domingo, 13 de março de 2011

Blogagem Coletiva: Trabalho Colaborativo e o eGroupware: a Essência da Colaboração nos Negócios

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A postagem de hoje tem como objetivo trabalhar o tema colaboração no meio empresarial, sendo assim, vamos desenvolver vários focos sobre o assunto
Conceitos
Sistemas Colaborativos – Wikipédia
Texto excepcionalmente bom e educativo sobre conceitos de colaboração
Coworking – Wikipédia
Texto muito reduzido sobre o tema mas fornece algumas informações básicas de entendimento
Vídeos do Youtube
Trabalho Colaborativo
Trecho do Globo Reporter sobre o home office
Martalerz - Governo com trabalho colaborativo gera Inovação
Um bom comentário sobre o uso da colaboração na gestão e TI voltado para o governo
As mudanças no universo do trabalho
É uma entrevista bem interessante sobre a economia do conhecimento.  Ele coloca em alguns pontos o papel do trabalho colaborativo nisso... gostei!!!
Fusão de sentidos e de talentos
Comenta sobre o trabalho colaborativo na criação de um CD e as suas músicas... tudo a ver com a nova realidade da colaboração
Coworking já é realidade
Certamente é um conceito que está influenciado toda uma onda de modelos de trabalho... esse é o espírito do Espaço Empresarial.
Desafios:
01) Montar nessa semana, de forma colaborativa, uma base de artigos, teses e outros materiais interessantes sobre Trabalho Colaborativo e tudo derivado do tema... mínimo de 50 materiais
=> Pontos do Desafio:
a) Qual ferramenta vamos utilizar?
b) Como podemos controlar, de forma colaborativa, a não publicação de arquivos duplicados?
c) Quais serão as regras para isso?
02) Comente o seu caso sobre trabalho colaborativo... no nosso objetivo é ter pelo menos 5 casos
=> Pontos do Desafio
a) Pode ser casos acontecidos, com potencialidade de acontece ou até mesmo onde a falta de investimento em trabalho colaborativo afetou negativamente.
Vamos lá pessoal, participem com as suas idéias.
Mãos e Mentes a Obra!!!
Abraços;
Mauro Cesar
Fundador e Gestor do Espaço ERP

6 comentários:

Silvio T Correa disse...

E aí Mauro, tudo bem? Ainda em POA?

Talvez você lembre que comentei ter trabalhado com análise de sistemas por muito tempo e larguei em 1994.

Em 1999 passei a atuar muito em teletrabalho, telework ou eGroupware. Cheguei a atuar em um trabalho, do terceiro setor, chamado Our Special Children (Nossas Crianças Especiais).

Era um grupo, oficioso, aparentemente comprometido em levantar informações e "costurar" convênios, com foco em coletar e disseminar informações sobre doenças "especiais", para médicos e pais de crianças com doenças especiais. Eu já tenho um relato, que está guardado em algum local. Vou procurar e postar.

Participei de um grupo de discusão, que na época, se não era o único era um dos poucos que discutiam o assunto. Era o Telework Brasil, comandado pela Sonia Grisólia, de POA.

Cheguei a desenvolver um curso, ainda no início da EAD que era sobre Teletrabalho e Telegerenciamento e escrevi um texto sobre ferramentas para o telegestor, que está aqui, em http://silvio.correa.nom.br/blog/?p=174 .

Vou tentar participar desse trabalho, que certamente trará bons frutos.

Abraços,
Silvio T Corrêa

Espaço Empresarial disse...

Silvio, seja bemvindo

Sim, estou em POA e quase ficando...rsrsrs

Sim, eu me lembro do seu comentário sobre ter trabalhado como analista. E sobre o tema Terceiro Setor, eu quero desenvolver uma serie de atividades, começando com uma pesquisa.

Todas as dicas que você puder me passar serão providenciais. Quero fazer um mapeamento sobre ERP nesse segmento e ver como o fato de ter ou não um bom ERP os impacta.

