainda é imaturo”, escreveu Ganly.
Entre as outras descobertas, o estudo aponta que as suítes de ERP oferecidas como SaaS não serão uma opção para grandes companhias pelos próximos cinco anos. "Ao menos que em seja em implementações de ERPs de tier duplo, as grandes organizações devem ignorar esse espaço”, escreveu.
O que está impedindo o ERP como SaaS, Ganly ressalta que, apesar do hype, existem fortes razões que explicam os motivos pelos quais suítes de ERP no modelo software como serviço ainda não estão prontas para implementações de estado da arte em corporações.
Ela pede aos CIOs e líderes de tecnologias e negócios não se “enganem” com o impressionante dados de crescimento de ERP em SaaS. "Boa parte do crescimento previsto para esse mercado vai ser motivado pela adoção de soluções pontuais em SaaS de gestão de pessoas e certas funções financeiras," escreve a analista. "A taxa de crescimento para suítes de ERP em SaaS será uma pequena proporção de todo a alta do mercado, porque soluções maduras e robustas não devem surgir até 2011."
De acordo com Denise Ganly, a adoção de ERP no modelo de software como serviço está relacionada à falta de recursos financeiros e de pessoas para TI em várias organizações, que ficam interessadas no SaaS por liberar a equipe de TI para se concentrar em processos mais estratégicos.
Além disso, diversas empresas acreditam que o ERP em SaaS se “liga instantaneamente”, o que significaria que pode ser implementado com pouca ou nenhuma intervenção. "De qualquer jeito, as empresas precisam realizar re-engenharia, redefinir processos, definir os pontos de integração, entre outras coisas", ela escreve.
A analista aponta como entraves para adoção de ERP como serviço estão relacionadas ao custo de propriedade (TCO). Mas, defende, as empresas clientes têm “expectativas irreais dos seus custos operacionais com SaaS”, assim como os fornecedores.
A segurança é outro problema por conta de dados financeiros e preocupações com privacidade. "Os fornecedores devem provar para organizações que analisam o ERP em SaaS que ele é seguro. A melhor maneira é via projetos-piloto pequenos, para encorajar os clientes a compartilhar as suas histórias de sucesso.", escreveu
O futuro do ERP em SaaSApesar do sucesso de ERP como SaaS nas pequenas e médias empresas, o Gartner prevê que o software como serviço vai ter apenas 16,7% do mercado total de ERP até 2011.
Ganly completa: "A complexidade das suítes de ERP, com a falta de fornecedor confiável no setor, impede que o ERP em SaaS seja uma opção viável em curto prazo. Mesmo com preço inicial bem menor, os custos ‘escondidos’ precisam de atenção, sejam eles de sandboxing, testes e desenvolvimento, storage e integração”.
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Vista: 1 em cada 3 PCs corporativos voltou para o XP
Por IDG News Service
18 de agosto de 2008 - 16h30
Ao encerrar a comercialização do Windows XP, no final de junho, a Microsoft deu aos seus clientes a opção de fazer um downgrade do Vista para o XP, ainda que fosse necessário adquirir uma licença do novo sistema operacional da empresa.
Pois bem, de acordo com dados da comunidade exo.performance.network (xpnet), voltada para usuários de sistemas baseados em Windows, cerca de 35% dos equipamentos vendidos com Vista tiveram seus sistemas operacionais “rebaixados” para o XP.
Leia mais:
> Windows Vista contra XP: Qual é o melhor?
> Microsoft corta preços do Windows Vista e Office 2007
“O número é extremamente alto, até mesmo para o impopular Vista”, afirmou Randall C. Kennedy, um colaborador da Infoworld cuja empresa, Devil Montain Software, desenvolveu a ferramenta Windows Sentinel e analisa dados da xpnet. A idéia de fazer um downgrade não é nova para grandes companhias, que possuem ambientes nos quais pode levar um bom tempo para desenvolver e implantar novos softwares.
Mas, por conta de uma mudança nessa política, usuários finais também puderam migrar do Vista para o XP. A maioria dos fabricantes oferece esse tipo de serviço, sem custo, que é utilizado em grande escala por pequenos empresários e gamers.