quarta-feira, 30 de março de 2011

Quase metade das empresas usa dado errado para tomar decisão

Estudo com 543 companhias de 17 países contratado pela Avanade revelou que 46% se apóiam em informações imprecisas ou desatualizadas.

Por Edileuza Soares, da Computerworld
28 de março de 2011 - 18h30

As empresas estão viciadas em dados. Um em cada três executivos diz que precisa ter acesso a mais fontes de dados para realizar suas tarefas. Porém, quase metade deles, ou seja, 46%, toma decisão errada porque se apoia em informações imprecisas ou desatualizadas. A revelação vem do estudo global “The Business Impact of Big Data”, realizado pela Kelton Research a pedido da Avanade, joint venture entre a Microsoft e Accenture.

O relatório envolveu 543 empresas de grande porte localizadas em 17 países na América do Norte, Europa e Ásia Pacífico. Os resultados foram apresentados no Brasil na manhã desta segunda-feira, 28/3, pela Avanade.

O objetivo do estudo da Avanade foi avaliar como os executivos estão lidando com o crescimento exponencial das informações corporativas. De acordo com a IDC, o volume de informações nas companhias dobra a cada 18 meses e projeções do Gartner sinalizam que as bases de dados corporativos vão aumentar 650% nos próximos cinco anos.

Na avaliação do vice-presidente e Chief Technology Officer (CTO) da Avanade, Tyson Hartman, as companhias não estão conseguindo gerenciar seus dados corretamente. Segundo ele, a quantidade de informações não estruturadas está aumentando e a falta de controles pode impactar os negócios.

Demonstração disso é que 56% dos executivos entrevistados revelaram que estão sobrecarregados pela quantidade de informações que precisam gerenciar no dia-a-dia. Outros 61% disseram que gostariam de acessá-las mais rapidamente, pois entendem que os dados são importantes para traçarem melhores previsões empresariais e reduzir as incertezas dos negócios.

Embora o estudo da Avanade não tenha abordado empresas da América Latina, Hartman acredita que a situação no Brasil e em outros países da região não é muito diferente.

Ele observa que as companhias da AL estão adotando soluções de TI mais rapidamente que os países desenvolvidos, o que contribui para ampliar as bases de dados. O CTO da Avanade diz que a popularização das redes sociais e dos dispositivos móveis também estão desafiando as empresas, pois contribuem para ampliar o volume de dados corporativos.

Tecnologia adequada

O diretor da divisão de negócios e parceiros para grandes empresas da Microsoft Brasil, acha que está mais difícil para as empresas preverem a quantidade de dados corporativos, principalmente por causa das redes sociais. Ele dá o exemplo de uma campanha lançada no Twitter, que pode trazer um volume de informações cinco vezes mais que o estimado.

Para o gerente geral da Avanade no Brasil, Jun Endo, uma das formas de as empresas melhorarem seus dados é com a adoção de tecnologias adequadas, como Business Intelligence (BI) analítico, filtros de conteúdo e uso de portais corporativos. A computação na nuvem também pode ser uma aliada nesse processo.

Não basta ter apenas tecnologia. É preciso saber como extrair informações e também treinar as pessoas”, alerta o líder de área de Tecnologia da Accenture Brasil, Ricardo Chisman. “Tem muita companhia gastando verba apenas para manter o parque de TI, como se estivesse só colocando óleo na máquina. Elas investem pouco em inovação”, constata. A recomendação do executivo da Accenture é que as empresas tentem encontrar equilíbrio para trazer mais valor aos seus negócios.

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COMENTÁRIOS DO MAURO

Já senti, e ainda sinto, na pele muitos dos problemas assinalados pela pesquisa e posso afirmar que de acordo com o volume e a complexidade das informações envolvidas nas análises, associadas ao tempo necessário para o seu desenvolvimento e o grau de maturidade organizacional do sistema de informações de uma determinada empresa, os tomadores de decisões de qualquer nível terão um bom desafio pela frente.

Qual foi a produção de hoje? Para responder essa pergunta precisamos saber: estamos falando somente sobre produtos acabados ou os intermediários contam? Produtos ainda esperando análise do controle de qualidade contam? Se foi produzido mas ainda não foi movimentado para o estoque conta? Produtos que estão sendo reembalados para nova aplicação vamos considerar na contagem ou é um retrabalho? Essas e outras possibildiades podem surgir em todas as fontes de informações da empresa e muitas delas não estão respondendo-as, e muitas das vezes nem estão fazendo tais perguntas.

Tomada de decisões é de fundamental importância para a sobrevivência dos negócios, os ERP são cruciais para fornecer dados/informações e ainda facilitar análises, mas são as pessoas... sempre as pessoas... que precisam desenvolver e estruturar os seus sistemas de informações com bases sólidas de padrões.

Mãos e Mentes a Obra!!!

Abraços

Mauro Cesar
mauro.oliveira@vilelaleite.com.br

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