Vai preparando o case que temos muito a debater por aqui.

Silvio, vá a sua postagem sobre teletrabalho e gostei da ferramenta GUT... eu não a conhecia. Parece ser bem simples e tem aderência há alguns processos de decisão que tenho que tomar.... obrigado.

Abraços

Mauro Cesar
mauro.oliveira@vilelaleite.com.br

Silvio T Correa disse...

Abaixo, vai o relato que eu havia falado. Não fiz qualquer atualização.
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agosto de 2000

Em novembro de 99, enviei para uma série de listas de discussão um texto que falava do conceito de Empresa Única (EU).

A EU é a empresa que cada um de nós somos, com direito à tudo que há em uma empresa convencional (EC). O texto falava justamente da precariedade do nosso sistema trabalhista e que seria muito mais justo, em todos os sentidos, e muito mais produtivo, formar uma parceria entre a empresa convencional e EU, do que ser contratado como funcionário.

Houve uma razoável aceitação por parte das pessoas que leram o texto.

Logo após, por causa do texto, comecei a e-corresponder com uma pessoa que estava organizando um movimento chamado Movimento Mundial Nossas Crianças Especiais (NCE) ou "World Moviment Our Special Children (OSC)" e me convidou à participar como representante para o interior de São Paulo.

O NCE tinha a proposta de auxiliar, inicialmente com informações, os parentes das crianças com doenças raras e subsidiar os médicos com informações coletadas em centros de pesquisas, bibliotecas, internet ou qualquer outro meio.

Já havia representantes em alguns estados: São Paulo-Capital, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Recife, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, além de Estados Unidos, França e Europa. Todos os representantes eram brasileiros.

Bem, começamos a organizar o movimento.

O presidente do NCE é uma excelente pessoa e este movimento é um sonho antigo dele. Exercia com desenvoltura e competência o papel de líder.

Naturalmente as áreas começaram a ser divididas. Informática, Administrativa, Marketing e Pesquisa. Coube a mim a diretoria de marketing.

(continua)

Silvio T Correa disse...

(continuação)

O trabalho começou a consumir todo meu tempo. E-contatos no Brasil e exterior com, centros de pesquisas, universidades, hospitais, cooperativas de médicos e outras entidades. Preparar e-mails de proposta do movimento, conseguir representantes para o movimento, organizar e distribuir tarefas para outros integrantes do movimento, preparar modelos de e-mail. Enfim, uma série de atividades. Com exceção do contato com a UNIMED regional, todos os demais eram feitos por e-mail.

A essa altura eu já estava preocupado pois havia parado com todas outras atividades e o NCE era um movimento "nonprofit" e não caberia nenhum tipo de pagamento aos que estavam atuando. Levantei essa idéia com o presidente do movimento e ele estava relutante em aceitar a possibilidade de que alguém pudesse receber dinheiro pelo trabalho, dentro de um movimento humanitário.

Tivemos umas três reuniões pelo canal de IRC, com duração média de 2 horas cada. Por questão de custo, as reuniões eram sempre a partir de 00:00 h.

Acabamos concordando que os profissionais que se envolvessem integralmente teriam, após o movimento tornar-se uma pessoa jurídica, uma remuneração, desde que houvesse verba para tal. Não seriam funcionários nem contratados, mas parceiros.

A verba total seria proveniente de doações e publicidade no boletim informativo, que seria enviado aos médicos e entidades de saúde.

Fizemos outra reunião com todo o grupo para referendar a remuneração. Foi finalmente aprovado.

O presidente ficou responsável por acelerar o processo de aprovação do estatuto e tornarmos o movimento oficial.

O meu trabalho ficou multiplicado. Meu foco principal tornou-se o boletim e formar parcerias com entidades de saúde, com relevância para cooperativa de médicos.

Antes do meu ingresso no movimento já havia uma peça de divulgação, onde constava a informação que o NCE contava com um banco de dados com mais de 1000 doenças raras, catalogadas com informações. Sempre usei essa informação para trabalhar as parcerias.

(continua)

Silvio T Correa disse...

(continuação)

Em fevereiro de 2000, perguntei ao presidente como poderia acessar o banco de dados ou receber o banco de dados, já que a informação existente no site (http://www.crosswinds.net/~ospecialchildren ) fazia referência a poucas doenças. Recebi como resposta, os nomes das doenças e mais nada.

Fiquei desconfiado e preocupado pois já estava em contato com várias entidades e passava para a lista de discussão, todos os contatos que eram efetuados.

Insisti na existência do banco de dados e acabei sabendo que ainda não existia. Quando alguém pedia alguma informação a mesma era pesquisada na rede e enviada àquele que a requereu. O problema é que eram passadas informações em português, inglês, francês, espanhol e qualquer outra língua. Entretanto, recebi a promessa de que o banco de dados estava sendo feito e que não estava pronto pois as informações precisavam ser organizadas.

Confiei na informação e continuei trabalhando.

Em contato com a National Organization for Rare Diseases (NORD), uma das principais organizações do mundo, me enviaram uma lista de documentos que devíamos enviar para nos tornar-mos parceiros. Avisei ao presidente da necessidade urgente de tornarmos o movimento oficial.

Em março, mantendo contato com o Instituto da Criança do Hospital Universitário da USP, que seria uma ótima força para o movimento, a assessora de imprensa do Instituto enviou-me um e-mail solicitando que fizéssemos uma visita para que eles conhecessem melhor o movimento.

A notícia me empolgou, passei a informação e comecei a trabalhar em uma apresentação.

Nessa época o modem, do equipamento do presidente, pifou e ele estava "fora do ar". Telefonei para ele e ficamos de marcar uma visita ao Instituto da Criança.

Enquanto isso, continuava a trabalhar no boletim e em algumas campanhas como um concurso de redações e um de desenho, tendo como tema "a criança especial". Outras pessoas do grupo estavam envolvidas.

Marcamos datas e fizemos cronograma de atividades. Sempre atrasava. A desculpa era que outras atividades estavam sobrecarregando e não deixando tempo para executar o previsto no nosso cronograma.

A única atividade concluída, foi o boletim. Entretanto, quando ficou pronto, na véspera de enviar, o presidente decidiu rever o boletim.

Após o problema do modem, parece que o HD, do presidente, pifou e ele continuou fora do ar.

A visita ao Instituto da Criança não aconteceu, os documentos para a NORD não foram enviados e o movimento ainda não deslanchou. Em junho passado, me desliguei definitivamente do movimento.

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Valeu muito essa experiência, além do convívio com pessoas maravilhosas e com apurado sentido humanitário.

Aprendi muito sobre gerenciamento de time virtual. Aprendi que a maioria não está preparada para trabalhar no "virtual". Ainda consideram o trabalho no "virtual", quase como um passatempo.
O cronograma, que no "presencial" tem uma importância relativa, no "virtual" torna-se imprescindível.
O "jogo aberto", a transparência total, é fundamental para se atingir os objetivos.
A parceria e a credibilidade no parceiro podem garantir o sucesso ou o fracasso do empreendimento. No presencial também é assim mas toma proporções muito maiores no virtual.
Passar para o virtual os procedimentos do presencial é uma atitude errada.
No virtual, funciona muito mais a linguagem coloquial ao invés da linguagem formal, do tipo : "Prezados Senhores, vimos pela presente ...."

Espaço Empresarial disse...

Silvio

Muitas das vezes os momentos que tiramos os maiores aprendizados são nos fracassos que foram criados com a vontade de acertar.

Naquela época, os recursos de trabalho colaborativo eram bem reduzidos e mesmo assim vocês conseguiram evoluir sobre o tema.

Obrigado por dividir conosco essa experiência.

Abraços;

Mauro